Próximo de iniciar sua 14ª edição, o Festival Varilux de Cinema Francês anunciou os filmes selecionados para 2023. Através de uma vinheta com a canção “Brigitte Bardot”, composta por Miguel Gustavo e eternizada na voz do sambista Jorge Veiga, a organização apresentou os títulos que o público terá oportunidade de acompanhar entre os dias 9 e 22 de novembro. 48 cidades contarão com exibição dos longas-metragens, em programação completa que ainda será divulgada.
Ao todo, integram o festival 19 obras recentes da cinematografia francesa, além de dois clássicos e uma série, esta última sobre o ícone Brigitte Bardot, interpretada pela atriz Julia de Nunez, que também estampa o material de divulgação do evento. A minissérie terá exibição em algumas sessões gratuitas.
Entre os destaques, A Musa de Bonnard, de Martins Provost, exibido na mostra Cannes Premiere, e Anatomia de uma Queda, de Justine Triet, Palma de Ouro em Cannes este ano. Outros longas que passaram pelo mais prestigioso festival de cinema europeu também estão na seleção, como As Bestas (de Rodrigo Sorogoyen), Crônica de uma Relação Passageira (de Emmanuel Mouret), Culpa e Desejo (de Catherine Breillat) e O Desafio de Marguerite (de Anne Novieon). Já do Festival Internacional de Cinema de Toronto 2022, Conduzindo Madeleine (de Christian Carion) fará parte do Festival Varilux de Cinema Francês 2023.
Brigitte Bardot em série
Ao todo, integram o festival 19 obras recentes da cinematografia francesa, além de dois clássicos e uma série, esta última sobre o ícone Brigitte Bardot.
Símbolo feminino do cinema, a atriz francesa Brigitte Bardot, de 89 anos, é um mito da sétima arte. BB, como também era conhecida, emergiu nas telas na década de 1950, não apenas como uma atriz talentosa, mas como uma força revolucionária que desafiou as convenções e redefiniu os padrões de beleza e feminilidade.
A atriz terá parte de sua história contada na minissérie Brigitte Bardot, criada por Christopher e Danièle Thompson e protagonizada pela atriz franco-argentina Julia de Nunez. A produção, de seis episódios, narra a ascensão de Brigitte na França do pós-guerra, entre 1949, quando aparece pela primeira vez na capa de uma revista, e 1959 pouco antes de dar à luz seu filho, passando pelo casamento com Roger Vadim e sua atuação em E Deus Criou a Mulher (1956).
Bardot, nascida em Paris em 1934, tornou-se rapidamente uma sensação global com sua atuação carismática e sua beleza naturalmente cativante. Seu papel em E Deus Criou a Mulher não só a estabeleceu como um ícone do cinema, mas também quebrou tabus, explorando temas de sexualidade de maneira ousada para a época. O legado de Bardot vai além de sua aparência deslumbrante. Ela personificou uma nova era de liberdade e autenticidade, desafiando as expectativas impostas às mulheres na sociedade. Seu estilo irreverente e atitude destemida na tela inspiraram gerações futuras de artistas e cineastas.
Ao longo de sua carreira, Bardot desempenhou papéis diversos, demonstrando sua versatilidade como atriz. De comédias românticas a dramas intensos, ela conquistou o coração do público e da crítica, consolidando-se como uma das principais figuras do cinema francês. Embora tenha se aposentado precocemente do cinema em 1973, seu impacto perdura.
Confira os filmes do Festival Varilux de Cinema Francês 2023
- A MUSA DE BONNARD/Bonnard, Pierre et Marthe, de Martins Provost | Seleção Cannes Premiere do 76º Festival de Cinema de Cannes
- A VIAGEM DE ERNESTO E CELESTINE/Ernest et Célestine, le voyage en Charabie, de Julien Chheng e Jean-Christophe Roger
- ALMAS GÊMEAS/Les âmes soeurs, de André Téchiné
- ANATOMIA DE UMA QUEDA/Anatomie d’une chute, de Justine Triet | Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2023
- AS BESTAS/As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen | Filme apresentado na mostra Première no Festival de Cannes de 2022 |Prêmios Goya e Prêmios CEC em 2023 de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme
- CONDUZINDO MADELEINE/Une Belle course, de Christian Carion | Filme apresentado na abertura do festival de cinema francófono de Angoulême de 2022 e no festival internacional de cinema de Toronto de 2022
- CRÔNICA DE UMA RELAÇÃO PASSAGEIRA/Chroniques d’une liaison passagère, de Emmanuel Mouret | Filme apresentado na mostra Première no Festival de Cannes de 2022
- CULPA E DESEJO/L’été dernier, de Catherine Breillat | Seleção Oficial do Festival de Cannes de 2023
- DISFARCE DIVINO/Magnificat, de Virginie Sauveur
- MAESTRO(S)/Maestro(s), de Bruno Chiche
- MAKING OF/Making Of, de Cédric Kahn
- MEMÓRIAS DE PARIS/Revoir Paris, de Alice Winocour
- MEU NOVO BRINQUEDO/Le Nouveau Jouet, de James Huth
- O ASTRONAUTA/L’astronaute, de Nicolas Giraud
- O DESAFIO DE MARGUERITE/Le Théorème de Marguerite, de Anne Novion | Destaque na primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Biarritz | Filme apresentado na Sessão Especial do Festival de Cannes de 2023
- O LIVRO DA DISCÓRDIA/Youssef Salem a du succès, de Baya Kasmi
- O RENASCIMENTO/Un coup de maître, de Rémi Bezançon
- ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA/Orlando, ma biographie politique, de Paul B. Preciado
- SOB AS ESTRELAS/A la belle étoile, de Sébastien Tulard
OS CLÁSSICOS
- E DEUS CRIOU A MULHER/Et Dieu créa la Femme, de Roger Vadim
- O DESPREZO/Le Mépris, Jean-Luc Godard
SÉRIE
- BRIGITTE BARDOT/Bardot, de Danièle e Christopher Thompson
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