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Home Cinema & TV Espanto

‘Conta Comigo’ retrata a infância perdida de Stephen King

Rodolfo Stancki por Rodolfo Stancki
6 de fevereiro de 2019
em Espanto
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Cena de 'Conta Comigo'

Cena de 'Conta Comigo'. Imagem: Reprodução.

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Uma das histórias mais famosas dos bastidores de Conta Comigo (1986) envolve a reação de Stephen King depois de ver o corte final do filme. Inseguro com o resultado da obra e sabendo que o conto “O Corpo” – presente na coletânea As Quatro Estações – era um trabalho muito pessoal para o escritor, o diretor Rob Reiner se aproximou para perguntar ao autor o que havia achado da adaptação. Emocionalmente abalado, ele pediu licença e deixou o cineasta sozinho.

Quando voltou, King contou que aquela era parte de sua própria história. Os amigos, cuja relação eram bem semelhantes a que foi mostrada na tela, morreram. Ele mesmo tinha problemas com o pai, que deixou a família quando os filhos ainda eram crianças. “Muito do que há no conto é verdade, mas a maioria é mentira”, explicou o escritor em entrevistas da época.

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A trama é levemente inspirada em um fato que ocorreu quando o romancista tinha quatro anos, que teria visto um amigo da mesma idade ser atropelado por um trem. Exatamente como a criança morta que dá início à trama. No livro Dança Macabra, o romancista diz que não se lembra do episódio, mas que ficou marcado porque a mãe sempre o repetia na infância.

Em Conta Comigo, um grupo de garotos de 12 anos (vividos por jovens Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman e Jerry O’Connell) descobrem que o corpo de um jovem desaparecido está abandonado próximo de um trilho de trem a quilômetros de sua cidade, Castle Rock. Buscando a fama de heróis, eles decidem ir atrás do cadáver, sem saber que uma gangue de adolescentes está com o mesmo plano.

Ausente de elementos sobrenaturais, o enredo foi o primeiro drama de King a ser levado para o cinema. Como havia o temor de que o público rejeitasse a produção por causa do histórico do escritor com o horror, seu nome foi usado discretamente nos materiais promocionais.

Tony Magistrale, no livro Hollywood’s Stephen King, diz que o filme se passa num momento muito crucial de mudança para os Estados Unidos, quando o país deixaria para trás o próspero período do pós-guerra para entrar numa turbulenta era de agitações sociais.

Reiner diria mais tarde que concebeu o filme para ser uma mini-biografia de King, centralizando a narrativa no personagem aspirante a escritor, interpretado por Wheaton, quando criança, e por Richard Dreyfuss, já adulto. No conto, o sujeito que relata a história chega a assumir a autoria de livros do autor, citando claramente a premissa de A Zona Morta.

O roteiro altera apenas detalhes do material original. Um deles envolve a cidade de Castle Rock, que passa do Maine para Oregon, onde existe um condado de verdade com o mesmo nome. O final, em que a gangue liderada pelo personagem de Kiefer Sutherland se vingaria pela afronta dos protagonistas, também foi deixado de lado em prol de um desfecho que fosse mais focado no conceito de despedida.

É muito comum encontrar análises que descrevem Conta Comigo como uma narrativa de amadurecimento (coming of age). O próprio King deu o subtítulo de “O Outono da Inocência” (The Fall from Innocence, um trocadilho com a palavra queda) ao conto, retratando o verão de 1959 como o último reduto da infância daqueles garotos, que dali em diante enfrentariam a morte, a traição e a violência do mundo adulto.

Embora não seja uma trama de gênero, há muitos elementos sombrios na história de “O Corpo”. O primeiro deles é o cadáver abandonado pelo mundo e despedaçado pelo trem, como próprio amigo de Stephen King esteve um dia. Há uma referência constante ao irmão do personagem de Wheaton, vivido por John Cusack, que também morreu deixando amargas cicatrizes em sua família. Isso sem falar nos abusos domésticos que as outras crianças relatam terem sofrido (um deles teve a orelha esfregada em um ferro quente de passar roupa pelo pai).

Parte da narrativa parece refletir a sociedade americana como um todo, falando sobre pobreza, militarismo e isolamento. Tony Magistrale, no livro Hollywood’s Stephen King, diz que o filme se passa num momento muito crucial de mudança para os Estados Unidos, quando o país deixaria para trás o próspero período do pós-guerra para entrar numa turbulenta era de agitações sociais. Muitas delas protagonizadas por jovens que teriam a mesma idade dos personagens de Conta Comigo.

A adaptação foi um sucesso de bilheteria e, até hoje, é muito respeitada pelo público. Reiner, grato com o sucesso do filme, ajudou a fundar a Castle Rock Entertainment, que seria responsável por lançar outros títulos importantes derivados da obra de Stephen King, como Louca Obsessão (1990), Trocas Macabras (1993) e Um Sonho de Liberdade (1994).

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Tags: AdaptaçãoCastle RockCinemacinema de horrorConta ComigoCorey FeldmanJerry O'ConnellO CorpoRiver PhoenixRob ReinerStand by MeStephen KingWil Wheaton
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