Há 45 anos estreava nos cinemas dos Estados Unidos o longa-metragem Guerra nas Estrelas, dirigido e escrito por George Lucas.
O filme, rebatizado nos anos 1990 como Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança, quebrou recordes de bilheteria ao redor do mundo, mudou a história do entretenimento e deu início a uma saga que já entrou em sua quinta década de existência, rendendo três trilogias, que se ocupam da trama principal e seus desdobramentos.
Também deu origem a longas avulsos, ligados ao universo da franquia, como Rogue One (2016) e Han Solo: Uma História Star Wars (2018), livros, quadrinhos, animações, séries e minisséries, dentro de um pioneiro, à época, projeto de transmídia.
O mais recente produto audiovisual gerado pelo universo Star Wars é a minissérie Obi-Wan Kenobi, cujos três primeiros episódios estrearam durante a última semana na plataforma de streaming Disney +. No centro da trama, está o personagem-título, que, no filme de 1977, deu ao grande astro britânico dos palcos e das telas sir Alec Guinness (de A Ponte do Rio Kwai) uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante.

Kenobi, na trama do filme original, é um veterano cavaleiro Jedi, que tem o papel de mentor, ajudando o jovem Luke Skywalker (Mark Hammill), nos primeiros passos de sua jornada do herói protagonista da trilogia fundadora da saga, em sua iniciação como Jedi.
‘Obi-Wan Kenobi’: Herdeiros
A minissérie em cartaz no Disney acompanha as aventuras de Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor, de Moulin Rouge – O Amor em Vermelho), dez anos após os eventos ocorridos em Star Wars – Episódio III: A Vingança dos Sith (2005), derradeiro capítulo da segunda trilogia.
Nele, McGregor vive o mestre Jedi, mentor de Anakin Skywalker (Hayden Christensen), pai de Luke, desde a infância até a idade adulta, quando ele se rende ao lado sombrio, ou escuro, da Força, para tornar-se o lorde Darth Vader, após um confronto quase mortal entre os dois Jedis.
A trama da série começa com Obi-Wan cuidando de Luke Skywalker à distância, ainda um menino, no planeta Tatooine, onde o garoto vive no exílio sem saber quem é.
Luke vive sob os cuidados de seus tios, Owen (Joel Edgerton) e Beru Whitesun (Bonnie Plesse), fazendeiros que tentam, de todas as formas, proporcionar ao futuro Jedi uma vida normal, sem percalços. Obi-Wan, contudo, tem consciência do perigo que seu protegido corre: Anakin/Vader, que volta a ser vivido por Christensen, aguarda o momento de atacar.
A atriz negra Moses Ingram já sofreu, desde a estreia, ataques da fãs racistas do universo Star Wars, que não toleram diversidade racial e de gênero dentro da franquia.
Cabe também a Obi-Wan cuidar da irmã de Luke, princesa Leia Organa, uma garotinha cheia de personalidade que não consegue se adaptar aos protocolos protetores da corte imperial na qual está sendo criada.
Nos três primeiros episódios da minissérie, Obi-wan vive na clandestinidade e está sendo caçado por inquisidores do Império, que tem como missão capturá-lo, para depois também chegarem aos dois herdeiros de Vader, dublado mais uma vez por James Earl Jones.
Racismo
Destaca-se nesse início de trama a inquisidora Reva Sevander, personagem que articula os principais acontecimentos, e demonstra ter certa obsessão pela captura de Kenobi – sabe que se conseguir, será elevada à posição de Grande Inquisidora.
A atriz negra Moses Ingram, indicada ao Emmy de melhor coadjuvante pela O Gambito da Rainha (2020), já sofreu, desde a estreia, ataques da fãs racistas do universo Star Wars, que não toleram diversidade racial e de gênero dentro da franquia.
No terceiro episódio da minissérie, lançado ontem pelo Disney+, Obi-Wan e Darth Vader têm seu primeiro confronto, que se dá em uma luta de sabres de luz, para delírio dos fãs.
