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‘Torquato Neto: todas as horas do fim’: um caleidoscópio sobre a vida e a morte durante o Tropicalismo

‘Torquato Neto: todas as horas do fim’ conta a vida do artista piauiense que viveu no auge da efervescência cultural dos anos 60 e 70 no Brasil.

Valsui Júnior por Valsui Júnior
18 de março de 2018
em Central de Cinema
A A
‘Torquato Neto: todas as horas do fim’: um caleidoscópio sobre a vida e a morte durante o Tropicalismo

Imagem: Reprodução.

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São poucos os documentários recentes que fazem um trabalho de resgate histórico tão fervilhante e interessante quanto o documentário de Eduardo Ades e Marcus Fernando, Torquato Neto: todas as horas do fim (2017). A vida do compositor, poeta, cineasta, crítico e, enfim, um artista piauiense com múltiplas capacidades como Torquato Neto não poderia ser contada de melhor forma. Mesmo diante de uma morte prematura aos 28 anos, que é abordada no filme com delicadeza e poesia, o ato de criar era tão absorto no espírito de Torquato que o imortalizou como um dos principais intelectuais da época.

Mórbido e constantemente taciturno, conhecido até mesmo por vampiro brasileiro em filmes do Cinema Marginal, como Nosferato do Brasil (1970), de Ivan Cardoso, e o icônico Terror da Vermelha, curta-metragem dirigido por ele mesmo entre 1971 e 1972, o artista transpunha muito de sua personalidade em sua própria obra. Anos antes, já havia participado de assistente em Barravento (1962), de Glauber Rocha. Era envolvido com Gil, Caetano, Gal e Bethânia. Tinha uma intensa relação com a poesia, com a escrita de forma mais libertária, sinal que muito era visto em suas cartas aos seus conterrâneos quando exilou-se na Europa.

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Torquato precisava criar, tinha essa necessidade constante em sua vida. O documentário de Ades e Marcus Fernando representa isso em cartas e poesias, documentos escritos por ele mesmo sob a voz e interpretação de Jesuíta Barbosa. Sua vida é contada de maneira caleidoscópica – são vozes em off, excertos de filmes de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Arnaldo Jabor, Julio Bressane, Joaquim Pedro de Andrade, dentre outros tantos que eram representativos daquele rico período do cinema ficcional brasileiro que foram os anos 60 e 70.

‘Torquato Neto: todas as horas do fim’ tem ritmo, tem cadência. É pura poesia.

Em tom quase que professoral, escreveu uma cartilha sobre o Tropicalismo no Brasil. Exigia a necessidade de criar um “pop” verdadeiramente brasileiro, com uma estética e uma pedagogia própria do nosso país. Longe e crítico da bolha intelectual, gostava do escracho e do desbunde. Absurdado com a situação política no país, Torquato volta e meia desejava sua própria morte. Havia sido internado tantas e tantas vezes, que já criticava o próprio sistema no qual estava submerso. Odiava o conformismo, a monotonia. Chegou a odiar sua visita a Paris, criticando que mesmo onde havia algazarra, tudo era muito controlado.

Não longe dali, escreveria críticas culturais acaloradas sobre o momento de efervescência no país. Sua coluna, como seu próprio nome dizia, era uma “Geléia Geral”, expressão cunhada pelo poeta Décio Pignatari; foi publicada semanalmente no Última Hora. Ali era seu exercício de rotina onde podia transcrever sobre o que ouvia e criticar sobre o que não aceitava em forma de prosa, mesmo que em nenhum instante de sua vida tenha deixado de lado a poesia.

Seu legado é imenso, tão pouco mensurável que o longa-metragem não deixa dúvidas de que não é possível retratar apenas um Torquato Neto, mas uma geração de “torquatos” que foi, sem dúvida, influenciada por ele e por ele influenciável. Mesmo na sua temporada na Europa, nunca deixou de pensar no Brasil e na formação cultural do seu país-mãe.

Torquato se suicidaria aos 28 anos de idade, logo após sua festa de aniversário. Uma morte silenciosa, assim como muitas vezes ele o era – trancou-se no banheiro e ligou o gás. Em nota à sua esposa, declamava: “Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu me sentia e achava que era um guia de cegos. Depois começaram a ver, e, enquanto me contorcia de dores, o cacho de banana caía. De modo que FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure”.

O documentário termina ali, na voz de “Três da Madrugada”, de Gal Costa, mas acende uma tocha intensa sobre a vida do melancólico inveterado em terras tropicais. Torquato Neto fica.

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Commentários 0

  1. Ademar Populina Amancio says:
    4 anos atrás

    Pena o cara ter suicidado.

    Responder

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