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Home Cinema & TV Central de Cinema

Entre o documentário e a ficção, a animação ‘Flee’ desafia territórios cinematográficos

Indicado aos Oscar de melhor filme internacional, documentário e animação, o arrebatador longa-metragem dinamarquês 'Flee', de Jonas Poher Rasmussen, narra a saga de um refugiado afegão homossexual.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
22 de março de 2022
em Central de Cinema
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Entre o documentário e a ficção, a animação 'Flee' desafia territórios cinematográficos

O afegão Amin conta a sua história no documentário de animação 'Flee'. Imagem: Divulgação.

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No cinema contemporâneo, as fronteiras entre o documentário e o cinema narrativo, de ficção, andam cada vez mais borradas. O longa-metragem dinamarquês Flee, ainda sem título em português, mas que, em tradução livre, significa “Fuga”, é um exemplo muito potente desse hibridismo. Por isso, mas não apenas por esse motivo, é uma obra tão significativa.

Flee disputa o Oscar 2022 em três categorias: melhor filme internacional, documentário e animação em longa-metragem. É o primeiro na história a conseguir esse feito. Em um mundo justo, poderia vencer as três estatuetas, porque reúne qualidades para isso. O cineasta Jonas Poher Rasmussen narra a turbulenta jornada de Amin, nome fictício de um refugiado afegão, desde a infância na Cabul dos anos 1980 até a idade adulta em Copenhague, quando ele, agora um doutor, resolve contar a Rasmussen sua verdadeira história.

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Ao desembarcar na Dinamarca, no fim da adolescência, sem um passaporte, ele mentiu às autoridades de imigração do país escandinavo por recomendação dos traficantes de pessoas, que conseguiram tirá-lo da Rússia, onde ele e a família se refugiaram, e se esconderam, por vários anos, depois de fugirem do Afeganistão, quando o poder em sua terra natal foi tomado pelo Talibã, no fim da década de 1980. O trato: Amin dizer, ao chegar ao aeroporto de Copenhague, que toda a sua família tinha sido morta, ainda em Cabul.

A saga de Amin torna-se ainda mais complexa porque ele, filho de uma família da classe média afegã, muçulmana e conservadora, é homossexual, informação essencial ao excelente roteiro de Flee, que venceu, entre inúmeros prêmios ao redor do mundo, o Grande Prêmio do Júri do Festival de Sundance (EUA), na competição de documentários.

Essa narrativa, feita em forma de depoimento em flashback ao cineasta, a quem Amin revela toda a verdade, é construída como animação, que em momentos mais dramáticos ganha traços sombrios, expressionistas.

De um lado, acompanhamos a história do protagonista a partir de uma perspectiva cronológica, que em sua porção inicial se confunde com a história mais recente do Afeganistão, desde a ocupação soviética até a ascensão dos talibãs, fomentada pelos Estados Unidos, quando seu pai desaparece e Amin, a mãe, um irmão maior e duas irmãs, também mais velhas do que ele, deixam o país e se refugiam na Moscou pós-fim da União Soviética, de onde tentam por anos escapar com a ajuda do irmão mais velho, que imigrou para a Suécia.

Essa narrativa, feita em forma de depoimento em flashback ao cineasta, a quem Amin revela toda a sua verdade, é construída como animação, que em momentos mais dramáticos ganha traços sombrios, expressionistas. Ela é intercalada por imagens documentais de época, extraída de filmes e noticiários, uma opção interessante, porque nos situa no tempo e no espaço, e nos lembra que estamos assistindo a uma obra não ficcional.

À medida em que fala das transições da infância para a adolescência e, mais tarde, para a idade adulta, Amin também se abre a respeito da descoberta de sua sexualidade – na infância, ainda em Cabul, ele gostava de colocar o vestido da irmã e nutria uma paixão platônica pelo astro de cinema e artes marciais belga Jean-Claude Van Damme. Embora ele tema se assumir para a família, “porque no Afeganistão parecia não existir homossexuais”, esse relato, por vezes marcado por angústia, também é quase sempre lúdico.

Flee é um filme original e arrebatador, por sua pertinência temática e ousadia formal. Tem produção dos atores Riz Ahmed, que tem origem paquistanesa e foi indicado no ano passado ao Oscar de melhor ator por O Som do Silêncio, e Nicolaj Coster-Waldau, o Jaime Lannister da série Game of Thrones, astro dinamarquês.

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