Foi dado o pontapé simbólico da edição 2015 do Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba. A coletiva de imprensa aconteceu na tarde desta terça-feira, no Café do Paço da Liberdade. Com curadoria de Denize Araujo, coordenadora da pós-graduação em Cinema e docente do Mestrado e Doutorado da Universidade Tuiuti do Paraná, e do jornalista, crítico de cinema, editor de A Escotilha e professor da PUCPR e UniBrasil, Paulo Camargo, o FICBIC contará com cinco mostras que levarão ao público, entre os dias 5 e 14 de novembro, mais de 140 filmes de 25 países. Com exibições inteiramente gratuitas, o festival ocorrerá em nove espaços espalhados pela cidade de Curitiba, além de uma mostra itinerária, que exibirá os filmes em outras cidades do estado.
O filme escolhido para a abertura do FICBIC (que passou a ser anual a partir de 2014) é o longa-metragem O Clã, do diretor argentino Pablo Trapero, premiado como melhor diretor no Festival de Veneza deste ano. O Festival está dividido em cinco mostras: Panorama do Cinema Mundial, Panorama do Cinema Brasileiro, Cinema em Retrospectiva, a mostra infanto-juvenil Universo Z e o Circuito Universitário.
Processo curatorial
Acompanhando o tema da Bienal Internacional de Curitiba, “Luz do Mundo”, o processo de curadoria do FICBIC contempla o design do diafragma, propondo para a seleção de obras o tema “Trilogia da Luz”, a partir da construção metafórica com a luz da câmera, a luz do olhar do cineasta e o olho-luz do espectador. Segundo comentam os curadores, o FICBIC é pensado para ter um perfil específico em relação aos demais festivais que já ocorrem na cidade. Trata-se de uma mostra informativa, por não ser competitiva, e de formação, por trazer à cidade obras que fogem do grande circuito de exibição. Ao todo, foram selecionados por Denize Araújo e Paulo Camargo filmes de 25 países.
Mostras
Para as mostras principais – Panorama do Cinema Mundial e Panorama do Cinema Brasileiro -, a curadoria procurou contemplar filmes de estilos diversos, que fossem capazes de servir como um recorte do cenário contemporâneo no cinema nacional e internacional. O ineditismo em Curitiba e a seleção em outros festivais foi o critério utilizado para a escolha dos filmes. “Queremos com os longas e curtas selecionados descortinar um cenário contemporâneo de enfoques e pontos de vista diferenciados, com perfis e parâmetros distintos”, explicou Denize.
Entre os destaques está Os Irmãos Lobo, documentário que encerrará a edição deste ano, vencedor do Grande Prêmio do Festival de Sundance de 2015 e cotado para o Oscar da categoria. O filme, que conta a história de irmãos que foram criados pelos pais em plena ilha de Manhattan por meio de obras do cinema, remete a elementos do realismo mágico. “Os personagens vivem entre a realidade e a representação da realidade”, afirmou Paulo Camargo. Denize ainda pontua a convergência entre os filmes que abrem e fecham o FICBIC: “ambos (Os Irmãos Lobo e O Clã) aproximam-se pelo aspecto biográfico, pois baseiam-se em fatos reais”.
Chama a atenção, ainda, O Grande Mestre, do diretor chinês Wong Kar-Wai, responsável pelo ótimo Amores Expressos (1994), e pelo premiadíssimo Amor à Flor da Pele (2000). Kar-Wai é um dos principais nomes da “Segunda Nova Onda”, movimento conhecido por procurar retratar a identidade de Hong Kong, composta por partes extremamente distintas.
“Certamente sou suspeito, mas creio que as mostras estão consistentes”, afirmou Paulo Camargo. “O público pode esperar diversidade e qualidade do FICBIC. Teremos filmes como Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência, filme sueco vencedor do Festival de Veneza do ano passado; O Olmo e a Gaivota, de Petra Costa e da dinamarquesa Lea Glob, além de vários filmes locais, como O Touro, fazendo suas estreias em Curitiba”, complementou o jornalista.
