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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Romancista como vocação’: por dentro da escrita de Murakami

Em 'Romancista como vocação', publicado pela editora Alfaguara, Haruki Murakami fala de escrita e de sua nada breve carreira.

Petê Rissatti por Petê Rissatti
4 de maio de 2017
em Ponto e Vírgula
A A
'Romancista como vocação': por dentro da escrita de Murakami

Imagem: Reprodução.

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Em minha primeira contribuição para Escotilha, resolvi escrever não somente sobre um livro, mas sobre um livro que traz à baila livros, escritores, escrita e afins. E sobre um autor de quem gosto muito: Haruki Murakami.

Se cada escritor fosse criar uma espécie de manual ou diário de escrita, teríamos ainda menos espaço nas estantes das livrarias. Milhares de livros chegam ao público todos os anos só no Brasil. Ainda assim, há muitos livros que tratam desse tema. Seja de forma mais técnica ou com aquele tom de autoajuda (você quer, você consegue), alguns muito interessantes, outros nem tanto. Porém, todos têm mais ou menos os mesmos objetivos: angariar mais leitores para a obra do escritor, mostrar como é seu processo de escrita e também deixar claro que todo mundo pode escrever.

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Todo mundo pode escrever? E viver de escrita?

Todo mundo pode escrever. E todo mundo pode escrever um romance. Mas existe um abismo grande que separa quem pode escrever um romance razoável – e até mesmo já escreveu – dos poucos que vivem de sua escrita de forma decente.

E a partir dessa premissa começa Romancista como vocação, de Haruki Murakami, traduzido direto do japonês por Eunice Suenaga. O livro segue as regras de sua literatura: traz um tom intimista, causa estranhamento e tem como referência básica o Japão natal do autor, mas não se limita a ele.

Todo mundo pode escrever. E todo mundo pode escrever um romance. Mas existe um abismo grande que separa quem pode escrever um romance razoável – e até mesmo já escreveu – dos poucos que vivem de sua escrita de forma decente.

Dividido em onze capítulos relativamente curtos, no primeiro Murakami tenta explicar de maneira bastante didática (e com a ironia autodepreciativa pulsando a cada parágrafo) por que, diferente de outras áreas, a literatura é extremamente aberta a quem está dando os primeiros passos. Por que não há aquela olhar desconfiado de quem “não tem paciência com iniciante”.

E tenta explicar também por que tanta gente escreve romances, mas poucas pessoas vivem de literatura.

Na página 14, por exemplo, ele comenta sobre aqueles que já escreveram um, dois romances, mas acabam se dedicando a outras carreiras que não a de escritor: “Elas escrevem um ou dois romances e concluem: ‘Ah, então é assim que se escreve um romance’, e mudam de área”.

Uma abordagem interessante que tenta esclarecer por que tantos livros chegam, fazem barulho e tudo o mais, mas pouca gente segue uma carreira de escritor. E se pensamos que aqui no Brasil teríamos algumas explicações extra-literatura, infelizmente lá fora as coisas não são tão diversas assim.

Prêmios, criatividade e muito caminhos

Murakami não se atém apenas ao fazer literário, mas também sobrevoa um assunto que parece bastante espinhoso: o dos prêmios literários. Eterno candidato ao Nobel de Literatura (na bolsa de apostas sempre ao lado de Philip Roth), ele mostra uma atitude dúbia: por um lado, é bastante cético com relação à necessidade dos prêmios de literatura, apesar de ter iniciado sua carreira por conta da premiação de uma revista literária japonesa por Ouça o som do vento; por outro lado, reconhece de certa a importância dos prêmios para os iniciantes.

Em outro capítulo, discorre sobre criatividade e originalidade, e neste fica clara outra paixão do autor: a música, que ele aborda desde o início do livro (é um apaixonado por jazz) e em quase todos os capítulos há alguma comparação com a música, seja Beatles ou Beastie Boys, a Nona de Beethoven ou o jazz de Thelonius Monk.

Também aborda as possibilidades de escrita e os caminhos que cada escritor toma e a necessidade de um condicionamento físico ótimo para se dedicar à profissão; Murakami corre todos os dias e tem até um livro sobre o tema, Do que falo quando falo de corrida. A escola e a formação humanista, a sociedade japonesa em seus pontos positivos e negativos, a vivência no exterior e suas traduções também viram tema para ilustrar seu caminho como escritor.

Não traz necessariamente dicas ou truques para o autor em início de carreira, mas possibilidades que estão à disposição caso se queira seguir a carreira literária, tudo com base em suas experiências pessoais como um escritor que nunca havia imaginado se tornar um.

Eu, eu e mais eu

Quem espera mais um manual de escrita em Romancista como vocação pode se decepcionar. Quem for fã de Haruki e de sua escrita vai se deliciar com tantas autorreferências durante o texto, pois é uma forma de conhecer mais a fundo como o autor se relaciona com a literatura de forma geral, como é seu modus operandi, do que gosta e do que não gosta quando o assunto é a vida de escritor. De qualquer maneira, é leitura recomendada para quem está dando os primeiros passos na escrita e quer ter acesso ao universo de um escritor muito particular que está longe de ser uma unanimidade na literatura.

ROMANCISTA COMO VOCAÇÃO | Haruki Murakami

Editora: Alfaguara;
Tradução: Eunice Suenaga;
Tamanho: 168 págs.;
Lançamento: Abril, 2017.

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Tags: AlfaguaraCarreira Literáriacrítica literáriaescritaescritoresHaruki MurakamiliteraturaLiteratura ContemporânearesenhaRomancista como vocaçãotradução
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