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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘A Guerra dos Mundos’: Corre, negada!

Eder Alex por Eder Alex
5 de julho de 2017
em Ponto e Vírgula
A A
A Guerra dos Mundos - H. G. Wells

H. G. Wells. Foto: Reprodução.

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Em 1938, quando o cineasta Orson Welles anunciou pelo rádio que o planeta Terra estava na merda, pois os marcianos haviam chegado com sangue nos olhos e iam detonar tudo, o mundo não estava exatamente preparado para a brincadeira. Há quem diga que houve gente desesperada jogando as coisas no carro e fugindo sabe-se lá para onde, possivelmente tentando despistar o GPS extraterrestre. Parece meio absurdo e bem duvidoso, mas se hoje em dia a gente acredita em “notícia” no WhatsApp, quem somos nós para julgar a galera dos anos 30, não é mesmo?

O que o diretor de Cidadão Kane fez foi uma adaptação radiofônica da clássica história criada por H. G. Wells (publicada pela primeira vez em 1898), que praticamente definiu o imaginário coletivo até os dias de hoje a respeito do que seria uma invasão alienígena.

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A Guerra dos Mundos, publicado pela Suma de Letras, com tradução de Thelma Médici Nóbrega, é uma edição bem lindona, com capa dura e ilustrações criadas em 1906 pelo brasileiro Henrique Alvim Corrêa. Além disso, há também uma entrevista com a dupla Welles e Wells (ah, se eles tivessem nascido em Goiânia…).

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Ok, quase cento e vinte anos se passaram e de lá pra cá o mundo foi invadido e destruído várias vezes em livros, séries e filmes. Dá para dizer que ainda se destrói o mundo como antigamente, pois a história criada por Wells introduziu o aspecto violento e de disputa de território que tanto se repete nos dias de hoje. Não há espaço para a comunicação (A Chegada) ou para paz, lá na ficção científica de raiz os marcianos são uns lazarentos que torraram todas os recursos do seu planeta e resolveram fazer a feira nos planetas vizinhos e para isso precisam se livrar desse pequeno empecilho conhecido como “seres humanos”.

Há tanto o entretenimento da história de ação e sobrevivência, quanto a reflexão através da metáfora a respeito do desconhecido, do outro que é estranho à nossa realidade, da fragilidade humana, do absoluto descontrole social.

A história é contada em primeira pessoa pela perspectiva de um homem não identificado que é convidado para um observatório da cidadezinha inglesa em que vive, para acompanhar umas explosões estranhas em Marte e o envio para a Terra daquilo que parecem ser cápsulas ou mísseis, que por acaso acham de cair próximos à sua casa. Tal como num acidente de trânsito, os populares se aproximam, não para ajudar, mas sim para bisbilhotar e aí descobrem que os seres vindos do espaço não são muito gente boa (na real eles não são nem gente, né?). Mais do que isso, eles descobrem que esses seres soltam raios, tipo os do Ciclope do X-Men, capazes de torrar tudo o que estiver no caminho.

E aí é aquele deus nos acuda que vimos nos filmes, tantos nos antigos como no mais recente, do Steven Spielberg (que inclusive é mais fiel ao livro do que eu supunha): gente correndo feito formiga pra todo lado e sendo tostada de forma fulminante. Durante a confusão, alguns laços se firmam e alguns dramas vão se desenrolando.

Há tanto o entretenimento da história de ação e sobrevivência, quanto a reflexão através da metáfora a respeito do desconhecido, do outro que é estranho à nossa realidade, da fragilidade humana, do absoluto descontrole social e do desejo de conquistar e defender territórios, sendo o inimigo um ser maligno com formas monstruosas, completamente diferente de nós, e que precisa ser eliminado. Também não poderia faltar uma boa discussão envolvendo ciência versus religião – afinal, é claro que as pessoas encontrariam formas diferentes, às vezes bem opostas, para tentar explicar o que caralhos estava acontecendo.

É engraçado perceber que o livro funciona, de certa forma, como um espelho para a humanidade, pois a atitude fria e violenta dos marcianos para com os seus “vizinhos” nada mais é do que um espelhamento das inclinações bélicas e insanas do homem contra os seus semelhantes, vistos como ameaças à sua segurança.

Em tempos de crise de imigração na Europa, um livrinho de 1898 continua perturbadoramente atual. Não à toa, é reconhecido como um clássico.

A GUERRA DOS MUNDOS | H. G. Wells

Editora: Suma de Letras;
Tradução: Thelma Médici Nóbrega;
Quanto: R$ 32,90 (296 págs);
Lançamento: Maio, 2016.

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Tags: A Guerra dos MundosalienígenasApocalipseCríticaficção científicafim do mundoH. G. Wellsliteratura sci-fimarcianosOrson WellesresenhareviewSuma de Letras
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