Denize ressalta que a curadoria buscou ainda priorizar os filmes reflexivos, que ponderam questões sobre a vida, independente de seus gêneros. “Na programação, há tanto filmes mais poéticos, como Sem Título #2: La Mer Larme, de Carlos Adriano, e Domingo, de Karim Aïnouz, quanto mais políticos, como Os Fins e Os Meios, de Murilo Salles, e The Chinese Mayor, de Hao Zhou”.
A curadoria buscou ainda priorizar os filmes reflexivos, que ponderam questões sobre a vida, independente de seus gêneros.
Sobre a produção cinematográfica nacional da atualidade, Camargo é enfático. “O cinema brasileiro passa por uma fase incrível. Nem sempre é possível levar os lançamentos para todos, por isso a importância de festivais como o da Bienal”. Segundo Denize, a curadoria priorizou filmes que tenham forte ligação com um cinema existencialista, que privilegia a reflexão.
Quem marcará presença será o diretor Aly Muritiba. Vencedor do Festival de Brasília deste ano com o longa Para Minha Amada Morta, Muritiba terá exibidos seus dois curtas, Parque Pesadelo (dirigido por ele, Francisco Gusso e Pedro Giongo) e Tarântula, este último em co-direção com Marja Calafange.
Público infanto-juvenil e universitário também estarão contemplados. A mostra Universo Z, com curadoria de Aristeu Araújo e Mariana Bernal, tem como foco filmes que refletem a nova geração infanto-juvenil. Um dos destaques da mostra é o longa Até que a Sbórnia nos Separe, filme de animação nacional baseado na comédia musical Tangos & Tragédias.
O Circuito Universiário é dividido em Mostra Universitária Competitiva, na qual os vencedores de cada uma dessas categorias ganham um curso na New York Film Academy, nos Estados Unidos; a mostra não-competitiva Mostra o Teu que Eu Mostro o Meu, o Projeto Cine Egresso, a Mostra UTP e uma amostra dos trabalhos de alunos do Curso de Cinema do Centro Europeu.
Pablo Trapero
O diretor argentino Pablo Trapero é o homenageado do FICBIC. Um dos expoentes do chamado “Novo Cinema Argentino”, movimento iniciado no final dos anos 1990, e que tem como marco Pizza, Birra, Faso (1997), de Adrian Caetano. Comumente associado à crise e tido como resultado dela – e até por isso, também, alvo de críticas, sendo acusado de não apresentar um engajamento político consciente e definido, o “Novo Cinema Argentino” se impôs como um dos mais instigantes no cenário internacional.
‘A retrospectiva de Trapero oferece um novo olhar, iluminando novamente sua significativa cinematografia’, afirmou a curadora Denize Araujo.
Vencedor do Festival de Veneza com O Clã, longa-metragem que abre a edição deste ano, Trapero é apontado como um dos talentos mais promissores de sua geração.O Clã bateu o recorde de bilheteria em estreias do cinema argentino, com mais de 500 mil ingressos vendidos no primeiro fim de semana, superando o elogiado Relatos Selvagens. Estarão presentes também na mostra Cinema em Retrospectiva: Mundo Grua, Do Outro Lado da Lei, Família Rodante, Nascido e Criado, Leonera e Abutres. A única exceção da filmografia do diretor é Elefante Branco, de 2012.
Os curadores definem o realizador homenageado como um cineasta emblemático na produção latino-americana contemporânea. Para Paulo Camargo, Trapero concretiza “um cinema vigoroso, extremamente poético, com forte preocupação em registrar a Argentina de hoje”. “A retrospectiva de Trapero oferece um novo olhar, iluminando novamente sua significativa cinematografia e convidando o espectador a refletir sobre sua trajetória e suas construções de mundo e personagens”, afirma Denize. “A escolha por Trapero aconteceu antes da divulgação de sua premiação em Veneza”, enfatiza Camargo. “Ao lado de Lucrecia Martel, é um dos cineastas argentinos mais significativos da atualidade”, completa.
Confira abaixo os longa-metragens das mostras principais do FICBIC.
