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‘Era o vento’: a literatura nos tempos da barbárie

Jonatan Silva por Jonatan Silva
9 de outubro de 2019
em Ponto e Vírgula
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Era o vento, nova obra de Carlos Machado

O escritor Carlos Machado. Imagem: Divulgação.

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Não pode haver literatura feita de fronteiras. É o lugar que, por não existir, realmente existe e está aqui e acolá. Os contos de Era o vento, sexto livro do londrinense-curitibano Carlos Machado, transcendem a ideia de pertencimento geográfico e sentimental. São narrativas que se debruçam sobre o intangível. Seus personagens orbitam ao redor de vidas comuns e que “desejam estar onde não estão”. São sujeitos abstratos vivendo em um mundo concreto e rachando, partido pelas distâncias que constroem todos os dias – mesmo sem saber.

O autor cria seus relatos no limiar da complexidade das relações. Os contos se debruçam sobre questões espinhosos como a imigração, a flutuação dos corpos no emaranhado de possibilidades diante dos abismos cotidianos, a dificuldade do brasileiro se perceber como latino – como fica evidente em “Latinoamérica”. Era o vento é o resultado de um universo próprio, uma ruptura frente à literatura cada vez mais voltada para si. É o contraponto da “Inércia”, texto que abre o volume, e cujo registro é desconcertante de tão real.

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Era o vento é o resultado de um universo próprio, uma ruptura frente à literatura cada vez mais voltada para si.

Em “Renúncia”, conto vencedor do Prêmio Off Flip 2019, Machado rompe com a ideia de fim e recomeço. Homens e mulheres apenas caminham pelas avenidas, se afastam e se aproximam como em um zoom orgânico e instintivo. Sobrevivem uns aos outros. “Em nome do pai, amém” é um oposto da multidão que povoa a literatura de Carlos Machado e é, ao mesmo tempo, um relato de guerra – algo que, à primeira vista, pode parecer improvável, mas que se revela uma narrativa ardilosa e inteligente.

“Janela”, “A Visita” e “A Mesma moeda” formam uma tríade íntima sobre tradições familiares, alheamento e o lugar no mundo. O conto que dá nome ao livro é como uma aquarela e que, não por acaso, se revela como um espelho. É narciso sobre o leito do rio ou preso nas engrenagens que movem a sociedade. “Criar raízes” e “Apenas uma perspectivas” são retratos irônicos daquilo que  maioria das pessoas tenta evitar.

Pedra no sapato

A literatura de Machado é uma pedra no sapato. É pelo incômodo que irrompe as dores e estabelece os vínculos. É na insegurança de seus personagens que costura uma teia simbólica, uma metáfora contra a imprecisão dos tempos líquidos.

Os doze contos de Era o vento formam um evangelho contra a barbárie. É na sutileza das composições líricas dos textos – algo presente em Poeira fria, Passeios e Esquina da minha rua – que Carlos Machado se consolida como uma das vozes mais interessantes e importantes da literatura brasileira.

ERA O VENTO | Carlos Machado

Editora: Patuá;
Tamanho: 140 págs.;
Lançamento: Maio, 2019.

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