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A atemporalidade da esperança em ‘E.T. – O Extraterrestre’

Nestes tempos assustadores que estamos vivendo, o clássico de Steven Spielberg é um daqueles títulos perfeitos para ver (ou rever) com a família durante a quarentena.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
2 de abril de 2020
em Central de Cinema
A A

'E.T. - O Extraterrestre' discute a vulnerabilidade das crianças em um mundo cruel de adultos. Imagem: Divulgação.

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Sucesso não era novidade para Steven Spielberg quando E.T. – O Extraterrestre chegou aos cinemas em 1982. Ele já tinha em sua filmografia arrasa-quarteirões do porte de Tubarão (1975) e Caçadores da Arca Perdida (1981), ambos indicados ao Oscar de melhor filme. E também havia feito sua primeira incursão pelo território da ficção científica, com o hoje clássico do gênero Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), no qual teve o privilégio de contar no elenco com o cineasta francês François Truffaut (1932-1984).

O impacto cultural de E.T., no entanto, foi muito além do que qualquer experiência de êxito que o diretor houvesse vivenciado até então. O filme não apenas quebrou todos os recordes de bilheteria, que Spielberg só superaria 11 anos mais tarde, com O Parque dos Dinossauros. Ele conseguiu criar uma obra atemporal, capaz de encantar e emocionar crianças e adultos na mesma medida, o que o aproximou de outro gênio da cultura popular norte-americana: Walt Disney. Por conta disso, acho que nestes tempos assustadores que estamos vivendo, é um daqueles títulos perfeitos para ver (ou rever) com a família durante a quarentena.

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Até E.T. – O Extraterrestre, a ficção científica era mais ligada a gêneros como o terror, sobretudo durante os anos da Guerra Fria, quando serviu muitas vezes como metáfora para falar da ameaça comunista. Em 1977, com o estrondo causado pelo sucesso de Star Wars, a sci-fi havia se transfigurado em misto de fantasia e romance de cavalaria espacial. E até tinha ganho status de cinema de arte, com toques ensaísticos, em obras densas como 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968) e Solaris (1972).

Mas, talvez, o contraponto mais óbvio de E.T. seja mesmo Alien – O Oitavo Passageiro, lançado dois anos antes com enorme sucesso. No filme de Ridley Scott, a ideia da vida extraterrestre suscitava horror, e foi interpretada por muitos como uma alusão à epidemia da aids, que começava a ceifar vidas ao redor do mundo – numa das suas se­­quências mais fortes, a criatura, inoculada por um dos integrantes de uma expedição espacial (vivido por John Hurt) como um vírus, eclode de seu ventre, tirando-lhe a vida. Qualquer semelhança com o que estamos vivendo hoje não parece ser mera coinciência.

Em E.T., entretanto, o ser que chega do espaço não representa uma ameaça. Pelo contrário: somos nós, os terráqueos adultos, os grandes vilões.

Nascido em 1946, em Cincinnati, no estado de Ohio, Spielberg transpôs para E.T., cujo roteiro foi escrito por Melissa Mathisson (ex-mulher de Harrison Ford), muito de sua atribulada infância suburbana. O garoto Elliot (Henry Thomas) tem inúmeros pontos em comum com o diretor, que, como seu personagem, sofreu as consequências da dolorosa separação dos pais e da ausência paterna. Aliás, a ideia de crianças em situação de risco é recorrente na obra do diretor, e pode ser observada de Contatos Imediatos do Terceiro Grau a O Parque dos Dinossauros, passando por A Lista de Schindler (1994) e A Guerra dos Mundos (2005). O mundo é um lugar perigoso para os pequenos.

Em E.T., entretanto, o ser que chega do espaço não representa uma ameaça. Pelo contrário: somos nós, os terráqueos adultos, os grandes vilões.

Por muito tempo, inclusive, o cineasta foi acusado de ser um “menino grande”, o que, de certa maneira, explicaria sua obsessão por projetos que contemplam o universo infantil, direta ou indiretamente, seja como diretor, em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991) e As Aventuras de Tintim (2011), ou como produtor, vide Goonies (1985) e Super 8 (2011).

Vencedor de quatro Os­­cars (efeitos visuais, edição de som, som e trilha sonora), E.T. perdeu as estatuetas de melhor filme e direção para Gandhi, de Richard Attenborough. A derrota, contudo, não lhe impediu de virar uma referência em vários sentidos. Seja por ter revelado, ainda na infância, a estrela Drew Barrymore, por ter colado no imaginário popular imagens inesquecíveis, como a bicicleta de Elliot alçando voo diante de uma estonteante lua cheia, ou por ter feito muito marmanjo chorar de se lavar no escurinho do cinema.

É o filme perfeito para falar de esperança.

 

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Tags: Clássicocriançacrítica cinematográficaE.T. - O Extraterresteficção científicainfânciaquarentenareviewSteven SpielbergWalt Disney
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