Cinco Graças
2015 | ficção | Turquia | 97’ | 12 anos
Dir. Deniz Gamze Ergüven
Início do verão. Em um vilarejo no norte da Turquia, Lale e suas quatro irmãs estão voltando da escola, a caminho de casa, brincando inocentemente com alguns rapazes. A imoralidade da brincadeira desencadeia um escândalo que tem consequências inesperadas. A casa da família transforma-se aos poucos em uma prisão, estudos em casa substituem a escola e casamentos começam a ser arranjados. As cinco irmãs que compartilham uma paixão comum pela liberdade, encontram maneiras de contornar as restrições que lhes são impostas.
O Silêncio da Princesa
2014 | documentário | México | 84’ | 18 anos
Dir. Manuel Cañibe
A atriz e cantora mexicana Diana Mariscal chegou à fama na década de 60, quando seu estilo único misturava inocência e sensualidade, de maneira fascinante, levando-a a interpretar musicais de sucesso e estrelar, com apenas 18 anos, o filme Fando e Lis, do controverso Alejandro Jodorowsky. Este momento parecia representar a decolagem da carreira de Diana, mas a vida traria outra sorte. Assim, mais uma figura pública submergia em um mistério profundo, que a condenaria ao esquecimento. Quarenta anos depois, no entanto, sua existência não pode ser apagada com o passar do tempo.
Güeros
2014 | ficção | México | 106’ | 14 anos
Dir. Alonso Ruiz Palacios
1999. México. O adolescente Tomás provoca um acidente e sua mãe o envia para morar com seu irmão Fede, mais conhecido como Sombra. Dividem apartamento com outro estudante, Santos, em um edifício pré-fabricado na Cidade do México. Tomás carrega consigo uma fita cassete, parte do legado do seu pai, com músicas de Epigmenio Cruz. Segundo eles, suas canções poderiam ter salvo o rock mexicano, pois levaram até mesmo Bob Dylan às lágrimas. Quando o trio descobre que seu ídolo está no hospital, agonizando solitário, pegam a estrada para visitá-lo e prestar as últimas homenagens ao astro do rock. Güeros é um road movie em que os viajantes mal conseguem sair da cidade.
Mar
2014 | ficção | Chile / Argentina | 60’ | 12 anos
Dir. Dominga Sotomayor Castillo
Martín e a namorada vão à praia. Lá, tudo acontece de forma rotineira e os dias de verão seguem preguiçosamente. A tensão entre os dois se instala quando, inesperadamente, aparece a mãe de Martín e quebra a intimidade do casal, expondo a fragilidade do rapaz. Agora, ele está preso nos papéis de um filho e um homem na frente das duas mulheres. Em meio ao conflito, um raio atinge as proximidades e leva a vida de quatro jovens em férias. Este acontecimento real confronta a situação dos protagonistas com perguntas sobre a vida e a morte.
In Natura
2014 | ficção | Noruega | 80’ | 18 anos
Dir. Ole Giæver e Marte Vold
Uma viagem dentro da cabeça de Martin. Ele está viajando às montanhas, durante o fim de semana, e temos a oportunidade de conhecer seus pensamentos. Pensamentos sem censuras, existenciais ou triviais, sobre seus sentimentos e suas fantasias. Um filme essencial sobre o que é ser humano, sobre como funcionamos e pensamos.
O Grande Mestre
2013 | ficção | China | 123’ | 12 anos
Dir. Wong Kar-Wai
A história verídica de Ip Man, o mestre de artes marciais, que ficou conhecido no Ocidente por ter sido o mentor de Bruce Lee. No fim dos anos 30, no sul da China, ele derrota o grande e respeitado mestre Gong Yutian. A linda Gong Er, filha de Yutian, jura vingar a honra de seu pai e desafia Ip para uma luta. Tudo muda quando a Segunda Guerra Mundial intensifica-se e Ma San, o melhor pupilo de Gong Yutian, escolhe o lado inimigo.
O Tesouro
2015 | ficção | França / Romênia | 89’ | 16 anos
Dir. Corneliu Porumboiu
Costi leva uma vida pacífica. À noite, gosta de ler histórias para o seu filho de seis anos, para ajudá-lo a dormir. A favorita deles é Robin Hood. Uma noite, seu vizinho lhe faz uma visita inesperada e compartilha um segredo: há um tesouro enterrado no jardim de seus avós, ele tem certeza disso. Se Costi pagar por um detector de metais para ajudar a localizá-lo, ele vai lhe dar metade de tudo o que acharem. Cético no início, Costi acaba não resistindo.
