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Clint Eastwood encara a velhice de frente em ‘Cry Macho’

Novo filme de Clint Eastwood, ‘Cry Macho – O Caminho para Redenção’, é um road movie emocionante, ainda que imperfeito e por vezes preconceituoso. Discute masculinidade, coragem, envelhecimento e as diferenças culturais entre os Estados Unidos e o México.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
30 de setembro de 2021
em Central de Cinema
A A
Clint Eastwood e Eduard Minnet

Clint Eastwood e Eduard Minnet: jornada pelo México e pela masculinidade. Imagem: Divulgação.

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Se você é fã de Clint Eastwood, ou acompanha a carreira do ator e diretor, Mike Milo, protagonista de Cry Macho – O Caminho para Redenção, em cartaz nos cinemas brasileiros, vai parecer muito familiar. E quase paradigmático.

A exemplo do aposentado Walt Kowalski, em Gran Torino, do treinador de boxe Frank Dunne, de Menina de Ouro, ou Bill Munny, personagem central de Os Imperdoáveis, só para citar alguns entre muitos, Milo é um cavaleiro solitário, à deriva, em busca de redenção. De certa forma, eles representam as diversas faces de um arquétipo do homem norte-americano, que Eastwood encarna como poucos na história do cinema,

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Aos 91 anos, o ator, também um dos grandes cineastas vivos, olha, em Cry Macho, a velhice nos olhos, de frente. Milo é um homem alquebrado, física e emocionalmente. Astro aposentado de rodeios, cuidador de cavalos, ele tem certa dificuldade para andar, devido a um acidente que interrompeu sua trajetória como cavaleiro, e, por conta de recorrentes atrasos, ele acaba demitido pelo patrão, o fazendeiro Howard Polk (o também cantor country Dwight Yoakam), no fim da década de 1970.

Anos mais tarde, Pike o convoca para uma missão espinhosa: atravessar a fronteira do Texas e dirigir até a Cidade do México, onde deve resgatar e trazer aos Estados Unidos o filho do fazendeiro, Rafo (Eduardo Minett). O garoto, com 13 anos, nascido e criado no país vizinho, estaria sofrendo abusos constantes da mãe, Leta (a chilena Fernanda Urrejola, da série Narcos), alcoólatra e violenta.

Milo reluta, mas como tem uma dívida de gratidão com Pike, aceita o desafio, sem saber que a viagem o colocará em confronto com a própria vida, com sua finitude. Rafo vive nas ruas, sobrevive graças a seu galo de briga, que atende pelo nome de Macho e acaba concordando em ir com o velho peão para os Estados Unidos, a despeito das ameaças da mãe. O que se segue é um road movie, que como quase todos os filmes desse gênero, revela-se uma jornada existencial tanto para Milo quanto para o menino.

Eastwood, um diretor econômico, avesso a excessos melodramáticos, constrói um filme emocionante, ainda que imperfeito.

Há no centro da narrativa uma discussão muito instigante sobre masculinidade, simbolizada pelo animal de Rafo – vale lembrar aqui que, em inglês, cock (galo) é um dos nomes dados ao pênis. Rafo explica a Milo que escolheu o nome de Macho porque em espanhol, assim como em português, a palavra pode ser sinônimo de força, coragem, atributos que o adolescente em vias de tornar-se homem valoriza muito e deseja para si.

O irônico é que enquanto o garoto se esforça para se autoafirmar como homem, Milo, que no passado foi reconhecido por sua força e virilidade, sucumbe aos poucos à idade, e já não tem mais tanta certeza de sua masculinidade – é emblemática a cena em que ele foge das investidas sexuais da mãe de Rafo, que se sente profundamente ofendida pela rejeição.

Eastwood, um diretor econômico, avesso a excessos melodramáticos, constrói um filme emocionante, ainda que imperfeito. Em muitos momentos, as visões conservadoras do diretor, republicano convicto, transbordam na visão um tanto estereotipada do México e de seus habitantes, retratados, em grande parte, sem muita sutileza, como corruptos, violentos ou excessivamente religiosos. São estereótipos. A exceção talvez seja Marta (Natalia Traven), uma viúva, dona de um café numa pequena cidade no interior do país, que estende a mão aos viajantes, e por quem Milo se encanta – o sentimento é recíproco. Ela é ao mesmo tempo doce e firme. Íntegra, mas não idealizada.

Por vezes, o personagem de Rafo, mesmo que Eduardo Minett seja muito carismático, parece um tanto inverossímil – seu inglês, apesar do forte sotaque, é fluente demais para um garoto que nunca morou nos EUA, pouco conviveu com o pai e passou os últimos anos nas ruas. Por conta disso, muitos dos diálogos entre o garoto e Milo soam improváveis e exigem certa suspensão da descrença.

A despeito desses problemas, Cry Macho, escrito pelos mesmo roteiristas de Gran Torino e A Mula, tem momentos inspirados e nos faz pensar sobre as diferenças entre ser um homem de verdade e um macho.

Tags: Clint Eastwoodcrítica cinematográfiaCry MachoCry Macho - O Caminho para RedençãoEduardo Minettfilm reviewMéxicomovie reviewresenharoad movie
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