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Home Literatura Ponto e Vírgula

O universo da crônica

Marilia Kubota por Marilia Kubota
9 de maio de 2017
em Ponto e Vírgula
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Luis Henrique Pellanda e Joel Gehlen

Os cronistas Luis Henrique Pellanda e Joel Gehlen. Fotos: Reprodução.

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O que cabe no universo da crônica? Dentro de um gênero considerado menor, cabem universos distintos. Grandes escritores, como Machado de Assis, Olavo Bilac, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Stanislaw Ponte Preta, Cecília Meirelles, se aventuraram nesta seara e se tornaram mestres como Rubem Braga, Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade. Com o advento da internet, a crônica ganhou espaço nos blogues – de Fabrício Carpinejar a Clara Averbuck – e se banalizou.

Ainda há os poucos que, pelejando no gênero, conseguem se distinguir com estilo. No universo de Detetive à deriva (Arquipélago Editorial, 2016), de Luís Henrique Pellanda, a poesia flui em vidas anônimas. As histórias publicadas no jornal Gazeta do Povo, entre 2009 e 2014, apresentam um escritor que se diferencia de autores ingênuos de redes sociais. Shakespeare, Flannery O’Connor, Raymond Chandler, Ivan Ângelo e Dalton Trevisan são leituras citadas em seus escritos, entrevendo-se João Antônio, Edgar Allan Poe e Baudelaire.

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Capa de 'Detetive à deriva'
Capa de ‘Detetive à deriva’. Foto: Reprodução.

Dalton é homenageado na crônica “Uma pedra para Dario” e influencia a escolha de personagens e a ambientação dos relatos: moradores em situação de rua, prostitutas, vagabundos e crianças, circunscritos no território ficcional do Centro Histórico de Curitiba. A Pracinha do Amor (Praça Santos Dumont) emerge do anonimato para se tornar um dos cenários preferidos das histórias.

O escritor personifica bruxas, fantasmas e outros seres demoníacos em personagens que habitam os becos e labirintos da  cidade.

O “detetive à deriva” é o flanêur que observa a mulher que joga pétalas sobre a criança dormindo na grama no Passeio Público, crianças de rua que desfrutam da infância como as de classe média; bêbados, travestis, estudantes pobres que fazem parte de uma legião em que anjos alternam com demônios. “O inferno é aqui”, como dizia Jean Paul Sartre, e Pellanda sabe. O escritor personifica bruxas, fantasmas e outros seres demoníacos em personagens que habitam os becos e labirintos da  cidade.

E é através de uma máscara que o escritor se aproxima dos personagens. A máscara não é a do detetive, ou do jornalista. É a do pai levando a filha para a escola, ganhando liberdade para se emaranhar no submundo curitibano e elevar as figuras que perscruta à condição humana. A proximidade da inocência o deixa livre para cumpliciar-se com estes outros que, longe de serem pobres-diabos, são eternos infantes, os que não tiveram recursos suficientes para livrar-se de uma condição de dependência e subalternidade. Se a literatura não consegue libertar tais pessoas, ao menos pode dar aos leitores a chance de formar uma consciência humana.

Capa de 'Chuva sobre Sarajevo'
Capa de ‘Chuva sobre Sarajevo’. Foto: Reprodução.

Outro cronista que traz o filho como figurante é Joel Gehlen, em Chuva sobre Sarajevo (Letradágua, 2012). Kenzo observa o narrador silenciosamente, enquanto este compõe relatos sobre afetos: a chuva em Joinville, os personagens da cidade onde mora e trabalha o escritor, os amigos e escritores brasileiros. Os personagens centrais são, sobretudo, a chuva e os cães. O título do livro homenageia a chuva que cai tanto em Sarajevo como em Joinville. A chuva é motivo para celebrar as mulheres e o cantor francês Jaques Brel, metáfora para a partida de uma pessoa querida, comparar a guerra de Sarajevo a uma batalha pessoal.

Leia também
» O olhar de Luís Henrique Pellanda e Mentekpta sobre Curitiba
» Humberto Werneck e seus ‘Sonhos Rebobinados’

Quando o tema são os cães, entreveem-se os últimos momentos de alguns membros da família, os primeiros dos novos e notícias relacionadas a eles: de um que foi morar no cemitério para ficar perto do ex-dono, ou de um protetor que cuida sozinho de 60 vira-latas.

O cronista revisita lugares de Joinville: a casa velha da infância, dois cemitérios, dois bares, um dia de verão no centro da cidade; personagens famosos, como Manoel de Barros, Wilson Bueno e o joinvilense mais conhecido, Juarez Machado.

Nas mãos destes dois hábeis escritores, a crônica expande-se para além do relato de fatos cotidianos. Para um, é a observação do real. Para outro, é memória. Para ambos, é uma forma de, com a potência da literatura, ultrapassar o cotidiano de duas pequenas metrópoles.

DETETIVE À DERIVA | Luís Henrique Pellanda

Editora: Arquipélago;
Quanto: R$ 37,75 (224 páginas);
Lançamento: Dezembro, 2015.

CHUVA SOBRE SARAJEVO | Joel Gehlen

Editora: Letradágua;
Quanto: R$ 25 (106 páginas);
Lançamento: Fevereiro, 2013.

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Tags: Arquipélago Editorialcrítica literáriacrônicaDetetive à DerivaJoel GehlenLetradágualiteraturaLuís Henrique Pellanda
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