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‘Halloween’, um filme teórico sobre o horror

Coluna discute como 'Halloween: A Noite do Terror', de John Carpenter, lida com o sobrenatural e reflete sobre o horror enquanto gênero.

porRodolfo Stancki
24 de outubro de 2018
em Espanto
A A
'Halloween', um filme teórico sobre o horror

Imagem: Reprodução.

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No livro Memórias de um homem bem visível (Cinemateca Portuguesa, 2008), o cineasta John Carpenter descreve Halloween: A Noite do Terror (1978), seu terceiro longa-metragem, como um filme teórico. Isso porque é uma produção consciente do horror enquanto gênero, que brinca com os clichês narrativos da época enquanto cria novos.

Nas primeiras cenas do filme, Tommy, o garoto que é cuidado por Laurie (Jamie Lee Curtis), é encurralado por amigos, que o assustam com histórias de bicho-papão. As brincadeiras entre as crianças, que assistem a filmes de horror sem qualquer tipo de censura na televisão, mostram o quanto as histórias de monstros e fantasmas não eram exatamente voltadas para adolescentes ou adultos naquele período.

O enredo, gradativamente, porém, apresenta uma ameaça mais sombria, que permanece nos cantos das cenas, observando e esperando o momento de atacar. Em Memórias de um homem bem visível, Carpenter diz que sua maior influência para escrever a história de Michael Myers foi Psicose (1960). “Acrescentei simplesmente uma dimensão sobrenatural, fazendo do assassino mascarado uma encarnação do Mal”, explica.

Se a literatura de H.P. Lovecraft explora o medo do desconhecido longínquo e a de Stephen King trabalha com o medo do cotidiano próximo, Halloween pode perfeitamente circular no limite entre esses dois conceitos de horror.

Em muitos aspectos, Halloween é uma sequência espiritual do clássico de Alfred Hitchcock. Além de ter uma heroína interpretada pela filha da atriz que foi vítima original de Norman Bates, o filme também usa um personagem que cometeu um violento assassinato na infância à espera de uma chance para revivê-lo.

O aspecto sobrenatural vem da noção de que Myers, um matador com superforça nos demais títulos da franquia, é a encarnação do mal. Uma criatura que não pode ser explicada, nem contida, apesar dos esforços de Sam Loomis (Donald Pleasence). As imagens de John Carpenter reforçam essa ideia da sombra (shape), que é vista ao fundo, enquadrada na tela como um elemento estranho. Esse jogo de busca pelo elemento dissonante na cena marcaria a carreira do diretor, num enquadramento referenciado como Carpenter Frame.

Se a literatura de H.P. Lovecraft explora o medo do desconhecido longínquo e a de Stephen King trabalha com o medo do cotidiano próximo (leia mais), Halloween pode perfeitamente circular no limite entre esses dois conceitos de horror. O assassino da máscara branca tem motivações nubladas para seus crimes, oriundas de um lugar muito mais assustador do que o de outros serial killers do cinema (como Jason Voorhees, Leatherface ou Freddy Krueger). No entanto, ele nasce e se cria em um subúrbio do Centro-Oeste americano, fruto de uma sociedade muito parecida como a nossa.

Por situar a trama na noite de Halloween, o filme de John Carpenter agrega para sua iconografia o jogo de máscaras, as farsas e as decorações. Michael Myers é o elemento que lembra que a festa também lida com um passado sangrento de colonização (leia mais) e que a celebração do horror também pode ser horrível.

Tags: Alfred HitchcockCinemaCinema de HorrorCríticaHalloweenHalloween: A Noite do TerrorHorrorJamie Lee CurtisJohn CarpenterMichael MyersPsicose

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