Os Irmãos Lobo
2015 | documentário | EUA | 90’ | 10 anos
Dir. Crystal Moselle
Os seis irmãos Angulo passaram toda a vida trancados, longe da sociedade, em um apartamento no Lower East Side de Manhattan. Apelidados de The Wolfpack, são extremamente brilhantes, estudam em casa, não têm conhecidos fora da família e praticamente nunca saem de casa. Tudo o que eles sabem do mundo exterior vem dos filmes, que assistem obsessivamente, e recriam de forma meticulosa, usando elaborados adereços e figurinos caseiros. Durante anos, esta foi a maneira criativa que encontraram para evitar a solidão. Mas, depois que um dos irmãos escapa do apartamento, a dinâmica de poder na casa é transformada e todos os meninos começam a sonhar com as aventuras do lado de fora. Os Irmãos Lobo desenha uma história de amadurecimento e mostra um exemplo verdadeiro sobre o poder do cinema ao transformar e salvar vidas.
Ponto de Fuga
2015 | documentário | Tailândia / Holanda | 100’ | 12 anos
Dir. Jakrawal Nilthamrong
O diretor começa seu filme com as imagens reais, difíceis e pessoais do acidente de carro sofrido por seus pais, há 32 anos. A partir daí, conta a história de dois homens, cada um fugindo de seu próprio sofrimento, em diferentes tempos e espaços. Um jornalista jovem e idealista que não suporta injustiças, acompanhando a reconstituição de um crime. E um homem de meia- idade, dono de um hotel, que se sente isolado em sua própria família. Eventualmente, eles aprendem que não importa quão longe possam ir, o sofrimento nunca irá embora. Até a vida chegar a um final inesperado.
The Amina Profile
2014 | ficção | Canadá | 84’ | 18 anos
Dir. Sophie Deraspe
Amina Arraf, uma revolucionária siro-americana, que está tendo um caso online com Montrealer Sandra Bagaria, lança um blog provocativamente denominado Uma Menina Gay em Damasco. Enquanto o levante sírio ganha força, o blog atrai uma multidão de seguidores. Porém, Amina é sequestrada e surge, então, uma comoção internacional para que ela seja liberada. Contando uma história policial, que envolve várias agências de inteligência e as mídias globais mais importantes, o filme viaja de São Francisco para Washington, Istambul, Tel Aviv e Beirute para encontrar os protagonistas deste conto moderno de amor e tecnologia, e desvendar a verdadeira Amina.
The Chinese Mayor
2014 | documentário | China | 86’ | Livre
Dir. Hao Zhou
Conhecida como a cidade desenvolvida da China Imperial, Datong encontra-se hoje quase em ruínas. Não é somente a cidade mais poluída do país, mas também está paralisada por uma infraestrutura precária e uma perspectiva econômica incerta. Entretanto, o prefeito Geng Tanbo pretende mudar esse panorama, anunciando um novo plano ousado para restaurar a glória antiga da cidade e o centro cultural de mais de 1.600 anos. Mas, essas ações custam muito caro. Milhares de residências estão marcadas para serem demolidas e 500 mil moradores (trinta por cento da população total de Datong) devem ser deslocados durante o mandato do prefeito. O êxito do empreendimento depende exclusivamente da sua habilidade de acalmar as multidões de trabalhadores indignados e uma elite governante cada vez mais perturbada. The Chinese Mayor retrata, com notável facilidade, um homem, e, por extensão, um país, em pleno processo de efetuar um salto frenético rumo a um futuro cada vez mais instável.
Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência
2014 | ficção | Suécia | 101’ | 16 anos
Dir. Roy Andersson
Dois homens, Sam e Jonathan, são vendedores ambulantes, que estão cansados do mundo. Um mergulho sobre o caos atual, um quase apocalipse iminente, mas que também mostra o mundo cheio de pequenos momentos únicos, de sonhos e fantasias, lembrando da grandeza da vida e da fragilidade do homem.
