• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Cinema

‘Mia Madre’ e a dificuldade de aceitarmos o ciclo da vida

'Mia Madre', novo longa-metragem de Nanni Moretti, aborda, entre outras coisas, a dificuldade de aceitarmos o ciclo da vida.

porAlejandro Mercado
17 de dezembro de 2015
em Cinema
A A
'Mia Madre' e a dificuldade de aceitarmos o ciclo da vida

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

O italiano Nanni Moretti, diretor vencedor da Palma de Ouro em Cannes por O Quarto do Filho (2001), tem um olhar politizado da vida, sem, no entanto, tropeçar em um cinema panfletário. Seu novo longa-metragem, Mia Madre, em cartaz nos cinemas brasileiros, é uma abordagem sobre a vida, ou neste caso, sobre a morte e nossa dificuldade em aceitar o ciclo da vida. Mas o longa é, também, um recorte sobre a Itália, com delicadas reflexões sobre a crise econômica e social do país europeu a partir de uma abordagem mezzo autobiográfica, mezzo metalinguística.

Inspirado na morte da própria mãe do diretor durante a pós-produção de Habemus Papam, Mia Madre conta a história de Margherita (Margherita Buy), uma diretora que vive a angústia pela iminente perda da mãe, doente e internada em um hospital, e pela complicada produção de seu filme, Noi Siamo Qui (Nós Estamos Aqui), principalmente por conta das dificuldades causadas pelo vaidoso ator norte-americano Barry Huggins (interpretado por John Turturro).

Huggins é arrogante, mais preocupado em ser um galanteador do que um ator. Isso faz com que o filme de Margherita não renda o esperado, parte pela dificuldade em lidar com o estrelismo de seu astro internacional, parte por sua dificuldade em lidar com a possível morte da mãe. Dramático, Moretti (que também assina o roteiro, juntamente com Francesco Piccolo e Valia Santella) nos apresenta um filme delicado e potente, com críticas sutis (e outras nem tanto).

Mia Madre, em cartaz nos cinemas brasileiros, é uma abordagem sobre a vida, ou neste caso, sobre a morte e nossa dificuldade em aceitar o ciclo da vida.

O diretor usa o personagem de Turturro como uma boa válvula de escape à tensão. Ele é um apanhado de todos os clichês que conhecemos (e alguns que devemos desconhecer) sobre o mundinho hollywoodiano. Ao mesmo tempo, Mia Madre é centrado no papel de uma cineasta, o que joga luz ao debate sobre questão de gênero no cinema. Mesmo que despretensiosamente (e, conhecendo a filmografia de Moretti, difícil crer que seja despretensioso), o diretor abre espaço para refletir, também, sobre as relações de poder quando temos no centro uma mulher – vale lembrar as pesquisas divulgadas no último ano sobre a presença feminina em Hollywood e também no cinema nacional, abordadas em análise feita pela Escotilha (leia aqui).

A brilhante forma com a qual o diretor conduziu seu elenco (inclusive a si mesmo) é ponto a se destacar. Turturro está desenvolto em seu personagem, trazendo certa comicidade ao longa-metragem, enquanto Margherita Buy faz uma atuação sensível, comovente. Ambos fazem até com que se releve a presença excessiva de Moretti (como Giovanni, irmão de Margherita) na tela. No mais, o filme é repleto de cenas curiosas (como a diretora vendo sua família na fila do cinema) e tocantes (o desespero da filha simplesmente pelo pedido de sua mãe para que descanse), evidenciando a humana dificuldade em aceitar coisas tão simples como o ciclo da vida.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: CinemaCrítica CinematográficaFilm ReviewJohn TurturroMargherita BuyMia MadreMovie ReviewNanni MorettiO Quarto do FilhoResenha

VEJA TAMBÉM

Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.
Cinema

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
Documentário é mais uma produção de 2025 a abordar a história da cantora. Imagem: Biônica Filmes / Divulgação.
Cinema

‘Ritas’ é autorretrato caleidoscópico de uma artista indomável

7 de julho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

'O Amigo' foi o primeiro romance de Sigrid Nunez publicado no Brasil. Imagem: Marion Ettlinger / Divulgação.

Em ‘O Amigo’, Sigrid Nunez conecta as dores do luto e do fazer literário

10 de julho de 2025
Michael Cunningham tornou a publicar após anos sem novos livros. Imagem: Richard Phibbs / Reprodução.

Michael Cunningham e a beleza do que sobra

8 de julho de 2025
Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
O escritor estadunidense Kurt Vonnegut. Imagem: Matthias Rietschel / AP Photo / Reprodução.

‘Um Homem Sem Pátria’: o provocador livro de memórias de Kurt Vonnegut

7 de julho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.