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‘Se a Rua Beale Falasse’ e ‘Olhos Que Condenam’ atestam a importância do lugar de fala

'Se a Rua Beale Falasse' e 'Olhos que condenam' discutem o mesmo tema: o racismo da polícia e o judiciário nos Estados Unidos.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
1 de agosto de 2019
em Central de Cinema
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'Se a Rua Beale Falasse' e 'Olhos Que Condenam' atestam a importância do lugar de fala

Imagem: Reprodução.

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Em 2015, o longa-metragem Selma, competente drama histórico sobre a luta de Martin Luther King Jr. para garantir o direito de voto dos negros nos Estados Unidos dos anos 1960, foi um dos concorrentes ao Oscar de melhor filme. A cineasta Ava DuVernay, contudo, não foi indicada na categoria de melhor direção, o que gerou protestos à época, sob a alegação de que a exclusão fosse motivada por racismo e/ou misoginia.

Dois anos mais tarde, Moonlight: Sob a Luz do Luar, que narra a emocionante jornada de autoconhecimento de um jovem gay da periferia de Miami, venceu a cobiçada estatueta na categoria principal e deu ao seu diretor o prêmio de melhor roteiro adaptado – Damien Chazelle venceu o de diretor pelo musical La La Land – Cantando Estações.

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Tanto Jenkins quanto DuVerney, assim como Jordan Peele, diretor de Corra! e Nós, pertencem a uma talentosa nova geração de cineastas norte-americanos que seguem os passos de militância de Spike Lee (de Infiltrado na Klan e Faça a Coisa Certa). Suas obras são indissociáveis de suas experiências de serem pretos em uma sociedade e numa indústria ainda bastante excludentes e racistas em diversos aspectos.

Após o triunfo de Moonlight, apontado recentemente pelo site IndieWire como o melhor filme desta década, era imensa a expectativa em relação ao próximo projeto de Barry Jenkins, que escolheu adaptar para a tela grande o romance Se a Rua Beale Falasse, de James Baldwin (1927-1984), expoente da literatura black nos Estados Unidos. A trama é, ao mesmo tempo, uma pungente história de amor e um potente libelo político.

Tanto Jenkins quanto DuVernay, assim como Jordan Peele, diretor de Corra! e Nós, pertencem a uma talentosa nova geração de cineastas negros norte-americanos que seguem os passos de militância de Spike Lee (de Infiltrado na Klan e Faça a Coisa Certa).

Quem narra a história é Tish (Kiki Layne), uma jovem de 19 anos do Harlem, bairro negro de Nova York, nos anos 1960, tempos de movimentos civis, de Martin Luther King e Malcolm X e início da contracultura.

Na belíssima sequência de abertura do filme, ela e o namorado Alonzo (Stephan James), mais conhecido como Fonny, passeiam por um idílico Central Park outonal. Ele pergunta a ela: “Você está pronta?”.

Ela responde que nunca esteve tão pronta para nada nessa vida. Não sabemos ainda para quê, e a resposta que o filme nos dará é das mais ambíguas.

Tish e Alonzo se conhecem desde a infância. Foram criados praticamente juntos e a amizade transformou-se em paixão. Esse enamoramento contamina a câmera de Jenkins, um mestre das cores, em sua frutífera parceria com o diretor de James Laxton, indicado ao Oscar por seu trabalho em Moonlight. Jovens e lindos, o casal transborda sensualidade, em closes e planos detalhes que nos tornam cúmplices desse amor sem fim. Mas Jenkins cobra seu preço.

Com uma narrativa não linear, logo ficamos sabendo que Fonny será preso, acusado por um crime que não cometeu: o estupro de uma mulher porto-riquenha. Ao mesmo tempo em que o filme narra como ele e Tish quase concretizaram o sonho de construir uma vida juntos, também retrata a perda da ingenuidade de ambos na busca por uma justiça que lhes escapa por entre os dedos. O sistema parece nada disposto a ouvi-los ou respeitá-los.

Quem tem papel fundamental nessa luta é a mãe-coragem de Tish, Sharon, papel que deu à excelente Regina King o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Mais do que um filme sobre como a polícia e o Judiciário dos Estados Unidos tratam os negros, o longa-metragem, assim como o livro de Baldwin, aborda o impacto que essa discriminação tem sobre a vida e os sonhos das pessoas, os tirando de rota, quando não os destruindo completamente. Instauram uma cultura do medo, não muito diferente do que ocorre no Brasil.

Nesse ponto, Se a Rua Beale Falasse converge com Olhos Que Condenam, indicada ao prêmio Emmy em 16 categorias, incluindo melhor minissérie e direção. Seus quatro episódios, produzidos pela Netflix, reconstituem um capitulo doloroso da história recente dos Estados Unidos. Em abril de 1989, na cidade de Nova York, uma executiva do sistema financeiro saiu para correr pelo Central Park e acabou sendo brutalmente agredida e estuprada.

Como naquela mesma noite grupos de jovens negros e hispânicos do Harlem se reuniram no parque no que foi interpretado como uma espécie de arrastão, com denúncias de atos perturbação da ordem, a polícia associou imediatamente a agressão da corredora aos adolescentes: por conta da cor da pele e da etnia, os culpados só poderiam estar entre eles.

Alguns dos garotos foram presos e a pressão para que o caso, que envolvia uma vítima branca e abastada, fosse solucionado fez com que provas fossem rapidamente fabricadas e, por meio de tortura física e psicológica, cinco adolescentes acabaram confessando um crime que nunca cometeram. Foram condenados de 7 e 13 anos de prisão e tiveram a sua juventude roubada até que, em 2002, o verdadeiro estuprador confessasse o crime

Ava DuVernay, diretora e uma das roteiristas da minissérie, fala, assim como Jenkins em seu filme, de uma realidade que conhece muito de perto, à qual não é alheia, conferindo enorme complexidade aos personagens e seus dramas, sem cair na tentação fácil do vitimismo puro e simples, e com um elenco extraordinário.

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