• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
28 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Cinema & TV Espanto

Trash é uma estética e não um sinônimo para filmes sangrentos

Rodolfo Stancki por Rodolfo Stancki
4 de setembro de 2019
em Espanto
A A
Cena de Trash - Náusea Total

Cena do filme 'Trash - Náusea Total', dirigido por Peter Jackson. Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Recentemente, um conhecido no Twitter criou uma lista recomendado produções trash para seus seguidores. O levantamento incluía títulos como Halloween (1978), A Hora do Espanto (1985) e A Mosca (1986). Aos meus olhos, a seleção parecia, no mínimo, controversa

Sempre me incomodei com o uso da expressão trash para designar obras de baixo orçamento. Especialmente porque o termo literalmente chama o trabalho de outra pessoa de lixo. Sei que cada um tem o direito de dar o nome que quiser para um grupo de filmes, mas a trajetória histórica da expressão evoca um certo elitismo cultural.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Trash é, antes de tudo, um conceito associado a uma estética de “mau gosto”, o que por si só já é uma ideia problemática (quem somos nós para dizer o que é bom ou mau?). No livro O Cinema Trash e a Reciclagem Cultural, o pesquisador brasileiro Juliano Ferreira Gonçalves afirma que a expressão possui uma definição nebulosa na academia, embora seja facilmente reconhecida pelo senso comum. Usamos ela como sinônimo para filmes baratos, que sejam sujos e transgressores.

Descrever um longa-metragem como trash me parece uma maneira de desqualificar uma obra ao mesmo tempo em que se justifica a apreciação dela.

O trabalho de cineastas como John Carpenter, Tom Holland e David Cronenberg simplesmente não se encaixa nessa classificação, que provavelmente seria mais apropriada às produções de Lloyd Kaufman, Frank Henenlotter e Peter Jackson (no começo da carreira). Bad Taste, dirigido por Jackson em 1987, chegou a ser lançado no Brasil como Trash – Náusea Total. Ali, o que aparece na tela é autoconsciente dos escassos recursos, exagerado e ultrajante. É um longa-metragem que aposta na exploração do sangue para garantir a atenção do público.

Em sua dissertação A Cultura do Lixo: Horror, Sexo e Exploração no Cinema, o pesquisador Lúcio de Franciscis dos Reis Piedade afirma que o Brasil passou por um “modismo trash” nos anos 1990. Nesse período, fanzines, mostras de cinema e até programas de televisão faziam referência ao termo – consolidando-o no imaginário nacional.

O exemplar mais importante da trashmania talvez tenha sido o Cine Trash, que era exibido nas tardes da TV Bandeirantes e apresentado pelo cineasta José Mojica Marins. Enquanto a Sessão da Tarde, da Rede Globo, exibia majoritariamente filmes considerados de “bom gosto” para a família toda, Zé do Caixão saía de um mausoléu para anunciar uma fita sangrenta e amaldiçoar o público com suas longas unhas na concorrência (leia mais).

Parece-me que o senso comum de associar a expressão trash a qualquer narrativa com cenas de sangue, independentemente de valores de orçamento, é um costume herdado desse período. Lembro-me que a refilmagem de A Noite dos Mortos-Vivos (1990), dirigida por Tom Savini, foi uma das produções que passaram no programa de Mojica. A estética do filme em nenhum momento parece pobre e a trama não apela para o escatológico ou para o exagero. É uma história de horror, mas nunca com aparência de lixo. Isso não impediu o meu conhecido de colocá-la na sua lista ao lado dos títulos citados no primeiro parágrafo deste texto.

Descrever um longa-metragem como trash me parece uma maneira de desqualificar uma obra ao mesmo tempo em que se justifica a apreciação dela. Soa como uma tentativa de simplificar o próprio papel enquanto espectador, que não assume o prazer que sente em imagens de violência, transgressão e morte. Não deixa de ser, também, uma forma de não levar a sério essas produções, que deixam de ser cinema para virar algo menor – a ser descartado na lixeira mais próxima.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Bad TasteCinemacinema de horrorCultura do LixoEstética trashfilme sangrentoJuliano Ferreira GonçalvesLúcio de Franciscis dos Reis PiedadeModismo TrashO Cinema Trash e a Reciclagem Culturalsangue no cinemaTrashTrash - Náusea Total
Post Anterior

Clássico da literatura brasileira, ‘Éramos Seis’ ganha remake na Rede Globo

Próximo Post

‘Bacurau’ é o Brasil aqui e agora

Posts Relacionados

Arte promocional de 'Godzilla Contra a Ilha Sagrada'

‘Godzilla contra a Ilha Sagrada’ foi o último papel do gigante radioativo como vilão na Era Shōwa

15 de junho de 2022
'Gorath' e 'Atragon' inserem monstros gigantes desnecessários em tramas malucas de ficção científica

‘Gorath’ e ‘Atragon’ inserem monstros gigantes desnecessários em tramas malucas de ficção científica

1 de junho de 2022

‘Mothra, a Deusa Selvagem’ trouxe otimismo ao cinema kaiju

18 de maio de 2022

‘Varan, o Monstro do Oriente’ foi originalmente pensado para ser um telefilme para o mercado americano

20 de abril de 2022

‘Os Bárbaros Invadem a Terra’ é ficção científica ‘puro-sangue’ de Ishirô Honda

23 de março de 2022

‘Rodan – O Monstro do Espaço’ foi tentativa da Toho de manter o interesse do público pelo cinema kaiju

16 de março de 2022
  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ’90 dias para casar’ é puro deleite e deboche cultural

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In