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‘Com Amor, Van Gogh’ é uma incrível experiência estética

O espetacular longa de animação 'Com Amor, Van Gogh' mergulha nas telas do célebre pintor holandês para reconstituir a história de sua vida, cercada de mistério.

porPaulo Camargo
21 de dezembro de 2017
em Cinema
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'Com Amor, Van Gogh' é uma incrível experiência estética

Imagem: Reprodução.

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A equipe dos cineastas Dorota Kobiela e Hugh Welchman, integrada por cem artistas, pintou à mão em estúdios na Polônia cada um dos 65 mil frames do belíssimo Com Amor, Van Gogh, depois da filmagem com atores de carne e osso. Esse trabalho, no qual foram utilizadas técnicas empregadas pelo artista holandês, se estendeu por seis anos e resultou em um dos grandes filmes de 2017, indicado ao Globo de Ouro e com fortes chances de estar entre os finalistas ao Oscar de melhor longa-metragem de animação.

Quem assistiu ao instigante Waking Life (2001), do norte-americano Richard Linklater (de Boyhood – Da Infância  à Juventude), vai reconhecer a técnica empregada pelo casal de realizadores. A diferença é que, aqui, os atores estão imersos em quadros do pintor, ou em imagens que parecem ter sido por ele criadas, em uma experiência estética fascinante, na qual temos a sensação de estarmos mergulhando, quadro a quadro, no universo do artista pós-impressionista, considerado o pai da pintura moderna.

Todo o extenuante trabalho empregado na realização de Com Amor, Van Gogh e a originalidade de seu conceito, contudo, não resultariam em um bom filme caso os diretores não tivessem nas mãos um roteiro interessante, e consistente. Van Gogh nunca foi reconhecido em vida e começou a pintar tardiamente, aos 28 anos, em 1881. Sofria de transtornos psíquicos e foi visto por muitos como louco. Essa instabilidade psicoemocional não o impediu de, ao longo de menos de uma década, produzir mais de 800 quadros antes de sua morte, aos 37 anos. Ironicamente, conseguiu vender apenas uma tela quando estava vivo.

Todo o extenuante trabalho empregado na realização de ‘Com Amor, Van Gogh’ e a originalidade de seu conceito, contudo, não resultariam em um bom filme caso os diretores não tivessem nas mãos um roteiro interessante, e consistente.

Construído como uma espécie de Cidadão Kane, clássico de Orson Welles, o roteiro de Com Amor, Van Gogh tem como “protagonista-investigador” Armand Roulin (Douglas Booth, de Noé), filho do carteiro Joseph Roulin (Chris O’Dodd, de O Lar das Crianças Peculiares), grande amigo do pintor em Arles, cidade no sul da França para onde o artista se mudou nos últimos anos de vida. Joseph e toda a família Roulin foram modelos de várias telas de Van Gogh, que imortalizou Armand em um quadro no qual o jovem aparece vestindo uma jaqueta amarela e chapéu, figurino que o rapaz veste durante todo o filme. O mesmo recurso é utilizado para retratar vários personagens do longa, todos saídos da obra do holandês.

Embora tenha elementos ficcionais, esse mergulho investigativo na vida e na obra de Van Gogh (o ator polonês Robert Gulaczyk) é bastante fiel aos fatos. É visualmente espetacular, sublime. Armand, incumbido pelo pai de entregar a Theo, irmão do pintor, uma carta de Vincent, se vê perdido ao descobrir que o destinatário também morreu. Então, movido pela curiosidade, torna-se um detetive involuntário. Ouve as todas pessoas com quem o artista conviveu nos derradeiros dias de vida e tenta desvendar por que ele teria se suicidado, e se ele teria, de fato, motivos para se matar.

Cada conversa gera flashbacks, um quebra-cabeças, no qual muitas das peças são as telas do pintor. A reconstituição não oferece, necessariamente, conclusões definitivas, o que torna o filme, que evita ser uma cinebiografia, um espetáculo ainda mais especial, e único.

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Tags: Animasçãoarte modernaCinemaCom Amor Van GoghCrítica CinematográficaDorota KobielafilmeGlobo de OuroHugh WelchmanOscarpinturaResenhaVincent Van Gogh

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