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Os 15 anos de ‘Cinema, Aspirinas e Urubus’

Hoje um clássico contemporâneo da produção brasileira, 'Cinema, Aspirinas e Urubus', longa-metragem de estreia do pernambucano Marcelo Gomes, homenageia o Cinema Novo sem imitá-lo e conta uma emocionante história que fala de choque cultural, convívio entre diferentes e a magia da sétima arte.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
23 de julho de 2020
em Central de Cinema
A A
Os 15 anos de 'Cinema, Aspirinas e Urubus'

Imagem: Reprodução.

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Cinema, Aspirinas e Urubus, filme que hoje revisito, é uma obra que consegue ser, ao mesmo tempo, acessível e relevante, artisticamente ousado. O longa de estreia do cineasta pernambucano Marcelo Gomes, lançado há 15 anos, tem como grande mérito apostar nas muitas possibilidades da ficção cinematográfica, da narrativa.

A história de Johann (Peter Ketnath) e Ranulpho (o ótimo João Miguel, de Estômago), espécie de buddy movie pelas estradas do sertão, comove exatamente pelo fato de seu registro investir com vigor e segurança na verdade da construção ficcional, sem recorrer a clichês que costumam povoar este tipo de história, sem emprestar-lhe um tom edificante, piegas ou previsível. O filme acredita, o tempo todo, na verdade dos dois personagens e no trajeto deles, e por isso nos convence que o encontro entre eles poderia muito bem ter acontecido daquela forma.

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O roteiro do filme é construído em torno da improvável aproximação entre esses dois personagens que pouco ou nada têm em comum, mas que, por um capricho do destino, são obrigados a conviver por um tempo.

O alemão, em plena Segunda Guerra Mundial, atravessa o agreste nordestino a bordo de seu caminhão. Sua missão: divulgar, exibindo um filme a populações que mal ouviram falar de cinema, um “novo e revolucionário” remédio, a aspirina. Ranulpho é um retirante da seca nordestina que atravessa seu caminho e invade a cabine de seu veículo – e sua vida.

O roteiro do filme é construído em torno da improvável aproximação entre esses dois personagens que pouco ou nada têm em comum, mas que, por um capricho do destino, são obrigados a conviver por um tempo. Johann é pragmático e objetivo.

Já Ranulpho é um sujeito calado, ensimesmado. Mas o que mais o caracteriza é um quase cômico mau-humor constante. Juntos, os dois enfrentam uma série de situações que vão da disputa de uma mulher à mordida de uma cobra venenosa, nada muito extraordinário, mas tudo bastante significativo.

O que eleva Cinema, Aspirinas e Urubus à categoria dos grandes filmes é a qualidade rara do domínio técnico da linguagem que não chama a atenção para si, mas sim que está lá a serviço do que se narra. É assim a fotografia, a montagem, a direção de arte e figurinos: precisos e até virtuosos, mas nunca exibicionistas, porque servem aos personagens, ao filme, que tem uma organicidade incomum dentro do cinema contemporâneo, brasileiro ou não. Por isso, é bem mais do mais uma bela “história filmada”.

Revisitando um território geográfico e temático mítico dentro da cinematografia nacional, o sertão, cenário de clássicos do Cinema Novo como Vidas Secas (de Nelson Pereira dos Santos) e Deus e o Diabo na Terra do Sol (de Glauber Rocha), Cinema, Aspirinas e Urubus faz justiça a seus predecessores sem imitá-los. Mais do que fazer uma homenagem, ele constrói um novo capítulo, original e emocionante.

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