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Home Teatro Em Cena

‘Memória a dois’: a última obra de Sérgio Britto

Bruno Zambelli por Bruno Zambelli
18 de janeiro de 2018
em Em Cena
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Sérgio Britto

Sérgio Britto. Foto: Reprodução.

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O poder de uma boa história é inegável. Seja ela contada ou cantada, real ou imaginária, absurda ou comovente; sempre haverá uma história a ser ouvida, e outras tantas a serem perseguidas por aí. Em cada esquina que se olhe, em cada foto desbotada na parede e em cada peito escancarado há uma dúzia delas. Se devem ou não ser contadas já é, também, uma outra história. Algumas deixam-se trancafiar e são mastigadas pelo tempo, outras tantas se “dissolvem” e somem feito a poeira varrida pelo vento: sabemos que estão ali, podemos até mesmo sentir a presença, mas é impossível capturá-las. Muitas estão eternizada em obras e por mais que o tempo as roa jamais conseguirá devorá-las.

As histórias são como pequenos cacos que, quando agrupados, formam a nossa existência.
No teatro, as tais histórias são imprescindíveis. Elas estão em todos os cantos, nos textos, nos gestos, nos prédios, nos cenários e até mesmo no silêncio. São como o combustível da coisa toda e sem elas não seria possível compreender ou definir essa arte e, talvez, seja impossível até mesmo separá-las. Seja na vida ou no palco, as histórias são fundamentais e ajudam a nos definir, afinal, tudo o que vivemos passa a ser a nossa própria história.

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A vida de Sérgio Britto (29/06/1923 – 17/12/2011) é repleta dessas histórias. Ator, diretor e produtor, Sergio confunde-se com o próprio teatro brasileiro. Em seus 88 anos de vida, o artista, que formou-se em medicina, foi testemunha e personagem de momentos que marcaram o nosso teatro. Trabalhou nas principais companhias, como Teatro do Estudante de Paschoal Carlos Magno, Teatro dos Doze, Cia. Maria Della Costa, Teatro de Arena, Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Recebeu os mais importantes prêmios por suas atuações e direções, produziu espetáculos memoráveis, foi um dos pioneiros do teleteatro ao criar o grande Teatro Tupi, que produziu mais de 450 peças, e participou de novelas e minisséries televisivas. Foi um artista incansável e em sua caminhada brilhante pelos palcos não colecionou apenas prêmios e elogios, colecionou também um número infinito de histórias. Algumas delas estão na excelente biografia O Teatro & Eu – Memórias, publicada pela editora Tinta Negra e vencedora do Prêmio Jabuti no ano de 2011. Outras ficaram guardadas com Sérgio, trancafiadas em seu peito até o lançamento do ótimo Memória a dois, lançado pela Funarte em 2016.

Ator, diretor e produtor, Sérgio confunde-se com o próprio teatro brasileiro.

O livro, uma espécie de diálogo entre o ator e seu sobrinho Paulo Brito, foi escrito entre abril e maio de 2011, meses antes da morte do artista, e soa como um relato íntimo e emocionado de Sérgio. Suas lembranças misturam-se a momentos históricos do nosso teatro e à sua luta em manter-se vivo.

O ator transita entre a memória e esperança, entre a força e o esforço num diálogo precioso com Paulo, que parece ter garimpado, à sua maneira, todo o conteúdo da obra. Está tudo ali, tirado com carinho e precisão do fundo da alma de Sérgio: a infância e a adolescência, os estudos de medicina, o amor pelo teatro e os grandes artistas com quem trabalhou. Além disso tudo, que já daria um excelente livro, é possível reconhecer um novo Sérgio: um guerreiro humano que tem crença na existência e luta, de maneira sobre-humana, diariamente pela vida que palpita a sua frente.

A obra, escrita a quatro mãos e vinte dedos, tem rara sensibilidade e é obrigatória para todos aqueles que se interessam por teatro e pela carreira desse ator gigantesco. Cada história tem seu próprio fim, e há quem diga que é justamente o último ponto a parte mais importante do troço. Como numa boa peça, na vida também é preciso fechar as cortinas na hora exata, e sabemos que a última fala é sempre aquela que o público guardará no ouvido a caminho de casa. Memória a dois é de fato uma obra derradeira, conta a vida finita de um artista fantástico, mas tem a força de demonstrar que todo legado, e toda história, viverão para sempre nos lábios e nos corações de quem souber encontrá-las mundo afora.

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Tags: Cia Maria Della CostaEditora Tinta NegraFunarteliteraturaMemória a doisO Teatro & Eu - MemóriasSergio BrittoteatroTeatro Brasileiro de ComédiaTeatro de ArenaTeatro do Estudante de Paschoal Carlos MagnoTeatro dos Doze
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