• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
11 de agosto de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Música Caixa Acústica

A música pop se aproxima cada vez mais da música alternativa

Renan Guerra por Renan Guerra
30 de janeiro de 2017
em Caixa Acústica
A A
Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Em algum momento dos anos 2000 definiu-se um conceito de que a música pop deveria ser fundamentalmente dançante, para se ouvir na balada. Isso não é necessariamente um problema, é nesse universo que surgem discos como Body Language, da Kylie Minogue e Confessions on a Dance Floor, da Madonna. Porém, com o passar dos anos, os fãs de pop tornaram-se quase xiitas, cobrando sempre das suas divas pop os tais hits “farofa”, isto é, aquelas faixas que nem são realmente boas, mas são perfeitas para se dançar. Limitador, esse arquétipo quase fez desaparecer as baladas mais românticas das paradas musicais e nos fez conviver com remixes assustadores da Adele, por exemplo.

2016, porém, trouxe uma leva de trabalhos que flertam com outros caminhos, provando que a fórmula de músicas apenas focadas na pista de dança não é o ideal para todas as cantoras pop. O que vimos no último ano foi um flerte cada vez maior entre o mainstream e a música alternativa: Beyoncé se unindo a James Blake, Jack White e Ezra Koening (do Vampire Weekend); Rihanna fazendo versão de Tame Impala; Lady GaGa trabalhando ao lado de Josh Homme, Father John Misty e Beck; Charli XCX sendo produzida pelo pessoal da PC Music; Solange fazendo disco conceitual com o Dev Hynes; entre outros encontros inesperados.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Esse tipo de interconexão é natural e algo que historicamente se interpôs a qualquer coisa que possamos chamar de arte pop. Na contramão disso, muitos fãs dessas artistas reagiram de forma negativa, considerando como uma tentativa forçada de elas serem conceituais ou soaram mais inteligentes do que são, quando na visão desse público a música pop não deveria ser complexa ou múltipla. Nesse ponto é hora de retornarmos ao passado e pensarmos como a apropriação e a ressignificação são partes fundamentais da arte pop. Não podemos falar de Roy Lichtenstein ou Andy Wahrol, por exemplo, sem considerar suas releituras e o reposicionamento que eles nos trazem de arquétipos já conhecidos.

madonna arquétipo música pop
Foto: Reprodução.

Para compreendermos o quanto essas apropriações e interconexões são parte básica da arte pop, especialmente da música, é preciso que voltemos na obra da Madonna (poderíamos aqui escolher n artistas pop das décadas de 1970, 80 e 90, porém, a Madonna é a que melhor resume essa função de “diva pop” multigeracional). Madonna já se reinventou milhões de vezes e já passou por quase todos os gêneros: já foi o arquétipo moderno de Marilyn Monroe; já usou e abusou da sexualidade, já foi country, eletrônica, downtempo; já usou colant rosa pra todo lado e não saiu das paradas musicais.

A apropriação e a ressignificação são partes fundamentais da arte pop.

Em mais de 30 anos de carreira, ela já colaborou/sampleou/se inspirou em gente como Nile Rodgers, Prince, Björk, Aaliyah, Massive Attack, Gábor Szabó, Missy Elliot, M.I.A., ABBA, Pet Shop Boys, entre tantos outros. Aqui eu me limitei apenas aos músicos, porém, qualquer fã de Madonna saberá listar uma gama de inter-relações da obra dela com artistas plásticos, figuras histórias e com o mundo da moda.

Madonna simplesmente questiona o título desse texto: “a música pop se aproxima cada vez mais da música alternativa”? O correto não seria se “reaproxima”? Já que Madonna é só uma prova de que a música pop sempre dialogou com o universo da arte independente, da cultura erudita e de vertentes obtusas ao mercado. É possível ver esse diálogo em inúmeros exemplos:

1) todas as referências clássicas e o universo próprio de Kate Bush não estreitaram o seu status de cantora pop que vende milhões de discos.
2) Grace Jones transformou canções clássicas de Astor Piazzolla e Édith Piaf em sucessos pop em baladas disco.
3) Janet Jackson já sampleou Joni Mitchell e incluiu sobre isso os versos do rapper Q-Tip.
4) Kanye West retorceu “Strange Fruit”, da Billie Holiday, na faixa “Blood on the Leaves”.

A música pop tem, per si, esse caráter de pegar as coisas mais distintas e que soam pouco acessíveis ao público médio e tornar isso palatável, vendável e, até mesmo, dançante, o que não diminui a sua qualidade. Fazer música pop boa é realmente muito difícil, por isso não é de se assustar que os álbuns pop cada vez mais contem com uma lista maior de produtores, autores e samples. Beyoncé reúne uma ficha interminável de pessoas ao seu redor para produzir um disco, coisa que para alguns pode parecer falta de talento, mas que na verdade denota a constante busca da artista por criar esse universo realmente complexo, que dialoga com diferentes espaços e que busca concatená-los em músicas distintas.

2016 foi, portanto, um ano em que muitas cantoras pop buscaram esses caminhos distintos em suas carreiras e isso é maravilhoso, pois traz multiplicidade e complexidade a um gênero que estava se repetindo, capengando, falando sempre com o mesmo público, fechado num universo millennial-que-vai-a-balada-e-quer-imitar-coreografias. Esse respiro é fundamental para que a música pop se reinvente e redescubra o seu potencial de complexidade e qualidade, bem como sua força de dialogar com diferentes nichos.

Tags: BeyoncéBjörkGrace JonesJanet JacksonKanye WestKate BushKylie MinogueLady GagaMadonnamúsicamúsica poppopRihannaSolange
Post Anterior

‘Cidade Cinza’ e a história repetida

Próximo Post

Livrada – Ep. #98: ‘O Homem sem Doença’, de Arnon Grunberg

Posts Relacionados

‘Mercedes Sosa: A Voz da Esperança’ é mais tributo do que biografia

‘Mercedes Sosa: A Voz da Esperança’ é mais tributo do que biografia

15 de julho de 2022
‘Sobre Viver’ é disco para mais versados em rap

‘Sobre Viver’ é disco do rapper Criolo para mais versados em rap

17 de junho de 2022

Antonina Blues Festival começa hoje

16 de junho de 2022

Banda-fôrra elucida quem cantará a salvação do mundo em novo disco

8 de junho de 2022

O Coolritiba é amanhã; o que esperar do festival

20 de maio de 2022

‘Love Sux’, novo álbum de Avril Lavigne, é pop punk empoeirado

3 de março de 2022

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Procura-se’ trabalha suspense a partir do desespero de casal com filha desaparecida

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Ilha’ traz personagens perturbados para elevar e manter o suspense

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In