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‘Edge of Darkness’, a minissérie britânica que revolucionou o suspense televisivo

David Ehrlich por David Ehrlich
18 de fevereiro de 2019
em Olhar de Cinema
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Ronald Craven (Bob Peck) em Edge of Darkness

Ronald Craven (Bob Peck), o detetive obcecado em solucionar o assassinato da própria filha. Imagem: Divulgação.

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Atualmente, é raro encontrar alguém que duvide do potencial dramático da televisão, especialmente dentro do gênero de suspense e crime. Há várias opções de séries que, uma vez por semana, nos garantem uma hora de conteúdo maduro e artístico, com qualidade técnica inquestionável. Mas é preciso admitir que nem sempre foi assim, e por muitos anos a TV foi uma mídia que não tinha muito a oferecer nesse sentido.

Geralmente o ponto de virada é apontado como sendo a série americana Os Sopranos, mas eu gostaria de colocá-lo uns bons anos antes – e do outro lado do Atlântico. Pois, em meados dos anos 80, duas poderosas minisséries da BBC escalaram as narrativas, diálogos e atuações das histórias televisivas de crime e suspense a um nível nunca antes – e raramente depois – igualado. Uma delas é The Singing Detective, de Dennis Potter, sobre a qual eu talvez fale em outra ocasião. A outra é o assunto do texto de hoje: Edge of Darkness, de Troy Kennedy Martin, lançada também no Brasil como No Limite das Trevas.

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A forma como a série aborda suspense na TV foi inovadora para sua época. Imagem: Divulgação.

A minissérie foi produzida em 1985. Os últimos anos da Guerra Fria deixavam as principais potências mundiais paranoicas quanto a espionagem e terrorismo. Thatcher e Reagan eram o retrato das promessas (e do elitismo) do globalismo neoliberal. A cultura pop deixava evidente o medo que as pessoas tinham da aniquilação por guerra nuclear. O movimento Nova Era estava em crescente expansão. E de alguma forma, Troy Kennedy Martin conseguiu inserir tudo isso na complexa história de Ronald Craven (interpretado pelo falecido Bob Peck), um detetive de Yorkshire com um passado sombrio como oficial de inteligência na Irlanda do Norte, que vê a própria filha, Emma (Joanne Whalley), ser morta a tiros na porta de casa. Embora a polícia insista que a motivação foi vingança, Craven fica obcecado em investigar as circunstâncias do assassinato, descobrindo coisas do passado de Emma, envolvendo-se com grupos antigovernamentais e aos poucos revelando uma grandiosa conspiração internacional.

Edge of Darkness conseguiu contar uma história poderosa, porém ainda assim simples, e ser um exemplo a ser seguido da força dramática da TV.

De forma brilhante, Edge of Darkness consegue ainda hoje deixar o espectador perturbado, assombrado e no mínimo preocupado com as formas que governos e grandes organizações encontram para tirar pedras de seus sapatos com discrição. Ainda assim, apesar de todo o seu tom sombrio, angustiante e de partir o coração, a minissérie consegue não apenas instigar o público, mas fazer exatamente aquilo que a indústria do entretenimento deveria sempre fazer: entreter.

Edge of Darkness
Mesmo em luto, Craven consegue ter algumas trocas de diálogos mordazes com outros personagens. Imagem: Divulgação.

E junto com o roteiro de Martin, um dos principais fatores que possibilitam que Edge of Darkness seja tantas coisas ao mesmo tempo é a magnífica atuação de Bob Peck. Mais conhecido fora do Reino Unido pelo seu papel coadjuvante como Robert Muldoon em Jurassic Park, Peck veio a ganhar o prêmio BAFTA de Melhor Ator por sua interpretação de Ronald Craven. Em uma das maiores façanhas de sua carreira, ele consegue, ao longo dos seis episódios da minissérie, expressar todas as diferentes emoções envolvidas no processo de luto de seu personagem, e sua obsessão com a morte da filha que cada vez mais beira à insanidade. Ainda assim, ele consegue dar a seu personagem certa complexidade e mostrar que ele não é apenas luto, sendo capaz inclusive de ter um mordaz timing humorístico quando é preciso.

Mas não é só Martin e Peck: todos os envolvidos na produção fizeram um trabalho digno de cinema, cada um fazendo sua parte de tal forma que acabam apoiando um ao outro. A direção de Martin Campbell, a direção de arte de Andrew Dunn, e a trilha sonora que contou inclusive com a colaboração de Eric Clapton, tudo isso permite que Edge of Darkness seja uma minissérie de um tipo único.

Edge of Darkness
Suspense é construído lentamente ao longo dos episódios. Imagem: Divulgação.

Claro que é preciso em algum momento falar da adaptação americana da minissérie, lançada nos cinemas em 2010 (com o título de O Fim da Escuridão no Brasil) e estrelando Mel Gibson como Craven. Confesso que a única coisa que vi do filme foi o trailer, mas mesmo levando em conta que Martin Campbell também o dirigiu, não consigo imaginar a história funcionando como um filme para cinema. Porque justamente uma das coisas que dão à minissérie seu charme único é a forma como seu suspense é construído lentamente ao longo de suas cinco horas de duração. Nesse sentido, se for preciso fazer comparações, Edge of Darkness está mais próximo da maestria de cineastas como Ingmar Bergman e Krzysztof Kieslowski do que de qualquer produção comercial americana, seja para cinema, TV aberta ou a cabo.

Pessoalmente, se for resumir a minissérie em uma única constatação, seria a de que é uma minissérie de crime bem especial, provavelmente uma das melhores que a BBC já fez. Na forma como ousou desbravar o que na época era uma nova forma de se fazer TV, lidando com assuntos desconcertantes de forma profunda e sem se preocupar com o desconforto do público, Edge of Darkness conseguiu contar uma história poderosa, porém ainda assim simples, e ser um exemplo a ser seguido da força dramática da TV, influenciando inúmeras séries que a seguiram.

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Tags: BBCedge of darknessno limite das trevaso fim da escuridãoresenhaSuspenseTroy Kennedy Martintv review
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