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‘A Bruxa’ põe o cinema de horror em crise

Estranheza provocada por 'A Bruxa', de Robert Eggers, tem dividido opiniões na internet. Filme evita explicações e sustos fáceis.

porRodolfo Stancki
9 de março de 2016
em Espanto
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'A Bruxa' põe o cinema de horror em crise

Cena de 'A Bruxa'. Imagem: Reprodução.

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A primeira versão de O Exorcista (1973), A Noite dos Mortos-Vivos (1968) e Halloween (1978) são filmes que tornaram-se marcos na história do horror. Além da alcunha de clássicos, essas obras também têm em comum a capacidade de ignorar o histórico de regras de clichês do gênero. São títulos que foram capazes de negar explicações ao público, sem medo de serem incômodas.

A indústria cinematográfica parece ter sido influenciada de forma errada por esses longas-metragens. O sucesso virou fórmula. O horror se tornou fácil, previsível e confortável. Não é o caso de A Bruxa, escrito e dirigido por Robert Eggers e produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira.

Nada no filme é familiar. Os cenários, o ritmo e os diálogos são estranhos. A crítica na internet tem se dividido entre o fato de ser um dos mais importantes lançamentos do gênero nos últimos anos e ser um engodo por criar muita expectativa e ser incapaz de assustar.

Na trama, um homem é expulso da comunidade religiosa em que vive na Nova Inglaterra. Ele parte com a mulher e os filhos para plantar milho em uma região isolada, ao lado de uma floresta. Após o desaparecimento do bebê do casal, a família começa a suspeitar que algo maligno vive nas redondezas.

Paranoia, extremismo religioso e o passado de uma nação formada pela exclusão do próximo são alguns dos temas que A Bruxa parece suscitar. Como O Bebê de Rosemary (1968), o longa usa do satanismo como uma desculpa para desfilar comentários políticos e sociais que não são claramente esclarecidos por Eggers.

Paranoia, extremismo religioso e o passado de uma nação formada pela exclusão do próximo são alguns dos temas que A Bruxa parece suscitar.

A Bruxa é uma obra aberta. Há poucas explicações e poucos sustos. Não é difícil encontrar quem afirme que não sentiu medo durante a projeção. Trata-se de uma produção que põe em crise os fundamentos de um gênero que é tão popular por seus clichês quanto um disco do Menudo em 1982.

Um filme desses não poderia ser produzido em Hollywood. O jornalista Jason Zinoman foi chamado por um executivo para apresentar um argumento para um filme de horror. Propôs um enredo sobre uma mulher de família religiosa que é abandonada pelo marido e, após descobrir que estava grávida de um feto morto, decide dar à luz mesmo assim. Aos poucos, o bebê sai do corpo dela vivo.

A história está registrada no livro Shock Value: How a Few Eccentrics Outsiders Gave Us Nightmares, Conquered Hollywood, and Invented the Modern Horror. Depois do pitching, o produtor diz ao jornalista com pompa que a trama jamais funcionaria com o público. “É desagradável demais”.

Robert Eggers não se importar com isso. A Bruxa insinua incestos, tem nudez de idosos e recém-nascidos esquartejados. É horrível. Exatamente como o gênero deve ser.

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Tags: A BruxaCinemaCrítica de CinemaHorrornew horrorRobert EggersRodrigo TeixeiraShock Value

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