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Home Cinema

A dança da solidão de ‘Gloria Bell’

Dirigido por Sebastián Lellio, 'Gloria Bell' traz Julianne Moore em estado de graça no papel de uma mulher comum em confronto consigo mesma.

porPaulo Camargo
9 de maio de 2019
em Cinema
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Julianne Moore como Gloria Bell, no filme do chileno Sebástian Lellio

Julianne Moore, impecável, é Gloria, uma mulher madura em confronto com a solidão. Imagem: Divulgação.

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Os filmes nos quais quais pouco ou quase nada acontece, são por vezes os melhores. Há tempo para o olhar da câmera investigar detalhes, revelar nuances que, numa trama repleta de reviravoltas, acabam ficando soterrados, reféns do enredo. Pertence a essa família de obras “pequenas” Gloria Bell, longa-metragem do diretor chileno Sebastián Lellio, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por Uma Mulher Fantástica (2017), com o qual tem um traço importante em comum: ambos são construídos em torno de protagonistas complexas, bastante tridimensionais.

A grande Julianne Moore (de Para Sempre Alice) vive o papel título de Gloria Bell, remake do chileno Gloria, também de Lellio. A personagem, como no original, é uma mulher próxima dos 60 anos, divorciada e mãe de dois filhos adultos, Anna (Caren Pistorius) e Peter (Michael Cera), que já não vivem com ela, embora sejam próximos. Abandonado pela esposa, o rapaz tenta, como pode, desempenhar o papel de pai solteiro de um bebê, enquanto a garota, que mantém um namoro à distância com um surfista sueco, descobre-se grávida e planeja ir embora dos Estados Unidos.

A grande Julianne Moore (de Para Sempre Alice) vive o papel título de Gloria Bell, remake do chileno Gloria, também de Lellio.

O grande mérito de Gloria Bell é a atenção que dedica aos pequenos movimentos de sua protagonista. São reveladores, e agridoces, os momentos em que ela canta sozinha ao som do rádio baladas de amor. Canções que falam de desamor e solidão, sentimentos que povoam sua existência. Para despistar esse vazio todo, Gloria gosta de dançar, nem que seja sozinha. Por isso vai a uma casa noturna retrô, misto de bar e discoteca, onde se esbalda na pista e flerta com homens maduros. Nesse lugar, conhece Arnold (John Torturro, de Barton Fink – Delírios de Hollywood).

O encontro de Gloria com Arnold é mais uma colisão de solidões. Ele está separado há um ano da mulher, se recupera de uma cirurgia bariátrica, e está sob marcação cerrada da ex-esposa e das filhas. Fuzileiro naval da reserva, é proprietário de um um parque de paintball  nas cercanias de Los Angeles, uma espécie de extensão lúdica das Forças Armadas em sua vida. Sua paixão por Gloria aparenta ser fulminante, mas a bagagem emocional que arrasta é gigantesca.

Lellio, como já havia demonstrado em Uma Mulher Fantástica, cuja protagonista é uma transexual que luta pelo direito de chorar a morte do companheiro, revela-se um hábil diretor de atores. Ele também narra muito bem a trama, com imagens que transbordam intimidade: nós, como espectadores, nos sentimos cúmplices de Gloria, uma mulher comum, sem nada de extraordinário em sua vida, mas que torna-se fascinante sob o olhar atento, detalhista e carinhoso do cineasta.

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Tags: CinemaCrítica CinematográficaglóriaGloria BellJohn TorturroJulianne MooreMovie ReviewRemakeResenhaReviewSebastián Lelliosolidão

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