• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
26 de maio de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados

‘Oceanïc’: vivendo nas costas de tartarugas gigantescas

'Oceanïc', obra escrita por Waldson Souza, constrói narrativa de ficção científica em que cidades navegam nos mares e personagens têm representatividade.

Arthur Marchetto por Arthur Marchetto
4 de junho de 2020
em Ponto e Vírgula
A A
Oceanïc, de Waldson Souza

Imagem: Divulgação.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

No fim do ano passado, a editora Dame Blanche publicou Oceanïc, uma ficção científica escrita por Waldson Souza. A narrativa conta a história de dois jovens envolvidos em programa secreto governamental que se mostra muito mais sinistro do que o imaginado. O que complica as coisas é que eles não moram em qualquer cidade, mas Oceanïc, uma megalópole desenvolvida nas costas de uma tartaruga gigante que vaga pelo mar e impede qualquer fuga sem um plano mirabolante e calculado (sem contar que a criatura-tartaruga ainda tem períodos em que ela passa horas mergulhada nas águas).

Oceanïc é apenas uma das diversas comunidades construídas nas costas de criaturas gigantes, todas em movimento – tanto no mar quanto nos ares, de acordo com o que um dos personagens deixa entrever. De todas, Oceanïc é a maior e mais tecnológica das cidades, com direito a um mercado mais variado e menos dependente do que de suas vizinhas.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

A concepção de um futuro em que as cidades precisaram se mudar para as costas de animais gigantes, já que o mundo terrestre se tornou aparentemente hostil e inapropriado para a vida, é bastante visual.

Soma-se à construção do romance o fato de que Waldson Souza é, além de escritor, um pesquisador. Ano passado, Waldson defendeu uma dissertação intitulada “Afrofuturismo: o futuro ancestral na literatura brasileira contemporânea”. Nessa pesquisa, ele estudou romances de Lu Ain-Zaila, Julio Pecly e Fábio Kabral para apresentar o que é o Afrofuturismo e como essa estética aparece nas páginas brasileiras nos dias de hoje. No entanto, não me parece que Oceanïc se encaixe exatamente na estética afrofuturista, como afirmado no site Mais QI Nerd. Pensando no que Fábio Kabral tem dito em seus estudos e palestras, o afrofuturismo está ligado não só ao protagonismo de autores e personagens negros em narrativas especulativas, mas também em uma agenda afrocentrada e na autonomia do personagem negro – muitas vezes visto na retomada de algum conhecimento ancestral silenciado, como questões filosóficas ou espirituais.

Apesar disso, os personagens do livro têm bastante da representatividade vista nos jovens autores de Ficção Científica e Fantasia (o que é interessante de se pensar levando em consideração que sua orientadora do mestrado foi Regina Dalcastagnè, professora responsável por uma das mais profundas  pesquisas sobre representatividade na literatura brasileira, tanto de autores como de seus personagens). Em Oceanïc, há a presença de personagens de diversas etnias e orientações sexuais, apresentadas de forma a escancarar a ideia de um padrão branco e hétero.

Além disso, a construção do universo é muito interessante. A concepção de um futuro em que as cidades precisaram se mudar para as costas de animais gigantes, já que o mundo terrestre se tornou aparentemente hostil e inapropriado para a vida, é bastante visual em cenas descritivas e também instigante ao aparecer nos pequenos detalhes que outros personagens deixam entrever.

Porém, o livro peca em seu desenvolvimento do meio para o final. A maneira que os capítulos são estruturados e que apresentam diversas vozes narrativas/pontos de vista enriquece a narrativa, principalmente ao apostar em relatos menos cronológicos, mas a história perde força no fim do livro e a conclusão pode dar a entender que a obra é um prenuncio de um universo que tem muito mais a oferecer.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Afrofuturismobook reviewcrítica literáriadame blancheFábio kabralficção científicaLiteratura brasileira contemporâneaoceanicresenhareviewwaldson souza
Post Anterior

‘A Troca’ e ‘Gran Torino’ revelam a América sombria de Clint Eastwood

Próximo Post

O tempo da cozinha

Posts Relacionados

A escritora Aline Bei

Aline Bei: “Preencho a página da forma mais poética que conseguir”

23 de maio de 2022
'Animal', de Lisa Taddeo: o retrato de uma mulher violada

‘Animal’, de Lisa Taddeo: o retrato de uma mulher violada

16 de maio de 2022

‘A Vida Mentirosa dos Adultos’: um pequeno grande romance sobre as dores do crescimento

20 de abril de 2022

Em ‘Arrastados’, Daniela Arbex reconstitui o tsunami de lama em Brumadinho

15 de março de 2022

Literatura: o que nos comoveu em 2021?

22 de dezembro de 2021

‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

17 de dezembro de 2021

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • 25 anos de ‘Xica da Silva’, uma novela inacreditável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • Matt Damon brilha como pai atormentado de ‘Stillwater’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘O Nome da Morte’ usa violência crua em história real de matador de aluguel

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In