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O ‘Xou da Xuxa’ começou

Coluna analisa como o programa infantil 'Xou da Xuxa' se tornou a franquia brasileira mais bem-sucedida na história mundial da televisão.

porMatheus Urbano
14 de outubro de 2018
em Televisão
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Xuxa desce de sua nave especial em mais uma das 2000 edições de 'Xou da Xuxa' no Brasil

Xuxa desce de sua nave especial em mais uma das 2000 edições de 'Xou da Xuxa' no Brasil. Imagem: Reprodução.

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O ano era 1986. A Rede Globo trazia em suas manhãs o TV Mulher, apresentado por Marília Gabriela, que, apesar de ser muito elogiado pela crítica, era freguês histórico de um programa da concorrência: o infantil Programa do Bozo. A franquia norte-americana virou febre no Brasil e a emissora dos Marinho decidiu contra-atacar com um programa infantil que conseguisse barrar de vez o palhaço. Xuxa Meneghel, a ex-namorada do Pelé e apresentadora do Clube da Criança na TV Manchete, é contratada para essa missão tão inglória, que muitos executivos da emissora afirmavam com todas as letras: “não dura três meses”.

Nessa nova fase não se pouparam investimentos. Xuxa agora tinha um cenário desenhado por Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica. De uma nave espacial, descia para aquele mundo colorido onde seres como o mosquito Dengue, a tartaruga Praga e quatro soldadinhas intituladas Paquitas davam conta de organizar a brincadeira da criançada. Essa era a fórmula do Xou da Xuxa, que estreava em 30 de junho de 1986.

Após a estreia do programa, a previsão dos três meses caía por terra. Isso porque o programa infantil desacreditado logo se revelou um fenômeno. Só no Brasil, conferiu às manhãs uma relevância comercial que nem mesmo a líder de audiência possuía, com cotas de patrocínio e licenciamento de produtos como bonecas, roupas e vendas de discos. E como já dizia Chacrinha: “na TV nada se cria, tudo se copia”, logo as emissoras foram atrás de uma Xuxa para chamar de sua. No SBT, foi a consagração de Mara Maravilha; na Manchete, foi o nascimento de Angélica.

Derrotar o Bozo, que tinha anos de tradição na TV americana como uma franquia consolidada, já era um feito e tanto, mas logo a América Latina inteira se rendeu à “rainha dos baixinhos”. Tanto que formatos similares como El Clan de Patsy, na Argentina, e o El Show de Xiomy, na Colômbia, tentaram beber da mesma fonte, sem sucesso. A influência de Xuxa sob a criançada chegava a nível mundial. Logo, a apresentadora tinha um faturamento maior do que astros como Mel Gibson e aparecia em listas de mulheres influentes ao lado de Margaret Thatcher.

A influência de Xuxa sob a criançada chegava a nível mundial. Logo, a apresentadora tinha um faturamento maior do que astros como Mel Gibson e aparecia em listas de mulheres influentes ao lado de Margaret Thatcher.

Seguindo um caminho que guarda muitas similaridades com o hoje trilhado pela cantora Anitta, Xuxa resolveu apostar no mercado espanhol. Um namoro com a Televisa (maior produtora de conteúdo para televisão em espanhol no mundo) quase foi pra frente. Mas por ser mais perto e pra evitar atritos com a Globo, já que historicamente a Televisa sempre foi parceira do SBT, a loira leva seu programa para a argentina Telefé e o Xou da Xuxa começa a ser transmitido simultaneamente para todos os países da América Latina, com exceção do México. Até mesmo nos Estados Unidos, pela rede Univision, Xuxa deixou sua marquinha.

Em 1993, Xuxa chegava à fronteira final. Convencidos do fenômeno, os americanos, que tradicionalmente preferiam o palhaço Bozo, resolveram apostar na força da loira. Mesmo com um inglês parco, Xuxa fez sucesso na terra do Tio Sam, dessa vez, moderadamente. Sua boneca foi o brinquedo mais vendido daquele ano, mas o programa durou apenas uma temporada, que foi reprisada por três anos. Xuxa já dava sinais de cansaço e, ironicamente, quando finalmente conquistou o mercado mais difícil de todos, desistiu.

Entretanto, o Xou da Xuxa não é só um fenômeno de audiência a nível nacional. É um fenômeno global. Até hoje, apenas a loira e Carmen Miranda conseguiram se consolidar de tal maneira na história da televisão mundial. E não só isso, o Xou, até os dias de hoje, foi a primeira (e única) atração com formato 100% nacional a ganhar as telinhas do mundo inteiro. Um feito e tanto. Hoje, Xuxa está na Record apresentando o Dancing Brasil, mas já tem planos de retomar sua carreira na Argentina. Se o sucesso vem, ninguém sabe, mas, com certeza, é curioso pensar que um projeto que sempre foi desacreditado virou um (com o perdão do trocadilho) arrasa-quarteirão global.

Tags: análise televisivaargentinaCrítica TelevisivaMancheteRede GloboTelefeTV Globotv mancheteTV ReviewXou da XuxaXuxa

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