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Home Cinema & TV Central de Cinema

‘Pela janela’: a sensibilidade no olhar de quem é invisível

Valsui Júnior por Valsui Júnior
4 de fevereiro de 2018
em Central de Cinema
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Pela Janela - Caroline Leone

Magali Biff apresenta uma atuação bastante delicada sobre uma mulher que perdeu seus sonhos. Foto: Divulgação.

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Há filmes em que o verdadeiro protagonismo está no olhar dos personagens. O longa-metragem Pela janela (2017) é um deles. O filme conta com duas grandes pérolas: a estreia da cineasta Caroline Leone na direção e a primeira aparição da atriz Magali Biff na grande tela como protagonista. Para quem não lembra, Biff teve sua primeira grande interpretação para a televisão na novela Sangue do meu sangue, em 1995, e interpretou a personagem Ernestina, a rigorosa zeladora da primeira edição brasileira da telenovela infantil Chiquititas, em 1997.

Além desta combinação poderosa, o filme teve uma produção delicada — Leone demorou cerca de 6 anos para terminar a produção. Ao fim, o filme foi condecorado com “FIPRESCI Award”, do International Film Journalists, como melhor filme do programa Bright Future (o mesmo prêmio levado por Kleber Mendonça Filho por O som ao redor, em 2012). Não é pouco para uma estreia.

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O longa conta a história de Rosália, uma operária de uma fábrica de reatores da periferia de São Paulo que, aos 65 anos de idade, é demitida. Desolada, a ex-funcionária é, então, consolada por seu irmão, José (Cacá Amaral), um motorista que tem de viajar de São Paulo a Buenos Aires e decide levar a sua irmã consigo para distraí-la.

Ao longo da trajetória, é possível ver no olhar de Rosália uma certa desilusão com a vida e que, aos poucos, transforma-se em redescoberta e renascimento. Mesmo sendo uma mulher de poucas palavras, a senhora desolada dá lugar a uma persona diferente do que foi visto até então. Um mundo de possibilidades que, talvez, pareceriam frívolas e banais para um olhar alheio, é apresentado ao olhar de Rosália.

Pela janela é um filme delicadamente político e empoderado sobre a terceira idade.

A chegada da protagonista em um país diferente, a Argentina, com uma língua e uma cultura diferentes, é essencial nessa jornada. O código da linguagem, um tanto importante para a comunicação, não a impede de transitar no novo mundo — logo ela conhece uma jovem e seu filho, de poucos anos de idade, com quem pode trocar experiências simples, como o tricô. Nesse intercâmbio de poucos dias, mas que pode ter durado uma eternidade na consciência de quem havia “perdido” um pedaço que consumia a sua existência, o trabalho, mostra à protagonista que há muito mais pelo que se viver.

Dessa maneira, o filme é uma ode a uma parcela invisível na nossa sociedade: a terceira idade, especialmente de uma mulher de classe média baixa. Há questões intransponíveis para o universo de Rosália, como a impermanência das coisas em um mundo caótico e instável, assim como a impotência por conta do falso pensamento de que é inútil para a sociedade por conta do desemprego e pela sua idade.

“Queria falar sobre a morte, retratar uma mulher anestesiada pela sobrevivência que encontra uma encruzilhada na vida, e usar este mote para fazer uma reflexão sobre o envelhecimento, sobre a necessidade de se ser ‘útil’ à sociedade”, destaca a diretora em entrevista para o portal Salada de Cinema. É por meio de uma notável sutileza que Caroline Leone, junto à maravilhosa atuação de Magali Biff, abordam temas que, mesmo sendo universais, são de extrema importância, especialmente para o momento em que vivemos: a (in)visibilidade de mulheres como Rosália na nossa sociedade, ainda mais num país que sofre com ataques constantes a essa parcela da população em discussões como a reforma da Previdência. É deste jeito que Pela janela consegue se um filme delicadamente político e empoderador.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: argentinaBrasilBuenos AiresCacá AmaralCaroline LeoneCinemaCinema BrasileiroCinema Nacionalcrítica cinematográficaMagali BiffPela JanelaReforma da Previdênciaresenha
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