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‘Cruella’ humaniza a vilania, enche os olhos e diverte

'Cruella' conta desde a infância, com humor e glamour, a história da vilã de '101 Dálmatas'. Emma Stone e Emma Thompson brilham em um vistoso duelo no mundo da moda.

porPaulo Camargo
10 de junho de 2021
em Cinema
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Emma Stone em Cruella

Emma Stone está brilhante como Estella/Cruella. Imagem: Divulgação.

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Os vilões são fascinantes. Talvez porque, a despeito das maldades que cometem, eles nos permitem olhar mais de perto aspectos sombrios da alma humana. O lado escuro, que todos possuímos e temos medo de enxergar. De uns tempos para cá, o cinema de entretenimento tem investido nesse nicho inesperado: narrar a gênese de personagens que amamos odiar – e temer.

Em 2014, sob a direção de Robert Stromberg, Malévola contou a história da feiticeira antagonista do conto de fadas A Bela Adormecida, trazendo Angelina Jolie no papel-título, com a chancela dos poderosos estúdios Disney. Cinco anos mais tarde, foi a vez do cineasta Todd Phillips levar para as telas Coringa, outro grande sucesso comercial, que resgata a história de como o atormentado comediante Arthur Fleck se torna o mais célebre inimigo do super-herói Batman, da DC Comics. Joaquin Phoenix venceu o Oscar de melhor ator por sua memorável atuação como o controverso personagem. Ambos os filmes foram grandes êxitos comerciais e, na sua esteira, agora estreia nos cinema e no canal de streaming da Disney, Cruella, sobre a extravagante vilã de Os 101 Dálmatas.

Baseada no romance de Dodie Smith, a animação A Guerra dos Dálmatas, lançada em 1961, se tornou um dos grandes sucessos da Walt Disney Pictures. Trinta e cinco anos mais tarde, a história ganhou uma versão em live action com a grande Glenn Close no papel da maligna estilista obcecada pelos adoráveis cães brancos com manchas pretas que deseja transformá-los em casacos de pele, movida por um trauma nunca completamente explicado.

Pois, Cruella, do australiano Craig Gillespie (de Eu, Tonia), pretende dar conta de esclarecer esse enigma. E consegue. O filme, um conto de fadas às avessas, narra a saga de Estella, uma excêntrica e genial garotinha de cabelo bicolor. Após sofrer bullying no colégio em que estuda no interior da Inglaterra, ela acaba ficando órfã (não contarei aqui como) e é acolhida por uma dupla de meninos contraventores em Londres. Cresce sobrevivendo de pequenos furtos e golpes, mas sonha em se tornar designer de moda.

Fazendo lembrar e muito a relação de amor e ódio, abuso e aprendizado, entre as personagens de Anne Hathaway e Meryl Streep, em O Diabo Veste Prada, o duelo entre Estella e a Baronesa é o eixo principal da trama de Cruella.

Vivida na fase adulta pela carismática e talentosa Emma Stone, vencedora do Oscar de melhor atriz pelo musical La La Land, Estella não é, em princípio, muito diferente de uma das princesas do universo Disney. Sua jornada de heroína, contudo, a conduz em outra direção. Ela é descoberta pela famosa estilista Baronesa (uma estupenda Emma Thompson, de Retorno a Howard’s End), que a chama para ser uma entre os muitos designers que trabalham desenhando sem crédito roupas para a sua grife.

Fazendo lembrar e muito a relação de amor e ódio, abuso e aprendizado, entre as personagens de Anne Hathaway e Meryl Streep, em O Diabo Veste Prada, o duelo entre Estella e a Baronesa é o eixo principal da trama de Cruella. De mestre e pupila, ela se tornam rivais e, por conta de um elo perdido do passado, inimigas. Desse conflito, emerge o alter ego vilanesco da protagonista, que muda de nome.

Com um roteiro ágil, que perde um pouco o ritmo em seu terço final, Cruella conta com uma ótima trilha sonora, A narrativa é pontuada por canções do jazz, do pop e do rock inglês e americano dos anos 60, 70 e 80. Vai de Bee Gees a Blondie, de Nina Simone a David Bowie, passando por Queen, The Clash, Electric Light Orchestra e Rolling Stones. No entanto, a canção-título, “Cruella de Vil”, é original interpretada pela incrível Florence Welsh.

Outros pontos altos da produção são o figurino, exuberante e super inventivo, e a direção de arte, que reconstitui muito bem a mítica Londres das décadas de 60 e 70. Por fim, é preciso dizer: não há como negar que o êxito do filme, já um sucesso de bilheteria, se deve à atuação estelar de Emma Stone, que consegue transitar entre o heroísmo e a vllania com muita desenvoltura, humor e bem-vindas pitadas de melancolia.

As duas Emmas, a Stone e a Thompson, brilham intensamente em Cruella.

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Tags: 101 DálmatasA Guerra dos DálmatasCraig GillespieCruellaEmma StoneEmma ThompsonEstúdios DisneyFlorence and The MachineFlorence WelchGlenn Close

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