• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Cinema

‘Ela’ retrata a fragilidade das relações no século 21

Filme que deu o Oscar de melhor roteiro original ao cineasta Spike Jonze, 'Ela' é uma delicada e incômoda alegoria sobre o amor nos tempos da virtualidade.

porPaulo Camargo
21 de junho de 2018
em Cinema
A A
'Ela' retrata a fragilidade das relações no século 21

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Poucos filmes são tão emblemáticos do tempo presente, das relações interpessoais e do homem com a tecnologia no século 21, quanto Ela (2013), longa-metragem que deu ao diretor norte-americano Spike Jonze (de Onde Vivem os Monstros) o Oscar de melhor roteiro original.

À sua maneira introspectiva e delicada, essa também incômoda alegoria pós-moderna desafia o espectador primeiro a sentir e, depois, a refletir sobre o significado da jornada emocional do protagonista Theodore Twombly (Joaquin Phoenix, contido e magistral), que, em certa medida, vivencia muitas das aflições e inquietudes da vida contemporânea. Impossível não nos enxergarmos um pouco (ou muito) nele.

O personagem vive em um futuro indeterminado, numa Los Angeles transfigurada, agora verticalizada por grandes arranha-céus, mas muito distante da cidade apocalíptica e sombria, tomada por máquinas, vista em clássicos da ficção científica como Blade Runner – O Caçador de Androides e O Exterminador do Futuro. Não deixa de ser uma distopia, porém bem mais sutil.

A vida de Theodore está em crise. Depois de passar por uma separação traumática, e indesejada, ele, aos poucos, vai se retirando do mundo, embora permaneça funcional: ganha a vida escrevendo cartas e mensagens, transformando em textos escritos em primeira pessoa emoções que não são suas. Tem poucos amigos e sua vida só volta a ganhar brilho quando encontra Samantha.

O personagem vive em um futuro indeterminado, numa Los Angeles transfigurada, agora verticalizada por grandes arranha-céus…

Ela é jovem, alegre, afetuosa e capaz de fazê-lo recuperar a vontade de levantar da cama e enfrentar o dia a dia. O problema é que Samantha não é uma mulher de carne e osso, mas um software comprado, um sistema operacional que, por ironia, o faz recobrar sua humanidade. Uma voz (da atriz Scarlet Johansson, que substituiu a da britânica Samantha Morton, depois de todo o filme rodado), que aos poucos vai ganhando subjetividade, na medida em que Theodore se apaixona.

Com um inventivo trabalho de direção de arte e figurinos, dentro de uma perspectiva de futuro algo retrô, como se pensado a partir de padrões estéticos dos anos 1970, Ela atesta não apenas o talento de Spike Jonze como cineasta, mas também como roteirista – vale lembrar que seus dois primeiros filmes, os aclamados Quero Ser John Malkovich e Adaptação, não foram escritos por ele. Têm a assinatura de Charlie Kaufman, vencedor do Oscar por Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, com o qual, coincidência ou não, Ela dialoga por também ser um híbrido de romance e ficção científica, propondo o uso de um dispositivo tecnológico para a resolução de problemas afetivos e existenciais.

Um filme sensorial (a trilha da banda Arcade Fire tem papel fundamental), que se apropria lentamente do espectador, para acompanhá-lo por muito tempo, Ela não discute se um dia as máquinas poderão pensar, mas se nós, recolhidos em nós mesmos, voltaremos a sentir.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: CinemaCrítica CinematográficaDistopiaElaFilm ReviewfuturoJoaquin PhoenixMovie ReviewOscarResenhaReviewScarlett JohannsonSpike Jonzetecnologia

VEJA TAMBÉM

Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.
Cinema

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
Documentário é mais uma produção de 2025 a abordar a história da cantora. Imagem: Biônica Filmes / Divulgação.
Cinema

‘Ritas’ é autorretrato caleidoscópico de uma artista indomável

7 de julho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

'O Amigo' foi o primeiro romance de Sigrid Nunez publicado no Brasil. Imagem: Marion Ettlinger / Divulgação.

Em ‘O Amigo’, Sigrid Nunez conecta as dores do luto e do fazer literário

10 de julho de 2025
Michael Cunningham tornou a publicar após anos sem novos livros. Imagem: Richard Phibbs / Reprodução.

Michael Cunningham e a beleza do que sobra

8 de julho de 2025
Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
O escritor estadunidense Kurt Vonnegut. Imagem: Matthias Rietschel / AP Photo / Reprodução.

‘Um Homem Sem Pátria’: o provocador livro de memórias de Kurt Vonnegut

7 de julho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.