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Bienal de Quadrinhos de Curitiba: 4 perguntas para Gabriela Borges

A jornalista Gabriela Borges é fundadora do Mina de HQ, principal iniciativa independente que aborda os quadrinhos sob uma ótica de gênero.

porMaura Martins
8 de setembro de 2023
em Entrevistas, Literatura
A A
Bienal de Quadrinhos de Curitiba: 4 perguntas para Gabriela Borges

Imagem: Divulgação.

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A jornalista paulista Gabriela Borges tem uma carreira de mais de vinte anos na profissão, com passagens em veículos importantes, como SBT, Trip e TPM. Desde 2015, ela também está à frente de uma iniciativa independente: é a fundadora e editora-chefe do Mina de HQ, veículo dedicado à cobertura do mundo dos quadrinhos a partir de uma perspectiva de gênero.

Gabriela está entre as convidadas da Bienal de Quadrinhos de Curitiba. Neste entrevista, conversamos sobre como os quadrinhos entraram na sua trajetória e sobre como a participação das mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIAP+ dentro desta área artística mudou nos últimos anos.

Escotilha » Você é, por formação, jornalista. Como o jornalismo e os quadrinhos se encontraram na sua trajetória pessoal e profissional?

Gabriela Borges » Eu sempre li quadrinhos. E trabalho como jornalista há mais de 20 anos, desde os 18. Fiz um mestrado em Antropologia Social na Argentina e minha pesquisa foi sobre a representação da mulher e os discursos de gênero nas historietas argentinas. Quando voltei ao Brasil, em 2013, comecei a apresentar minha pesquisa em eventos de quadrinhos e tive uma coluna sobre HQs na Revista Tpm. Foi assim que comecei a escrever sobre mulheres e quadrinhos, até que em 2015 eu fundei a Mina de HQ, onde faço jornalismo, mas também curadoria e outros formatos de conteúdo.

Imagem: Divulgação.

O Mina de HQ é um projeto que já tem oito anos. Neste tempo para cá, como tem sido a ocupação feminina dentro dessa linguagem artística? Alguma coisa mudou desde então?

“Pautas identitárias não são apenas lutas e reivindicações sociais, as pessoas querem se sentir representadas – e bem representadas”.

Gabriela Borges

Com certeza muita coisa mudou. Lá atrás, lutávamos pelo reconhecimento do trabalho das quadrinistas mulheres, pela ocupação dos espaços. O Lady’s Comics foi fundamental nisso e me inspirou demais na criação da Mina de HQ. Hoje já vemos muitos avanços nesse sentido e a questão de gênero se ampliou também para as pessoas trans e não binárias, pessoas LGBTQIAP+ no geral. Além todas as intersecções de classe, território, raça etc.

Hoje o mainstream já reconhece o trabalho e importância de artistas que em 2015 parecia algo distante. Mas não podemos ser inocentes de achar que está tudo resolvido. O capitalismo e o patriarcado seguem firmes e fortes, né? E isso segue refletindo na sociedade, na cultura não seria diferente.

Ainda há casos de machismo, racismo, xenofobia, LGBTfobia, falta de representatividade no mercado, como em eventos, editoras, prêmios, a saúde mental de muitas artistas ainda é afetada por esse sistema. A luta continua, como em todos os âmbitos da vida, rs.

Queria falar um pouco agora sobre a questão das mulheres nas HQs, especialmente as hegemônicas – como as da Marvel e DC. Hoje tem um movimento grande de quadrinistas independentes propondo outros olhares sobre temas diversos, incluindo aqui o que interessa às mulheres e a forma pela qual elas são representadas. Você acha que isso tem influenciado também os grandes estúdios?

A produção independente e autoral de quadrinhos se fortaleceu demais nos últimos 10, 15 anos. E isso contribui para uma aplicação na diversidade de temas e estilos de trabalhos sendo publicados e acessados pelo público leitora. Com certeza isso influencia e, de certa forma, pauta o mercado. Até porque, hoje, é uma demanda do público. Pautas identitárias não são apenas lutas e reivindicações sociais, as pessoas querem se sentir representadas – e BEM representadas. E hoje já se sabe que para isso é preciso representatividade, ou seja, diversidade entre as pessoas que estão em toda a cadeia de produção.

Existe uma cobrança muito maior por isso e o mercado, de certa forma, responde. Vemos avanços, claro. Mas, de novo, ainda estamos longe do ideal porque o capitalismo e o patriarcado seguem firmes e fortes.

Capas da revista Mina de HQ. Imagem: Divulgação.

Por fim, queria que você comentasse um pouco sobre a sua vinda para a Bienal de Quadrinhos de Curitiba. Como você entende que eventos desse tipo impactam a produção de HQs no país?

Os eventos são fundamentais para movimentar o mercado e aproximar o público de artistas. A Bienal de Quadrinhos é um dos eventos de HQs mais importantes e queridos no Brasil. É muito bom ver o movimento de colocar a diversidade no centro da produção da edição desse ano, principalmente pelo grande acerto na equipe de curadoria, com Maria Clara Carneiro, Dandara Palankof e Mitie, o que se reflete em todo o evento. E ficamos muito contentes com o convite para que a Mina de HQ fosse embaixadora dessa edição. A prorrogação está bem diversa, com muitos temas relevantes e interessantes, a lista de pessoas convidadas tá incrível e a feira tem artistas de todo o Brasil. O evento está imperdível!

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Tags: Bienal de Quadrinhos de CuritibaFeminismoGabriela BorgesLady's ComicsLGBTQIAP+Mina de HQrevista tpm

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