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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘As Reputações’: a Colômbia de Juan Gabriel Vásquez

Juan Gabriel Vásquez constrói uma Colômbia europeia em 'As Reputações', deixando de lado conflitos políticos e drogas e mergulhando no universo da memória.

Alejandro Mercado por Alejandro Mercado
1 de novembro de 2016
em Ponto e Vírgula
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Juan Gabriel Vásquez

Juan Gabriel Vásquez. Foto: TVE / Reprodução.

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O que há de novo sendo escrito ao nosso redor? O que podemos encontrar nos resquícios da existência de Gabriel García Márquez em sua Colômbia? Essas e outras questões motivaram a leitura de As Reputações (2016, 137 págs.), obra do colombiano Juan Gabriel Vásquez lançada pela Bertrand Brasil, considerado por escritores como Mario Vargas Llosa uma das vozes mais originais da literatura feita na América Latina nos dias atuais.

Há de ressaltar que Vásquez consegue se desvencilhar da sombra de García Márquez. Sua prosa é afiada, limpa, e o autor opta por construir seus romances tendo como pano de fundo questões históricas, ao invés do realismo fantástico de Gabo. Vásquez também faz questão de não lançar olhos a Colômbia das drogas e dos cartéis, como fez seu conterrâneo Gustavo Bolívar Moreno. Contudo, o autor não faz questão de narrar uma Colômbia paz e amor, justamente ao contrário.

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As Reputações é o primeiro romance de Juan Gabriel Vásquez desde que ele retornou ao seu país, mais precisamente à cidade de Bogotá, após passar boa parte de sua vida adulta na Europa. De alguma maneira, sua obra acaba sendo criticada em seu país justamente por ser apontada como demasiadamente europeia.

As Reputações é o primeiro romance de Juan Gabriel Vásquez desde que ele retornou ao seu país, mais precisamente à cidade de Bogotá, após passar boa parte de sua vida adulta na Europa.

O livro, que segue a vida do caricaturista Javier Mallarino, acaba evidenciando essa europeização, já que o universo do personagem é repleto de casas suntuosas na montanha, galerias de arte, festas, bebidas caras, glamour. Todos os conflitos pelos quais o país passou parecem ser apenas pequenas referências neste universo. Esqueça as drogas, os tumultos, conflitos políticos e as Farc. Vásquez está mais interessado em analisar o poder da memória, o quanto ela influencia nossos atos, e de que forma a opinião pública age em nossa sociedade.

Mallarino construiu uma carreira influente. Tornou-se um homem capaz de interferir em questões políticas apenas com os traços de suas ilustrações e caricaturas. Suas armas sempre foram o papel e o nanquim. Com eles, criou amigos e inimigos políticos, porém, sempre mantendo um certo distanciamento, o que lhe garantia sua “independência editorial”. Aos 65 anos, recebe uma homenagem do governo por suas quatro décadas de atuação.

Ter aceitado receber essa homenagem o coloca no centro de críticas, afinal, tornou-se um elemento dentro do mundo da política, caminhando ao lado de homens que foram sentenciados por suas “armas”. Ainda que não parceça ter sido seu propósito, a história encontra ecos em nosso tempo. Em partes, é aqui também que a obra apresenta pequenas falhas.

A possibilidade de desenvolver esse personagem complexo que se vê diante de (e abraçado com) tudo que sempre criticou em seu trabalho é deixada de lado. Vásquez prefere focar em Samanta Leal e sua história com Mallarino. Ela se apresenta como uma jornalista a fim de fazer uma reportagem sobre a obra do caricaturista, mas aos poucos vai revelando que há, na realidade, outra motivação para sua presença na casa de Javier Mallarino.

Eis que a história embarca no passado, em um jogo de revisitá-lo, a moralidade dos personagens, as percepções sobre a memória, tudo em busca da verdade. O autor consegue prender o leitor até o fim, pois ficamos intrigados com a história e queremos descobrir toda verdade, mas isso vai sucedendo sem nenhuma espécie de meditação sobre como o ambiente influenciou (e certamente influenciou) todos os acontecimentos. Acaba deixando uma sensação de que a trama poderia ter acontecido em qualquer lugar do planeta, e que toda o pano de fundo que Vásquez nos apresenta se torna um desperdício de páginas, ainda que, novamente, seja um livro instigante. É uma obra daquelas de ser lida em uma sentada, mas poderia ter sido uma experiência muito melhor.

AS REPUTAÇÕES | Juan Gabriel Vásquez

Editora: Bertrand Brasil;
Tradução: Joana Angélica de Melo;
Tamanho: 140 págs.;
Lançamento: Março, 2016.

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Tags: As ReputaçõesBertrand Brasilcrítica literáriaeditora RecordGabriel García MarquezGrupo Editorial RecordJuan Gabriel Vásquezliteraturaliteratura colombianaliteratura latina
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