A Vida Privada dos Hipopótamos
2014 | documentário | Brasil . EUA | 91’ | 14 anos
Dir. Maíra Büler e Matias Mariani
A Vida Privada dos Hipopótamos é um filme sobre Christopher Kirk, técnico de informática americano, que se muda para Colômbia após ler um artigo sobre os hipopótamos de Pablo Escobar. Também é um filme sobre V., a misteriosa mulher colombiana por quem Kirk apaixona-se durante os anos em que viveu na América do Sul e de quem fala obsessivamente. A discrepância entre as personalidades do técnico de informática e do traficante, a obscura procura por uma nova vida e a obsessão por V. permeiam todo o documentário, enquanto os diretores tentam comprovar as versões de Kirk – uma pessoa definida por um de seus amigos norte-americanos como a encarnação de Pinóquio.
Ato, Atalho e Vento
2015 | experimental | 70’ | 12 anos
Dir. Marcelo Masagão
As coisas não saíram como havíamos planejado. O filme tem uma estrutura parecida com uma frase composta somente de adjetivos. Adjetivos mais ou menos similares, mais ou menos destoantes. Então, devemos nos perguntar: cadê os verbos desta frase? O que equivaleria a nos perguntar: cadê o tempo – passado, presente e futuro? Os verbos estão presentes entre os adjetivos, no momento da passagem de um plano a outro. Ficando entre as coisas, ficam invisíveis. Verbo invisível e tempo invisível é igual a vento: existe mas não o vemos, só ouvimos sua presença no contato com as coisas.
Brasil S/A
2014 | ficção | 71’ | 14 anos
Dir. Marcelo Pedroso
No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson esteve cortando cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se engajar em sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil.
O Fim e os Meios
2015 | ficção | 105’ | 16 anos
Dir. Murilo Salles
O filme conta a história de Paulo e Cris, um jovem casal, que se muda para Brasília para tentar resolver os impasses da relação. Ela é jornalista, ele é publicitário. A campanha eleitoral de um senador da república desencadeia um jogo de poder, em que a mídia e a política convivem de forma perigosa com os desejos e as fraquezas da relação entre homem e mulher. As raízes do Brasil são expostas através dos sentimentos daqueles que vivem dentro do furacão do cotidiano do poder.
O Touro
2015 | documentário/ficção | 78’ | Livre
Dir. Larissa Figueiredo
Quando o rei português Dom Sebastião perdeu a Batalha de Alcácer Quibir, seu corpo foi engolido pelas areias do Marrocos e desapareceu. Seu espírito, no entanto, formou um exército e fundou o seu reino encantado na Ilha de Lençóis, no Nordeste do Brasil. Cinco séculos depois, Joana, uma jovem portuguesa, chega na ilha em busca do seu rei desaparecido.
Olmo e a Gaivota
2015 | documentário | 87’ | 14 anos
Dir. Petra Costa e Lea Glob
Olívia é uma atriz que está prestes a estrelar a peça A Gaivota, de Anton Tchekov, quando descobre que está grávida. Enquanto a produção fica pronta, o bebê dentro dela cresce e as dificuldades da gravidez começam a afastá-la da montagem, ao mesmo tempo em que as aproximam das personagens que ela interpreta.
Zoom
2014 | ficção | 71’ | 16 anos
Dir. Pedro Morelli
O filme conta simultaneamente três histórias. Emma decide investir suas economias em um implante de silicone, que dá errado. Sem dinheiro para remover os implantes, ela vai achar um meio – mesmo que ilegal – para voltar atrás. Edward, vaidoso cineasta canadense, precisa refilmar o final de seu filme de arte e, inexplicavelmente, começa a ter graves problemas sexuais. E Michelle, modelo brasileira que vive no Canadá, volta ao Brasil para escrever um livro e quebrar seu bloqueio criativo, mas, sem querer, fica presa entre seus dois mundos.
Serviço
Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba 2015
Quando: de 5 a 14/11.
Onde: A programação completa e demais informações sobre o FICBIC 2015 podem ser conferidas no site (clique aqui) ou na página do evento no Facebook.
Quanto: Todos os filmes têm entrada franca. Os ingressos serão distribuídos uma hora da sessão de cada filme.
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