A pernambucana Duda Beat está deixando todo mundo derretido de amor com o lançamento do seu primeiro álbum, Sinto Muito. É o disco que permeia todas as fases do crush pra ouvir com uma cerveja gelada no suor do fim de tarde ou naquela noite, que só restou o climão.
Com uma mistura entre axé, brega, bass, trap e pop, o álbum faz flutuar ao ritmo gostoso do sotaque recifense da cantora. Como conta Duda, suas influências são muitas e vão “de Alceu Valença a Kendrick Lamar, de Sade a Ivete Sangalo, de Frank Ocean a Caetano Veloso”.
É o brega futurista, eu diria. Que consegue unir as raízes da música nordestina com os sons sintetizados. Um brega romântico afundado nas relações modernas e fluídas. O tal do “Amor Líquido”, como afirmaria o filósofo Bauman.
Na balada “Back to Bad”, a artista retrata bem essa fluidez e os conflitos ao lidar com ela: “A vida toda eu quis me dar inteira / Mas você só queria a metade / E desse jeito a gente viveu uma coisa louca / Você gostou / Depois pegou, olhou e viu que não serviu / E então me jogou fora assim”. É o sofrer de quem é de outro tempo, que achava que o amor é pra sempre, como a cantora também delineia na faixa “Todo Carinho”.
Em “Ninguém Dança”, a cantora que participou do coro na faixa “Que Estrago” do álbum da Letrux, mostra também que sabe falar muito bem das noites de climão. É o retrato daquela noite típica que você achava que tudo poderia acontecer, que iria reencontrar aquela pessoa no bar de sempre. Mas nada dá certo: “ninguém dança, ninguém transa, ninguém se diverte”.
Mas nem só de acidez vive o disco de Duda; no hit “Bixinho”, a cantora mostra como o desapego pode ser gostoso nas relações: “Me contento em te ter bem devagarzinho / Fazer um amor bem gostosinho / Pra gente só se divertir / Eu nunca senti desapego por ninguém / Com você experimentei”.
Ao todo, são 11 faixas de desabafo puro, que refletem uma coleção de estilhaços amorosos, passando pela paixão gostosa do início do relacionamento em ‘Derretendo’ à superação em ‘Egoísta’.
Ao todo, são 11 faixas de desabafo puro, que refletem uma coleção de estilhaços amorosos, passando pela paixão gostosa do início do relacionamento em “Derretendo” à superação em “Egoísta”. Coleção, que por trazer à tona a mistura entre a amargura e a libertação, lembra muito em suas letras o trabalho do músico também recifense, Johnny Hooker.
Conforme a compositora radicada no Rio de Janeiro, foram dois anos de muita produção e esforço para chegar neste resultado no disco, que conta com os arranjos do músico carioca Tomás Tróia e a produção adicional de Lux Ferreira na faixa “Parece Pouco”. A mixagem ficou a cargo de Diogo Strausz e Pedro Garcia, esse último que também assina a masterização.
E, pra quem já está ansiosa(o) para se derreter ao vivo com as canções, a cantora avisa que o show de lançamento do álbum acontecerá dia 8 de junho no Sergio Porto – RJ com a banda completa reunida.
NO RADAR | Duda Beat
Onde: Recife, Pernambuco;
Quando: 2016;
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