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‘O Lobo de Wall Street’ e seu retrato doloroso da ganância

Martin Scorsese conseguiu fazer de 'O Lobo de Wall Street' uma representação tão intensa da fome pelo lucro que chega a doer.

porTiago Bubniak
9 de outubro de 2018
em Cinema
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O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese

'O Lobo de Wall Street' marcou a quinta parceria de Scorsese e DiCaprio. Imagem: Reprodução.

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Jordan Belfort edificou uma espécie de templo no qual o dinheiro é deus, a ambição extrema é a bíblia e a lei é o demônio. Investidor da Bolsa de Valores de Nova York que resvalou em fraudes contra o sistema financeiro, Belfort não demorou a arrebanhar seguidores que viam em sua “religião” uma forma rápida de ascensão social. É a história dele que o diretor Martin Scorsese leva às telas em O Lobo de Wall Street (2013), sua quinta parceria com Leonardo DiCaprio, que interpreta o protagonista.

O filme é uma adaptação do livro homônimo do próprio Belfort. Como é bastante comum em cinebiografias, existe a polêmica. Surgiram comentários sobre a ausência de espaço para as vítimas dos crimes do “lobo de Wall Street” e a respeito da glamourização do criminoso. Por outro lado, é possível considerar que, como sétima arte, o trabalho de Scorsese é um espetáculo. Não só porque a tal glamourização caminha de mãos dadas com a degradação, mas, também, porque todos os excessos estão muito bem encaixados, distribuídos e espalhados no contexto.

Jordan Belfort edificou uma espécie de templo no qual o dinheiro é deus, a ambição extrema é a bíblia e a lei é o demônio.

Com a mesma velocidade com que ganhava milhares de dólares por minuto, Jordan Belfort tentava desfazer-se deles por meio de uma rotina marcada pelo prazer e pelo luxo, pelo êxtase e pela ostentação. Acabou condenado (e preso) por crimes de fraude relacionados com manipulação no mercado de ações. Hoje, viaja ao redor do planeta atuando como palestrante motivacional.

Cocaína farta, sexo alucinado e uma das maiores incidências de palavrões por minuto da história do cinema podem até elevar para 18 anos a classificação indicativa desta produção que tenta dar conta do relato biográfico dessa figura controversa. Mas são elementos necessários e bem utilizados para expor o estilo de vida do personagem meio real, meio ficcional (todo relato tem lá seus desvios, intencionais ou não), que serve de alerta para essa sociedade ultracapitalista. Está bem clara, em toda a obra, a clássica “jornada do herói”. Ou do anti-herói, no caso.

O retrato da ganância é tão vívido que chega a doer, a constranger e chocar; parece até saltar da tela. E essa sensação é ainda mais acentuada com a “quebra da quarta parede”, recurso no qual o ator fala diretamente para a plateia, reforçando a cumplicidade. O ritmo frenético dos diálogos e da montagem ajuda a intensificar esse retrato da ambição. Os 180 minutos de duração da película transcorrem de modo fluente, nem de longe lembrando que estão bem acima dos habituais 90 ou 120 minutos da maioria das produções cinematográficas.

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Tags: CinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaJordan BelfortLeonardo DiCaprioMartin ScorseseO Lobo de Wall StreetResenha

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