• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
26 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Literatura Ponto e Vírgula

‘A Casa na Rua Mango’ e a condição de exílio perpétuo

Em ‘A Casa na Rua Mango’, Sandra Cisneros investiga suas próprias cicatrizes para criar romance único sobre identidade e pertencimento.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
30 de julho de 2021
em Ponto e Vírgula
A A
Detalhe da capa de 'A Casa na Rua Mango'

Detalhe da capa de 'A Casa na Rua Mango'. Imagem: Luíza Zardo.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Os homens e mulheres latinos parecem viver sempre na condição de exilados. Se permanecem em seus países é como se estivessem apartados do mundo – basta ver o retrato que os livros e filmes fazem das pessoas e lugares. Quando imigram, a situação é ainda pior. Em A Casa da Rua Mango, de Sandra Cisneros, americana filha de mexicanos, é um tratado sobre não pertencer a lugar algum e ter raízes no ar.

A jovem Esperanza é a síntese de todos esses contrastes culturais e sociais. Nascida e criada nos Estados Unidos, esse não é o seu país – assim como o México também não é – e a adolescente está em constante estado de suspeição. Seus traços mexicanos são uma barreira contra o American way of life, seu nome é uma redoma de vidro que a separa de outros jovens e o bairro em que mora é uma vizinhança barra pesada dominada pelo preconceito e pelo instinto de sobrevivência.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

O romance, escrito em forma de pequenos fragmentos, revela o caráter episódico do cotidiano de Esperanza, que vadeia as ruas à procura de um sentimento capaz de ser sinônimo do seu próprio nome. Tamanha é sua desconexão que deseja mudá-lo. “Algo como Zeze X serve”, diz. Transitando entre a infância e a idade adulta, a narradora cria um discurso leve – quase ao pé do ouvido – para falar sobre dor, inadequação, privação e solitude.

O romance, escrito em forma de pequenos fragmentos, revela o caráter episódico do cotidiano de Esperanza.

No texto que abre o livro, à guisa de preparar o leitor para essa jornada de beleza e inquietação, Cisneros compartilha algumas de suas impressões pessoais a respeito de como é se sentir, predominantemente, em estado de flutuação.

A Casa na Rua Mango é um reflexo íntimo da escritora, uma tentativa – muito bem-sucedida – de expurgo e de reconstrução. É um caminho duro entre a realidade e ficção, que revela as escaramuças mais sombrias e devastadoras.

“Não é que eu quisesse trabalhar. (…) Eu precisava de dinheiro. (…)
Eu pensei que encontraria um trabalho fácil, do tipo que as outras meninas tinham, trabalhando na loja de 1,99 ou talvez numa carrocinha de cachorro-quente.”

De alguma forma, a autora consegue conceber um O apanhador no campo de centeio da mulher latina. Como a obra de Salinger, A Casa na Rua Mango é um romance de formação. Em ambos os casos, os autores refletem sobre os seus: Salinger investiga as consequências da Segunda Guerra Mundial no americano médio e Cisnesros se debruça sobre a nação de exilados que vivem como se não existissem de verdade.

E como Holden, Esperanza ainda é atualíssima. Seus dramas e dilemas ainda são os mesmos que de muitos meninos e meninas que não se sentem em casa. E talvez jamais possam se sentir. A Casa na Rua Mango é uma das mais belas narrativas sobre identidade e pertencimento e só faz sentido porque a sociedade não consegue evoluir.

A CASA NA RUA MANGO | Sandra Cisneros

Editora: Dublinense;
Tradução: Natalia Borges Polesso;
Tamanho: 144 págs.;
Lançamento: Maio, 2020.

Tags: A Casa na Rua Mangobook reviewcrítica literáriaDublinenseJ. D. SalingerliteraturaO Apanhador no Campo de CenteioresenhaSalingerSandra Cisneros
Post Anterior

‘Loki’: chegou a vez dos vilões na Marvel?

Próximo Post

Pandemia ameça o futuro do teatro brasileiro

Posts Relacionados

'Os Coadjuvantes', de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

‘Os Coadjuvantes’, de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

24 de junho de 2022
A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

30 de maio de 2022

Aline Bei: “Preencho a página da forma mais poética que conseguir”

23 de maio de 2022

‘Animal’, de Lisa Taddeo: o retrato de uma mulher violada

16 de maio de 2022

‘A Vida Mentirosa dos Adultos’: um pequeno grande romance sobre as dores do crescimento

20 de abril de 2022

Em ‘Arrastados’, Daniela Arbex reconstitui o tsunami de lama em Brumadinho

15 de março de 2022

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • De quem é a casa do ‘É de Casa’?

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Ilusões Perdidas’ é brilhante adaptação do clássico de Balzac, mais atual do que nunca

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In