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‘Quo Vadis, Aida?’ testa sensibilidade do espectador ao retratar genocídio bósnio

Concorrente a melhor filme internacional no Oscar 2021 pela Bósnia e Herzegovina, ‘Quo Vadis, Aida?’, da diretora Jasmila Žbanić faz quem assiste perguntar-se sobre como o ser humano é capaz de praticar atrocidades como a representada na tela.

porTiago Bubniak
27 de julho de 2021
em Cinema
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Quo Vadis, Aida?, de Jasmila Zbanic

Sem água, comida e banheiro, refugiados bósnios buscam abrigo em instalação precária da ONU. Imagem: Reprodução.

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Não pense você que, ao começar a assistir Quo Vadis, Aida? (2020), já saberá exatamente tudo o que está acontecendo sem, no mínimo, ler a sinopse do filme. A diretora Jasmila Žbanić é bastante direta, objetiva, seca em seu objetivo de contar a história. Uma história que, em essência, é seca, árida, áspera. Nesse sentido, a trama é lançada na tela sem qualquer contextualização.

Quo Vadis, Aida? é uma daquelas produções intensas que testam profundamente a sensibilidade do espectador. É muito difícil passar emocionalmente indiferente pelos 100 minutos deste trabalho que direciona suas lentes para um recorte bastante específico da Guerra da Bósnia: o massacre dos bósnios promovido pelos sérvios na cidade de Srebrenica. E isso tudo sob os olhos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Representante da Bósnia e Herzegovina no Oscar 2021 na categoria Melhor Filme Internacional, Quo Vadis, Aida? deve parte de seu mérito ao roteiro (que não dá descanso a quem assiste), parte à fotografia (com paleta de cores frias, como a vida triste de seus personagens) e parte ao elenco, sobretudo à protagonista. Aida Selmanagic, magistralmente interpretada por Jasna Djuricic, é mediadora entre dois mundos. Ela trabalha como intérprete da ONU, fazendo as traduções dos diálogos entre os integrantes da força de paz e a comunidade local.

A expressão latina do título significa “Para onde vais?”. É uma referência óbvia ao fato de a protagonista constantemente correr para lá e para cá, buscando a todo custo salvar a sua família, formada por marido e dois filhos.

A expressão latina do título significa “Para onde vais?”. É uma referência óbvia ao fato de a protagonista constantemente correr para lá e para cá, buscando a todo custo salvar a sua família, formada por marido e dois filhos. O desespero de Aida é a personificação do desespero de milhares. Os créditos iniciais da obra deixam claro que o filme é baseado em algo verídico, mas que houve a liberdade artística de serem inventados alguns personagens para melhor contar a história.

Algo que não passa despercebido na produção é a fragilidade da ONU na condução do conflito. Diversas cenas deixam isso evidente, com soldados da força de paz bastante jovens e de bermudas diante de opositores com calças; um militar chorando; um soldado sem coragem de encarar um sérvio; milicianos sérvios rindo de uma soldada por ser mulher; ausência de apoio do comando central, em Nova York; muita negociação e pouco resultado.

Com roteiro baseado no livro Under the UN Flag – The International Community and the Srebrenica Genocide, de Hasan Nuhanovic, Quo Vadis, Aida? termina com uma homenagem aos exatos 8.372 mortos e seus familiares. Um final de cortar o coração já cortado pelos 100 minutos anteriores que fazem constantemente o espectador minimamente sensível perguntar-se sobre como o ser humano é capaz de cometer atrocidades como a que acabou de ser representada diante de seus olhos. Mais um filme-denúncia que tenta reparar absurdos históricos e fazer a humanidade repensar suas atitudes para evitar repetir tragédias. Se consegue, aí já é outra discussão.

Tags: CinemaCríticaCrítica CinematográficaFilm ReviewHasan NuhanovicJasmila ŽbanićJasna DjuricicMovie ReviewOscar 2021Quo Vadis AidaResenhaReviewUnder the UN Flag - The International Community and the Srebrenica Genocide

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