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Crítica: ‘Ming of Harlem’ e a poética do non sense – Olhar de Cinema

'Ming of Harlem' é a primeira obra de um diretor que precisa amadurecer como realizador, mas pode-se dizer que Philip Warnell começou bem, muito bem.

porAndy Jankowski
17 de junho de 2015
em Cinema
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'Ming of Harlem' e a poética do non sense

Imagem: Divulgação.

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“Poesia é fazer tudo falar – e depor, em troca todo o falar nas coisas, ela própria como uma coisa feita e mais que perfeita” Jean-Luc Nancy.

De construção poética, observacional e apegada a uma narrativa do sonho, Ming of Harlem – Twenty one stories in the air (Ming de Harlem – Vinte e um andares acima, Philip Warnell) surpreende em uma estrutura documental que nunca julga. Desta forma, conhecemos a história de Antoine Yates e sua experiência de criar um tigre e um jacaré dentro de um apartamento de poucos cômodos, no bairro do Harlem, em Nova York. Yates foi preso em 2003, por atividade perigosa e possessão ilegal de animais silvestres.

Aparentemente, a primeira coisa a se questionar é sobre a sanidade de Yates, entretanto, este se mostra um personagem extremamente interessante, com uma lógica própria e muito convincente acerca de seus atos, de uma maneira assustadoramente bem desenvolvida. A questão sobre a sanidade de Antoine parece deixar de ter importância, e o encantamento deste documentário se mostra na relação íntima e harmoniosa que ele estabeleceu com estes animais, fazendo assim, que o próprio espectador questione sua forma de enxergar e de lidar com a natureza e o próprio conceito de liberdade.

Antoine Yates é um homem simples com uma essência complexa que, em meio a meditações e noites admirando estrelas, conseguiu encontrar paz entre sufocantes e ruidosos conjuntos residenciais novaiorquinos ao lado de uma fera com mais de 200 kg.

É chocante observar a tranquilidade misturada à ferocidade de Ming confinado neste pequeno espaço.

Philip Warnell, o diretor, reproduziu na segurança de um zoológico o apartamento de Yates, utilizando um tigre (que não é Ming) e um jacaré (que não é Al) para reconstruir a vivência dos dois animais neste ambiente trancado. Como uma fábula, Warnell utiliza uma linguagem observacional com imagens narradas por um poema de Jean-Luc Nancy.

Numa estética do absurdo misturada ao estilo documentário de vida animal, de canais como National Geographic – cujas narrações potentes sobre a selva são substituídas pela subjetividade de um poema -, elevando assim à máxima potência o poder imagético do filme.

É chocante observar a tranquilidade misturada à ferocidade de Ming confinado neste pequeno espaço. O tigre torna-se sujeito com personalidade e dinâmica próprias. Mesmo não sendo o verdadeiro Ming, é interessante observar como um outro animal é capaz de estabelecer relação com aquele espaço.

É possível fazer uma alusão à própria domesticação humana em jaulas de concreto empilhadas umas sobre as outras, que condicionam a vida a uma falsa sensação de acolhimento. Utilizando os clichês argumentativos, podemos considerar que Ming, ao contrário de seu companheiro humano, não consegue se habituar a uma selva de pedra de abrigos sem vida e sons mecânicos, o grito por liberdade, ou melhor, o sutil rugido é sempre latente.

Ming of Harlem é a primeira obra de um diretor que precisa amadurecer como realizador, mas pode-se dizer que Philip Warnell começou bem, muito bem.

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Tags: Antoine YatesCinemaCrítica de CinemaFestival Internacional de CuritibaMingMing of HarlemNovos OlharesOlhar de CinemaPhilip Warnell

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