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Home Música

Ana Cañas, Brecht e um grande disco

porAlejandro Mercado
7 de agosto de 2015
em Música
A A
Ana Canas Tô Na Vida Resenha Crítica

Foto: Camil Passos.

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Impossível olhar para trás na história da música brasileira e não esboçar ao menos um sorriso saudosista. Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa e Rita Lee, cada uma em seu momento e à sua maneira, ditaram padrões estéticos e musicais. Nos últimos vinte anos, pudemos presenciar ainda outros nomes essenciais à compreensão de nosso contexto cultural a partir da música.

Marisa Monte, Cássia Eller, Fernanda Takai, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Vanessa da Mata, Sandy Leah e Ivete Sangalo fizeram dos anos 1990 e 2000 seus palcos. Hoje, Tiê, Pitty, Tulipa Ruiz, Roberta Sá, Mariana Aydar e Maria Rita ocupam os fones e players em todo o Brasil.

Ana Cañas é um caso à parte. De Amor e Caos, de 2007, para Tô Na Vida, lançado no último dia 31 de Julho, vimos surgir e consolidar-se como uma das figuras mais ímpares da música nacional. Carismática e com sua voz de contralto, tão rara na música, Ana passeou entre diversos gêneros evidenciando o quão plural poderia ser.

Tô Na Vida deve tornar-se um novo marco em sua carreira. A cantora passeia por seus melhores momentos, revisitando a própria inventividade proveniente dos anos de Baretto – um dos mais famosos piano-bar do país, localizado no bairro do Jardins, em São Paulo.

Também é notável no disco a aproximação de Ana Cañas com o trabalho de Rita Lee. Esse contato é de longa data. Em 2013, Ana participou do projeto Compositores.BR fazendo um show em homenagem à Rainha do Rock brasileiro.

“Carismática e com sua voz de contralto, tão rara na música, Ana passeou entre diversos gêneros evidenciando o quão plural poderia ser.”

Da ex-cantora d’Os Mutantes e da Tutti-Frutti, Ana Cañas puxou a inquietude, além do gosto pelo rock e blues. “Mulher”, décima primeira das quatorze faixas, é um diálogo com “Pagu”, canção do disco 3001 (2000), de Rita Lee. Em tempos de necessário debate sobre o empoderamento feminino, Ana oferece ao público a certeza de que o feminismo continuará com voz ativa na música nacional.

A presença na produção de Lucio Maia, guitarrista da Nação Zumbi, agregou peso ao disco. Era de se esperar. No Festival de Verão de Salvador deste ano, a cantora incendiou o público com uma versão de “Rock’n’Roll”, do Led Zeppelin. Outra presença notável no disco é de Marcelo Jeneci, tocando o órgão Hammond na faixa “Tô Na Vida”, que dá nome ao disco.

Se fosse possível dizer assim, Tô Na Vida é uma obra subversiva. Não apenas por ser um disco feminista nas entrelinhas, mas também por fazer um esforço em dialogar com o público em outros níveis, cruzando artes e apresentando novas camadas de fruição a seus fãs.

De O Amor é um Cão dos Diabos, livro de Charles Bukowski, às caveiras e a estética noir presentes no videoclipe de “Tô Na Vida”, Ana Cañas exalta sua veia artística de formação em Artes Cênicas e derruba novamente a quarta parede, desnudando-se frente aos ouvintes.

Como dizia o dramaturgo Bertolt Brecht, derrubar a quarta parede encoraja que vejamos sua obra de maneira mais crítica, minimizando a alienação. Se por um acaso tudo o que foi dito anteriormente não baste pra fazer de Tô Na Vida um grande álbum, que essa presença nua e crua de Ana Cañas deixe evidente. Palmas.

Ouça Tô Na Vida na íntegra

Serviço

Ana Cañas em Curitiba

Onde: Teatro Marista – Rua Professor Joaquim de Matos Barreto, 98
Quando: Dia 08/08 – Sábado, às 21h
Quanto: R$ 90 (inteira); R$ 45 (meia-entrada) | Compre aqui

Tags: Ana CañasCrítica MusicalLucio MaiaMúsicaRita LeesextaTô Na Vida

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