• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
8 de agosto de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Caninos Amarelados’: o livro das máscaras

'Caninos Amarelados', de Mario Filipe Cavalcanti, é um contraponto na literatura contemporânea, tão pautada pela presunção e falta de talento.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
10 de fevereiro de 2017
em Ponto e Vírgula
A A
'Caninos Amarelados': o livro das máscaras

Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Cortázar deu a lição – o conto precisa vencer por nocaute, tem que ser rápido e preciso, jogar o leitor no chão em poucas palavras – e o escritor pernambucano Mario Filipe Cavalcanti parece ter seguido à risca os ensinamentos do mestre portenho. Caninos Amarelados (Cepe, 106 páginas), seu livro mais recente, não deixa dúvidas de que Cavalcanti é o nome ao qual devemos prestar atenção.

Com uma narrativa e uma sintaxe muito próprias, o autor consegue criar uma atmosfera pessoal e lírica para contar suas histórias que, em geral, tratam dos mesmos temas: as máscaras das convenções sociais, a identidade do indivíduo, o amor como escape e as situações limítrofes entre realidade e ilusão. São imagens etéreas e, às vezes, pouco nítidas, que vistas do ponto certo permitem o vislumbre racional e estarrecedor da realidade.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

“Estava uma tarde muito quente e seus fluídos dançavam com os fluídos do ar sem ele saber”, ataca o primeiro conto do livro, “Iniciação”, logo em sua linha inicial. E é quase impossível não pensar nos Cronópios e Famas cortazianos, por exemplo. Apesar das pequenas semelhanças ou influências, Mario Filipe não se abraça ao pré-estabelecido, como “Inócuo” e “Free”, dois contos que já fazem parte do recheio do bolo.

O narrador de Cavalcanti é sempre o artista da fome kafkiano, alguém capaz de levar às últimas consequências mesmo o que for mais pífio e banal.

“Post scriptum” é um réquiem metalinguístico, uma espécie de brincadeira mórbida – ou humor negro – em um país no qual o hábito de leitura da população não chega a três livros por ano. Já “Ab Ovo” remonta, ainda que levemente, à tradição da poesia concreta que, por sinal, parece estar esquecida e empoeirada em algum baú da história da literatura brasileira – que merece ser aberto.

Estreito

Os contos de Caninos Amarelados são estreitos, muito diretos e longe dos lugares-comuns e clichês que abundam a literatura contemporânea. Ainda que não exista um fio a conduzir os textos, Mario Filipe Cavalcanti estabelece certa unidade, seja pela temática (como dito acima), seja pelo estilo conciso e cosmopolita. O que chama a atenção é que, contra tudo, Mario Filipe, que tem somente 25 anos, não soa pretensioso e sabe exatamente onde está pisando (algo cada vez mais raro).

“Uso uma máscara ridícula de um escritor que quer ser lido”, dispara em uma das histórias. O narrador de Cavalcanti é sempre o artista da fome kafkiano, alguém capaz de levar às últimas consequências mesmo o que for mais pífio e banal. Há, na maioria dos casos, um pequeno pavio que, ao ser acesso, dispara uma grande artilharia.

Existe sempre a fome, uma fome de arte e de vida, uma fome que não pode ser satisfeita com pão e vinho – uma fome que não está pronta a milagres.

CANINOS AMARELADOS | Mario Filipe Cavalcanti

Editora: Cepe;
Tamanho: 106 págs.;
Lançamento: Março, 2016.

COMPRE O LIVRO E AJUDE A ESCOTILHA

Tags: Caninos AmareladosCepecontosCríticacrítica literáriaJulio Cortázaliteraturaliteratura brasileiraMario Filipe Cavalcantiresenha
Post Anterior

Academia (que não é) de letras

Próximo Post

Nasce a mãe de duas

Posts Relacionados

'Quando as Árvores Morrem': a descoberta do luto quando faltam as raízes

‘Quando as Árvores Morrem’: a descoberta do luto quando faltam as raízes

18 de julho de 2022
'A gente mira no amor e acerta na solidão': o amor pelo que ele é (e não é)

‘A gente mira no amor e acerta na solidão’: o amor pelo que ele é (e não é)

14 de julho de 2022

‘Eva’, de Nara Vidal, explora as consequências de uma relação tóxica entre mãe e filha

4 de julho de 2022

‘Os Coadjuvantes’, de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

24 de junho de 2022

A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

30 de maio de 2022

Aline Bei: “Preencho a página da forma mais poética que conseguir”

23 de maio de 2022

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Procura-se’ trabalha suspense a partir do desespero de casal com filha desaparecida

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A gente mira no amor e acerta na solidão’: o amor pelo que ele é (e não é)

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In