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Home Música

O indie rock idílico do Alvvays

porRaphaella Lira
16 de setembro de 2017
em Música
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Se a cada dia o futuro do indie rock parece mais incerto e poucas sejam as bandas dispostas a se aventurar e experimentar fora da fórmula, volta e meia aparece algo que soa absolutamente reconfortante. É o caso do novo álbum do Alvvays, grupo originário de Toronto que lançou no último dia 8 Antisocialites.

A mistura leve de pop com indie e toques de shoegaze (talvez os mais viciados lembrem aqui e ali de My Bloody Valentine) é encantadora sem ser inovadora. Os riffs, as melodias, tudo soa familiar e diferente, como costuma acontecer com a maioria das bandas que trabalha bem suas referências e inspirações. Na realidade, [highlight color=”yellow”]qualquer audição mais atenta do álbum revela camadas e camadas de referências[/highlight], que vão de Teenage Fanclub a Jesus and Mary Chain, sem que a banda perca a personalidade.

Antisocialites possui vários méritos, e um deles é a atmosfera levemente dream pop que impera da primeira à última faixa. Do momento em que “In undertow” começa, até “Forget about life”, infinitamente menos efusiva do que a faixa de abertura, tudo se complementa, e faz com que a experiência de ouvir Antisocialites seja um oásis adocicado de melodia em meio ao mundo em colapso.

Antisocialites possui vários méritos, e um deles é a atmosfera levemente dream pop que impera da primeira à última faixa.

“Dream tonite” possui uma pegada claramente mais dream pop, explorando o uso de sintetizadores como pano de fundo para as reflexões sobre a vida na estrada: “Rode here on the bus/Now you’re one of us/It was magic hour/Counting motorbikes on the turnpike/
One of Eisenhower’s”. A seguir, “Plimsoll punks”, um pouco mais crua e mais agitada que a anterior, é a típica faixa que tocaria numa festinha alternativa e que seria acompanhada animadamente por um enxame de indies semi-alcoolizados dançando e cantando junto, ou seja, um acerto do início ao fim.

Um dos problemas de Antisocialites é a clara falta de um música que seja um ponto alto como foi “Archie, Marry me”. Ao mesmo tempo em que nenhuma faixa é assustadoramente ruim ou fora do perfil do álbum como um todo, nenhuma se destaca como o hit do álbum de 2014. Dito isso, “Not my baby” talvez seja uma das que se aproxime mais o feito. O vocal certeiro de Molly Rankin, aliado a uma guitarra precisa e bem harmonizada faz com que a faixa seja uma das melhores do disco. Junto a isso, há a letra que fala sobre como retomar a vida após um término, que faz com que o resultado final não seja apenas coeso como despretensioso e ligeiramente melancólico. Já “Your type” flerta de modo menos discreto com o rock de garagem, harmonizando uma batida mais ágil com uma letra que não hesita em levar a incompatibilidade ao nível molecular: “All depends how it strikes you/Without reason without rhyme/Let me state delicately you’re an O and I’m AB”.

[highlight color=”yellow”]Antisocialites não perde o foco em nenhum momento[/highlight], e soa, pelo menos na minha opinião, exatamente como deveria soar uma banda de indie rock canadense. Longe da perfeição e das harmonias vocais capazes de derreter as calotas polares do Teenage Fanclub, Alvvays consegue soar levemente imperfeito sem perder a ternura e é capaz aquecer muitos corações numa noite solitária.

Ouça ‘Antisocialites’ na íntegra no Spotify

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: AlvvaysAntisocialitesCrítica Musicaldream popindieindie rockMúsicaResenhashoegaze

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