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‘Capitão Fantástico’ é fábula familiar sobre a esquerda americana

Cineasta Matt Fox faz de 'Capitão Fantástico' um comovente e engraçado drama sobre afetos e ideologias nos Estados Unidos do século 21.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
15 de dezembro de 2016
em Central de Cinema
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'Capitão Fantástico' é fábula familiar sobre a esquerda americana

Imagem: Reprodução.

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A sequência inicial de Capitão Fantástico é algo enganadora. No coração de uma floresta do noroeste dos Estados Unidos, vemos adolescentes e crianças caçando animais selvagens, se enfrentando em combates físicos violentos e manejando armas de fogo e facas, mergulhados em uma espécie de treinamento. A primeira sensação é que estão submetidas a um regime opressivo e autoritário, o que, em certa medida, não deixa de ter um certo fundo de verdade. Mas não é só isso.

Vencedor em 2016 do prêmio de melhor direção da mostra Un Certain Regard, paralela do Festival de Cannes, Matt Ross evita respostas fáceis em seu longa-metragem, que chega hoje aos cinemas brasileiros. Ben Cash (Viggo Mortensen, de Uma História de Violência), o protagonista, é um personagem complexo, no limite entre o heroísmo e a vilania, ainda que, fundamentalmente, seja um homem de boa índole.

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Vencedor em 2016 do prêmio de melhor direção da mostra Un Certain Regard, paralela do Festival de Cannes, Matt Ross evita respostas fáceis em seu longa-metragem, que chega hoje aos cinemas brasileiros.

Avesso ao consumismo desenfreado e crítico feroz dos valores imperantes no seu país, ele opta por levar uma vida radicalmente alternativa. Decide criar os seis filhos longe das tentações do capitalismo e de uma educação instrumentalista, que os treine apenas para se tornarem peças de uma engrenagem. Quer prepara-los fisicamente, para extrair tudo que necessitam da natureza selvagem, e intelectualmente, com o objetivo de torná-los seres cultos, pensantes e questionadores da ordem vigente – em vez de celebrarem festas tradicionais, como o Natal (uma ode ao capitalismo cristão), festejam o aniversário do “Tio Chomsky”, em homenagem ao linguista e filósofo norte-americano Noah Chomsky, um dos maiores pensadores de esquerda da atualidade e opositor veemente do governo dos EUA.

Impedidos de frequentarem escolas tradicionais, os filhos de Ben foram educados pelos pais, que lhes proporcionam amplo acesso a livros e ensinamentos nas mais diversas áreas, sempre dentro do espectro ideológico coerente com o ideal de mundo em que são criados. Vivem, portanto, em uma realidade paralela, utópica, e desconectada do chamado “mundo real”.

Essa espécie de éden forjado por Ben começa a apresentar rachaduras quando ele recebe uma notícia devastadora: a esposa, mãe de seus filhos, que estava internada na cidade grande, tratando de um severo caso de transtorno bipolar, se suicida. E sua família responsabiliza o marido pelo agravamento da doença, por conta do estilo de vida “radical” que levavam, e o proíbe de comparecer a seu funeral.

Inconformado, Ben, também sob a pressão dos filhos, que desejam se despedir da mãe, decide partir no ônibus do clã rumo à civilização, com a qual tiveram muito pouco contato ao longo dos anos. O choque é inevitável.

Indicado ao Globo de Ouro de melhor ator (drama) e ao prêmio do Sindicato dos Atores (SAG), Viggo Mortensen, também por conta do ótimo roteiro de Ross, faz de Bem um personagem multifacetado. Embora seu discurso faça sentido em muitos momentos, sua inflexibilidade e ortodoxia ideológica o tornam, também, irritante. Falta-lhe, por conta de suas convicções, empatia pelo outro. É um pai zeloso, afetuoso, por um lado, mas egoísta e, por fim, autoritário, por outro.

Isso se evidencia quando o filho mais velho, Bo (George MacKay, de Minha Nova Vida), já chegando à idade adulta, lhe revela que deseja ingressar em uma universidade, e foi aceito pelas principais instituições do país, como Harvard, Yale e Princeton. A boa formação que recebeu longa da educação convencional o preparou academicamente, mas ele pouco ou nada sabe sobre a vida em sociedade. E ele se ressente muito disso.

Engraçado, comovente, irônico e, por fim, cheio de camadas, Capitão Fantástico é, sem dúvidas, um filme progressista, mas também crítico ao radicalismo, buscando um interessante caminho do meio, materializado pelo processo de autocrítica pelo qual Ben, diante da perda, se vê obrigado a fazer. Um belo filme, dramaticamente consistente e com um excepcional elenco, também indicado aos SAG Awards, que faz pensar. E emociona.

Tags: capitalismoCapitão FatnásticoCinemaconsumismoesquerdaestreiaFestival de CannesGlobo de OuroideologiaNoah ChomskyresenhareviewUn Certain RegardViggo Mortensen
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