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‘Uma noite com Sabrina Love’ e o canto da sereia de Pedro Mairal

Em ‘Uma noite com Sabrina Love’, seu romance de estreia, Pedro Mairal traça um retrato dos anseios juvenis e das decepções da vida adulta.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
20 de novembro de 2020
em Ponto e Vírgula
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‘Uma noite com Sabrina Love’ e o canto da sereia de Pedro Mairal

Pedro Mairal, autor de 'Uma noite com Sabrina Love'. Imagem: Divulgação.

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Quando no final da década de 1990 o escritor argentino Pedro Mairal publicou Uma noite com Sabrina Love, seu livro de estreia, não houve dúvida de que só havia levado o Prêmio Clarín de Romance porque era sobrinho de Bioy Casares, o mais fiel amigo de Borges. Era mais fácil atribuir ao jovem escritor um parentesco que não existia que entender a nova geração que se formava pós-ditadura militar. Duas décadas mais tarde desse ruidoso imbróglio, o romance de formação de Mairal chegaria ao Brasil pela Todavia.

Narrando a insólita história de Daniel, um adolescente que sai do interior da Argentina rumo à capital para encontrar uma porn star – após vencer um concurso –, Uma noite com Sabrina Love é uma jornada ao amadurecimento, um mergulho nas primeiras certezas de que a vida adulta está a léguas daquilo que se espera. Criando paralelos entre a literatura clássica portenha e caminhando por novos itinerários, Mairal consegue esculpir um retrato sólido dos anseios juvenis e, ao mesmo tempo, olhar de maneira profunda e irresoluta para a história do seu país.

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Enquanto viaja, sempre de carona e dependendo da generosidade de estranhos, Daniel contempla as múltiplas realidades e que formam a identidade de um povo e, ao chegar a Buenos Aires, se dá conta que a sua vida jamais será a mesma novamente. Ao explorar tantas nuances, Uma noite com Sabrina Love explica a natureza humana, mas não resolve a equação que, no meio de diversos prazeres, é capaz de criar um volume assombroso de inseguranças e angústias.

Diante de uma vida pacata, trabalhando em um frigorífico e sem grandes perspectivas, Daniel caiu no canto da sereia e se deixa enganar pelas falsas promessas de felicidade. Mairal estabelece uma narrativa em espiral, como se expectativa do protagonista fosse reduzida ao nada quando se dá conta que, as horas mágicas, não passam de uma centelha de fantasia em uma realidade dura – e que iria piorar anos mais tarde, quando a Argentina cairia em uma grande crise econômica.

Como nos longas de Bergman, é nas lacunas que o texto de Mairal atinge a inflexão necessária para colocar personagem em leitor no mesmo vértice.

Silêncio

Da mesma forma em A Uruguaia, o outro romance do escritor publicado por aqui, Uma noite com Sabrina Love é uma busca pela mulher perfeita, dos sonhos. Em ambos os livros, Pedro Mairal trata das relações conturbadas entre sexo e amor, expectativa e realidade, para traçar uma lição sobre a impossibilidade e o silêncio.

Como nos longas de Bergman, é nas lacunas que o texto de Mairal atinge a inflexão necessária para colocar personagem em leitor no mesmo vértice. Sob essa perspectiva, o romance, que brinca com a transgressão para fazer uma ode à normalidade, é uma experiência de permanente reconstrução: seja daquilo que Daniel conhecia como vida ou de todas as coisas que imaginava existir para além do horizonte da sua pequena cidade.

No final, Uma noite com Sabrina Love apresenta ao leitor brasileiro uma possibilidade de literatura portenha renovada e que consegue faz jus à herança deixada pelos hermanos mayores.

UMA NOITE COM SABRINA LOVE | Pedro Mairal

Editora: Todavia;
Tradução: Livia Deorsola;
Tamanho: 160 págs.;
Lançamento: Outubro, 2019.

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Tags: Adolfo Bioy Casaresbook reviewcrítica literáriaEditora TodaviaIngmar BergmanJorge Luís Borgesliteraturaliteratura argentinaPedro MairalresenhaUma Noite com Sabrina Love
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