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Home Literatura Ponto e Vírgula

Marcia Tiburi defende poder para as mulheres

'Feminismo em comum', de Marcia Tiburi, é um manifesto didático sobre a luta das mulheres.

Marilia Kubota por Marilia Kubota
27 de março de 2018
em Ponto e Vírgula
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Marcia Tiburi defende poder para as mulheres

Imagem: Reprodução.

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Feminismo em comum – para todas, todes e todos (Rosa dos Tempos, 2018), de Marcia Tiburi, é um manifesto a favor da luta feminista. O subtítulo inclui na comunidade feminista “todas, todes e todos”. A autora tem o sentido visionário de que não apenas as mulheres, mas os corpos e mentes femininos devem estar juntos na luta pela libertação da sociedade patriarcal.

A filósofa usa uma linguagem didática, povoada por experiências do dia-a-dia, para explicar conceitos do pensamento feminista. Para exemplificar a histórica servidão feminina:

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“É mais do que curioso analisar onde, como e quando as mulheres trabalham. Desde que nasce, não é um exagero dizer, uma menina está condenada a um tipo de trabalho que se parece muito com a servidão que, em tudo, é diferente do trabalho remunerado ou do trabalho que pode escolher dependendo da classe social à qual se pertence. Em muitos contextos, lugares, países e culturas, meninas e jovens, adultas e idosas trabalharão para seu pai, os irmãos, para o marido, para os filhos. Serão, apenas por serrem mulheres, condenadas ao trabalho braçal dentro de casa, a serviço de outros que não podem ou não querem trabalhar como elas.” (Página 14)

A filósofa denuncia as armadilhas da sociedade patriarcal, que cria categorias para diferenciar o feminino e as feministas.

A injusta divisão está no centro das discussões feministas, devido à dupla e tripla jornadas quando a mulher trabalha fora. O machismo impera além da sobrecarga àquela que é considerada função feminina, o serviço doméstico. Num exemplo prático, Marcia relata o caso de trabalhadoras de uma usina de reciclagem em Porto Alegre. Diz que às mulheres era destinado os serviço mais “fácil”, o de triagem. O dos homens era braçal. Mas enquanto eles descansavam, na hora do almoço, elas os substituíam. Aí, caiu por terra a ideia de fragilidade determinada pelo gênero. E as mulheres, que ganhavam menos, percebiam o embuste do “sexo frágil”.

A filósofa denuncia as armadilhas da sociedade patriarcal, que cria categorias para diferenciar o feminino e as feministas. O feminino seria o que é apropriado às mulheres. Ou seja, o delicado, o servil, a fragilidade. Enquanto as feministas são demonizadas, ameaçadas por violências simbólicas e físicas, como aconteceu com a intelectual Judith Butler, em sua vinda ao Brasil, em novembro do ano passado.

Um conceito central é sobre o lugar de fala, disseminado por feministas e pelo movimento negro. Marcia Tiburi convoca a poeta e feminista negra Audre Lorde para ajudar nesta compreensão:

“Audre Lorde alerta que não podemos lutar levando adiante a armadilha de uma hierarquia de opressão, como se o sofrimento fosse um capital – mas não podemos nos esquecer das marcas acumuladas, das dores vividas pelas pessoas. Ao mesmo tempo, é preciso lutar pela fala, é preciso permitir a solidariedade entre os discursos que exigem direitos. A solidariedade não deve ser descartada, ao contrário, em certos contextos ela deve até mesmo ser exigida. Ora, o lugar de fala constrói um contextos dialógico. Se luta é um conceito que implica oposição, implica necessariamente o diálogo. A conquista, a defesa de direitos e a ocupação dos lugares de fala não se sustentam fora disso.” (Página 55)

Audre Lorde, como Angela Davis, evoca o interseccionismo das lutas de classe, raça e gênero. A luta das mulheres, dos negros, dos índios, das pessoas transsexuais, dos trabalhadores, estão implicadas umas nas outras: “Quando lutamos por um lugar de fala lutamos pelo lugar de todos”. Já que vivemos em uma sociedade hierárquica, em gênero, classe e raça, o lugar de fala pertence a quem está no topo, ou seja, o homem branco. Por “homem branco” se entende o sujeito da elite econômica que detém todos os privilégios.

Por fim, há várias asserções que relacionam o feminino a situações de violência doméstica e abuso. Este, talvez seja o maior tabu de nossa sociedade, ao qual as feministas lutam para escancarar. Incestos, estupros, assédios de acordo com a filósofa, só cessarão quando as mulheres desenvolverem todas as suas potencialidades intelectuais e espirituais e conquistarem lugares de poder.

FEMINISMO EM COMUM | Marcia Tiburi

Editora: Rosa dos Tempos;
Tamanho: 126 págs.;
Lançamento: Janeiro, 2018.

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Tags: Angela DavisAudre Lordebook reviewcrítica literáriafeminismoFeminismo em comuminterseccionalidadeJudith Butlerliteraturaliteratura feministalugar de falaMarcia TiburipatriarcalpoderresenhareviewRosa dos Tempos
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