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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘O Bazar dos Sonhos Ruins’: as palavras matam

Nova coletânea de contos do mestre do suspense, 'O Bazar dos Sonhos Ruins' é mais uma boa amostra da mente sombria de Stephen King.

Eder Alex por Eder Alex
26 de abril de 2017
em Ponto e Vírgula
A A
'O Bazar dos Sonhos Ruins': as palavras matam

Imagem: Reprodução.

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Stephen King parece não sofrer muito com bloqueio criativo. O prolífico escritor norte-americano segue incansável nessa busca por histórias que nos tirem o sono. A gente não pode dar uma bobeada que lá está mais um tijolão novinho em folha na prateleira. E eu é que não vou reclamar disso.

O Bazar dos Sonhos Ruins é seu trabalho mais recente lançado aqui no Brasil pela Suma de Letras, com tradução de Regiane Winarski. Trata-se de uma boa coletânea com 18 contos e 2 poemas.

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A incursão no mundo da poesia de Stephen King serve para nos lembrar que, como poeta, ele é um grande contista e romancista, então vou fingir que aqueles versos nunca aconteceram, pois também sou um de seus “leitores fiéis”, que é como ele costuma chamar os seus fãs, aqueles que provavelmente ficariam felizes até se ele anunciasse a publicação de uma lista de compras.

A coletânea de contos padece de um mal comum desse tipo de publicação que é a irregularidade. A qualidade dos contos oscila bastante, mas o lado bom é que quando King acerta, o faz com maestria e aí compensa o tempo perdido com as histórias mais fracas.

A coletânea de contos padece de um mal comum desse tipo de publicação que é a irregularidade.

O livro aborda diversos temas, como infância, alcoolismo, crise financeira, realidades paralelas, tecnologia, viagem no tempo e beisebol. Embora o livro comece com uma história sobre um carro alienígena que engole pessoas (pois é), o sobrenatural não está presente em todos os contos. Na melhor narrativa do livro, “Herman Wouk ainda está vivo”, impera uma realidade brutal, pois ele traça um painel bastante pessimista a respeito dos EUA em seus anos de crise pós-explosão da bolha imobiliária. Trata-se de uma crítica social, mas é também um olhar muito terno para os seus conterrâneos, um olhar que não evita as falhas que observa, mas que também sente e compreende o peso inexorável da destruição que se aproxima.

No pior conto do livro, “Fogos de artifício e bebedeira”, Stephen King demonstra que nem só de sustos vive a sua obra, já que o autor também possui um senso de humor afiado. O problema está num erro que ele próprio sabe que costuma cometer: não saber a hora de terminar a história. O conto fala sobre famílias disputando quem solta os fogos de artifício mais impressionantes e se arrasta por longas e tediosas páginas.

Stephen King acerta mais quando volta para aquele universo estilo Além da Imaginação, em que pessoas normais se veem em situações bem anormais. Mesmo quando ele repete praticamente a mesma história, como nos contos “A duna” e “Obituários”, ainda assim o resultado é empolgante. Nestes dois casos, ele lida com o poder da palavra de forma literal, mostrando que elas também podem matar. Ok, isso nem é muito original e talvez ele tenha andado lendo o mangá Death Note, mas mesmo assim é bem divertido.

Uma coisa interessante de O Bazar dos Sonhos Ruins é que antes de cada conto há um texto curto em que o autor explica como surgiu aquela ideia ou onde ele estava e porque começou a escrevê-la, já que essas são informações que sempre lhe perguntam. Ele fala, por exemplo, sobre como recebeu uma proposta do Kindle para escrever uma história envolvendo o aparelho. Ele não aceitou, pois não conseguia escrever sob encomenda, mas aí ficou com aquilo na cabeça até lhe surgir uma narrativa.

Ele escreveu e acabou mandando o tal conto, chamado “Ur”, e aí ouviu um monte de merda por causa dele, já que estava “se vendendo” para uma marca. Durante a leitura, sempre que surge a palavra “Kindle” ali no meio, dá aquela sensação de que um apresentador interrompeu o programa pra “dar um recadinho dos patrocinadores”, mas mesmo assim a história é bem curiosa, já que fala sobre um cara que recebe um Kindle estranho, que conta com uma aba de pesquisas que permite acessar uma realidade paralela em que os grandes escritores viveram por mais tempo e escreveram várias obras que a humanidade ainda não conhece.

Em vários contos, Stephen King obedece aquela estrutura que o escritor Júlio Cortázar chamava de “vencer por nocaute”, enquanto os romances deveriam vencer por pontos. São diversas reviravoltas que nem sempre são surpreendentes, mas que em geral funcionam bem, já que quebram de alguma maneira as expectativas.

Enfim, O Bazar dos Sonhos Ruins não é exatamente uma boa porta de entrada para novos leitores do autor (a esses, sugiro procurar pelos livros dos anos 70/80), mas certamente é aquele tipo de tijolão de 500 páginas que faz a alegria de qualquer fã acostumado àquele universo.

O BAZAR DOS SONHOS RUINS | Stephen King

Editora: Suma;
Tradução: Regiane Winarski;
Tamanho: 480 págs.;
Lançamento: Março, 2017.

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Tags: contosCrise FinanceiraCríticacrítica literárialiteraturaliteratura de horrorO Bazar dos Sonhos RuinsreviewStephen KingSuma de LetrasSuspenseterrorViagem no Tempo
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