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Dramédia ‘Minha Querida Nora’ encanta pelo enlace de situações

Em meio às belas paisagens da Córsega, filme francês ‘Minha Querida Nora’ brinca com a sensibilidade do espectador; e “brincar”, aqui, pode significar tanto algo engraçado e agradável quanto sério e profundo.

porTiago Bubniak
23 de março de 2021
em Cinema
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Minha Querida Nora, de Méliane Marcaggi

Louise (Alexandra Lamy) e Andréa (Miou-Miou): relação baseada na mentira que se encaminha para ganhar ares de veracidade. Imagem: Reprodução.

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Marc (Patrick Mille) programou uma viagem com sua amante para a ilha francesa de Córsega. Louise (Alexandra Lamy), a esposa, descobre a traição e antecipa-se ao marido, tomando o lugar dele tanto no voo quanto no hotel. A troca incidental de bagagens durante a viagem faz com que Louise encontre um desconhecido. A aproximação entre os dois desemboca em uma noite de muita diversão. Tanta diversão que o desconhecido acaba morrendo. Andréa (Miou-Miou), a mãe do falecido, vai até o hotel logo após receber a notícia. Ao chegar lá, depara-se com Louise e, imediatamente, adota a recém-conhecida como sua nora.

Eis um resumo do início de Minha Querida Nora (2020), da diretora francesa Méliane Marcaggi. Destaque-se o peso da palavra “resumo”. Isso porque a trama, na verdade, é cheia de detalhes, do início ao fim. Não cabe aqui entregá-los, obviamente. O fato é que o roteiro consegue construir com muita suavidade e competência uma espiral de situações e minúcias que cada vez mais enlaçam os personagens. E o principal alvo dessa espiral de “enredamento” é a relação entre Louise e Andréa.

Louise mergulha na mentira de ser a nora de Andréa, enquanto é acolhida por uma senhora que se revela muito amorosa, fina e equilibrada, características que afrontam poderosamente o estigma da “sogra megera”. A nova vida que Louise passa a ter, mesmo que compulsoriamente, aos poucos a faz avaliar a vida que vinha tendo, com casamento fracassado e trajetória profissional aquém do seu talento para as artes plásticas.

Mais uma vez é possível perceber o cuidado com que o roteiro de um belo filme francês é elaborado, bem como a caprichada e delicada construção dos personagens, complexos em suas atitudes. Louise, por exemplo, é uma boa mãe e tentava ser boa esposa, mas não pensa duas vezes em trair o marido como troco à infidelidade que descobriu. Enquanto cede às investidas carinhosas de Andréa e mergulha na mentira para não magoar a sogra “postiça”, ela também usa a situação na qual foi lançada sem aviso, totalmente às pressas, para livrar-se de eventuais complicações policiais.

Mais uma vez é possível perceber o cuidado com que o roteiro de um belo filme francês é elaborado, bem como a caprichada e delicada construção dos personagens, complexos em suas atitudes.

O irmão do falecido, Anto (Jonathan Zaccaï) é policial. Portanto, segue as leis e parece ser um bom moço, um ótimo partido. Demonstra amor pela mãe a ponto de inventar mentiras para poupá-la. Ao mesmo tempo, fuma às escondidas dela e guarda alguns resquícios de mágoa por uma sutil predileção por parte de Andréa pelo filho morto. Essa situação familiar vem à tona com maior intensidade em uma bela cena embalada ao som de “cântico corso”, uma música regional belíssima.

Minha Querida Nora é um filme agradável no qual o cômico é criteriosamente costurado com o triste, não sem a ajuda de uma fotografia que privilegia as encantadoras paisagens da Córsega. É, os inventores do cinema sabem brincar com a sensibilidade do espectador. E aqui, neste contexto, “brincar” pode significar tanto algo cômico e agradável quanto bastante sério e profundo.

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