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Home Literatura Ponto e Vírgula

A geografia narrativa de Haruki Murakami

'Crônica do pássaro de corda' é um mergulho nas águas profundas do escritor japonês Haruki Murakami.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
16 de março de 2018
em Ponto e Vírgula
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A geografia narrativa de Haruki Murakami

Imagem: Reprodução.

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Crônica do pássaro de corda, junto com Kafka à beira-mar, talvez seja a obra mais ambiciosa de Haruki Murakami. Ambas lidam com as questões existenciais que povoam os livros do escritor japonês: gato perdido, casamento/vida pessoal em ruínas, telefonemas estranhos, o surgimento de pessoas aleatórias, a necessidade de buscar a redenção, resoluções deus ex-machina, etc.

Com uma prosa reflexiva, Murakami narra a sequência de desordens que passam a orbitar na vida de Toru Okada após o desaparecimento de seu gato. A avalanche de fatos surreais que levam ao desmantelamento de sua vida conjugal o carregam para o fundo do poço, literalmente. O arco criado para os personagens, e a concepção do roteiro, servem para descrever o conto “Kino”, que integra o Homens sem mulheres, lançado em 2013.

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O escritor conduz o leitor pela mão como se levasse um amigo para fora da areia movediça.

A literatura fantástica de Murakami é uma aprendizagem sobre o cotidiano. As irmãs Malta e Creta Kano, por exemplo, representam a fuga de homem para o conforto de outras mulheres. A adolescente May Kasahara pode significar a esperança juvenil que ainda existe em Okada. Noboru Wataya, cunhado do protagonista, é o arquétipo perfeito do sujeito corrupto e manipulador. Em outros livros do autor, o simbolismo é parte fundamental da construção literária, ainda que não seja imprescindível para entender a história.

Ao mesmo tempo, Haruki Murakami é um auteur de voz própria e cinematográfica. Há um fio que percorre a maioria de suas produções, à exceção de Norwegian Wood, seu romance mais realista e linear. É impossível fugir às neuroses de homem que, praticamente, não aparece em público, escreve diariamente e possui uma rotina rigorosa de corrida.

Como em um filme de Woody Allen, o leitor de Murakami sabe exatamente o que vai encontrar, mas não como. Para criar um texto polifônico, Crônica do pássaro de corda, publicado originalmente em 1994, usa como recursos cartas, memórias e fluxo de consciência, oferecendo maior amplitude geográfica e narrativa.

Toru Okada parece viver o aforismo wildeano de que “todos estamos na lama, mas alguns estão olhando para as estrelas”. A cada passo para frente, ele afunda mais – até chegar a um ponto culminante. O terceiro ato, também o final, é tipicamente a redenção de Murakami. Não existe, apesar disso, maneirismo: o escritor conduz o leitor pela mão como se levasse um amigo para fora da areia movediça.

Empreitada volumosa

A edição brasileira, ao contrário da original japonesa dividida em três partes, foi publicada em um único volume de 768 páginas. A empreitada de traduzir um livro desse tamanho, possivelmente, deixou passar alguns deslizes de tradução/revisão, como um “vez passada” que pisca no miolo.

Ainda assim, as pequenas ranhuras no texto não mancham o trabalho de Eunice Suenaga, que já verteu para português outras obras de Murakami.

CRÔNICA DO PÁSSARO DE CORDA | Haruki Murakami

Editora: Alfaguara;
Tradução: Eunice Suenaga;
Tamanho: 768 págs.;
Lançamento: Novembro, 2017.

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Tags: book reviewCríticacrítica literáriaCrônica do Pássaro de CordaEditora AlfaguaraEunice SuenagaHaruki Murakamiliteraturaliteratura japonesaOscar WilderesenhareviewWoody Allen
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