Ainda é cedo para fazer julgamentos sobre a Obi-Wan Kenobi, dirigida por Daborah Chow, que descreve a relação entre o Jedi e Anakin/Vader como “uma história de amor”. McGregor, grande ator que é, é o ponto forte da produção. Ele traz nobreza, introspecção e, ao mesmo tempo, o rigor físico exigido pelo protagonista. O personagem, complexo, une a elevação espiritual de um Jedi e a destreza que ele precisa ter nos confrontos, que não são poucos.
O elenco coadjuvante e o desenvolvimento dos demais personagens, à exceção de Reve e, é claro, de Vader, ainda é uma interrogação. Por enquanto, são apenas rascunhos sem maior profundidade.
Direção de arte, figurinos, fotografia e toda a parte técnica estão à altura da franquia, embora, feita exibição em uma tela menor, a minissérie tenha, de certa maneira, que apequenar a trama, o que, no caso de uma história do universo Star Wars, pode ser problemático. Agora é esperar para ver.
Ver o exílio de Obi Wan Kenobi não é algo muito animador. Todos sabemos como general kenobi, um dos mestres jedis mais importantes das guerras clônicas, termina. Foram anos amargos, o período como eremita. Kenobi olha o presente e o futuro de forma bem pessimista. Isso é compreensível. Quem não morreu, está escondido. O império venceu, a democracia não existe mais. Vigora agora uma ditadura que destrói a todos que fiquem em seu caminho. A dificuldade em usar a força ou a preferência pelas armas é um reflexo de seu estado de espírito. O exílio não apagou sua existência, mas adormeceu seus poderes e abalou sua fé. Isso explica a dificuldade em lutar com meros caçadores de recompensa. Precisa levar um soco para lembrar quem ele é. Mesmo assim, o jedi ainda acredita, bem no fundo existe Uma Nova Esperança. Ele observa todos os dias o jovem Skywalker e zela pelo seu sono. Espera um momento qual ele possa corrigir os erros cometidos com o pai do menino. Afinal, o grande drama de Obi wan é ter falhado enquanto mestre. Logo, é bem provável que ele se responsabilize pelo que aconteceu com Anakin e na ameaça que ele se tornou. Todos podemos odiar a prequel de Stars Wars, mas na verdade nunca refletimos direito sobre como a saga possui boas ideias, uma mitologia interessante, mas uma execução desastrosa. Mesmo assim, a nova série, caso trate de perseguir a construção do personagem e do maior vilão Stars Wars, pode conseguir construir a melhor obra de toda sequência de filmes e séries, depois de o Império Conta Ataca e Rogue One.
Obi Wan kenobi estava com medo, apavorado. Não há dúvida que ele se culpa. Quando ficam cara a cara, olhando no olho um do outro, ele não vê o Lord sith, mas seus erros. Ele não conseguiu cumprir a promessa Qui Gon, de guiar o escolhido no caminho da força. Falhou não só em ensiná-lo, mas em torná-lo o maior inimigo dos Jedis. Isso explica a fuga, explica o receio em ligar o sabre, em usar a força. Os últimos 10 anos foram momentos de negação, momentos de dúvida e, principalmente, arrependimento. É claro, passo a passo, ele vai descobrindo a resistência e como nem tudo está perdido. Existe luz na escuridão, ele só precise se conectar novamente.
Tudo que eu estive esperando desde que assisti os pre-quels
-obi wan sofrendo por ter falhado com o anakin
-a infancia do luke e leia com pais adotivos
-o caos e medo na galaxia sob o comando totalitarista do imperio depois da queda dos jedi
-O ator que fez o Anakin jovem
-o luto pela morte a padme
Essa serie esta com qualidade excepcional e estou amando cada detalhe da execucao. Recomendadissimo, principalmente pra quem (como eu) eh fa da trilogia dos prequels