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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Eu, você e a garota que vai morrer’: sobre crescer e partir

Drama adolescente escrito por Jesse Andrews, 'Eu, você e a garota que vai morrer' mistura humor e cinema para falar sobre amizade.

Eder Alex por Eder Alex
18 de outubro de 2017
em Ponto e Vírgula
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'Eu, você e a garota que vai morrer': sobre crescer e partir

Imagem: Reprodução.

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Quando se fala em história de amor com algum jovem morrendo aos poucos de uma doença horrorosa, o primeiro autor que me vem à cabeça é Nicholas Sparks (Um amor para recordar), mas o John Green (A culpa é das estrelas), outro cara que adora romantizar uma quimioterapia, também aparece ali no pódio da memória.

Pois bem, os moços supracitados costumam usar o câncer alheio pra emocionar seus leitores, já Jesse Andrews quer mais é te fazer dar risada. Ok, também dá pra chorar aqui e ali, dependendo do seu estado emocional.

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Eu, você e a garota que vai morrer, publicado pela Fábrica231 (selo de entretenimento da editora Rocco), com tradução de Ana Rezende, é um livro que cabe bem na categoria YA (Young Adults), que nada mais é do que livro infantojuvenil que também pode interessar certos resenhistas barbados com mais de trinta anos nas costas.

O romance conta a história de Greg, Earl e Rachel, três jovens que estão terminando o ensino médio e estão naquela fase de… ser jovem, enfim, com toda aquela parte das inseguranças, das burradas etcetera e tal. Greg, o narrador, é o carinha bem esquisito cheio dos white people problems. Earl é o negro com a família completamente desestruturada e Rachel é uma guria qualquer do colégio.

Greg e Earl desenvolveram uma amizade meio esquisita baseada no amor em comum pelo cinema. Mais do que ver e rever filmes, os dois resolveram criar suas próprias produções cinematográficas caseiras hilárias e ridículas, que vão de “Apocalypse Later” até “Star Pieces”.

O mundinho dos dois é abalado quando a mãe de Greg o informa que Rachel está com leucemia e ele, que teve um flerte desastroso com ela no passado e agora só quer distância, terá que lhe fazer companhia, porque sim, pois sua mãe está mandando.

O livro não chega a cair na vala onde habitam Sparks e Green, pois o que vemos se desenrolar não é um apelo emocional com base na devastação causada pela doença e, fora isso, aquilo ali não é nem mesmo uma história de amor. Pelo menos não esse amor cheio de florzinhas que você está pensando, é mais sobre amizade mesmo.

A linguagem direta e coloquial, com palavrões e tiradas engraçadas, é um prato cheio para a gurizada. Inclusive, esse livro pode ser uma boa isca para capturar alguém que não curta ler, já que é uma leitura bem simples, divertida e que ao mesmo tempo não subestima a nossa inteligência.

A linguagem direta e coloquial, com palavrões e tiradas engraçadas, é um prato cheio para a gurizada.

Andrews aproveita o gosto cinematográfico dos guris para inserir no meio da narrativa trechos escritos em forma de roteiro. O recurso funciona bem e em momento algum soa gratuito. Outra coisa bacana são as diversas quebras de expectativas, pois como Greg conhece bem a arte de contar uma história, ele faz pouco caso dos clichês e dos apelos emocionais.

O único porém do livro, a meu ver, é o próprio Greg. Ele é bem engraçado, mas também é cheio de inseguranças, tem baixa autoestima, tem dificuldade de ser elogiado etc e esse traço de sua personalidade já nos é apresentado didaticamente ali no primeiro ou segundo capítulo. O problema é que ele reforça essas inseguranças a cada página, se autodepreciando várias e várias vezes, de forma que vai se tornando muito irritante. Quando você para pra pensar nos problemas dos outros dois personagens (mãe alcoólatra, irmãos violentos, a própria doença, etc), essa irritação só aumenta. Talvez a ideia seja retratar um típico adolescente insuportável, mas nossa, talvez não fosse necessário tanta verossimilhança.

A obra foi adaptada para o cinema em 2015, com roteiro do próprio Jesse Andrews e com direção de Alfonso Gomez-Rejon. Há algumas diferenças, obviamente, mas o filme se mantém fiel à obra original, além de ter umas sacadas visuais que deixam a cinematografia dos dois garotos mais interessante do que no livro.

É isso, Eu, você e a garota que vai morrer foge um pouco dos clichês de histórias de amor-com-pessoas-morrendo e flerta com aquela sensibilidade e inteligência vista, por exemplo, no ótimo As Vantagens de Ser Invisível, ao mesmo tempo em que encontra seu próprio caminho em meio às esquisitices de seus personagens.

EU, VOCÊ, E A GAROTA QUE VAI MORRER | Jesse Andrews

Editora: Rocco (selo Fábrica231);
Tradução: Ana Rezende;
Tamanho: 288 págs.;
Lançamento: Junho, 2015.

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Tags: adolescenciaCríticacrítica literáriadramaEditora RoccoEu você e a garota que vai morrerFábrica231humorinfantojuvenilJesse AndrewsJohn GreenleucemialiteraturaNicholas SparksresenhareviewYAYoung Adults
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