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A desconstrução familiar de ‘Arrested Development’

Contando com um bom roteiro e um grande elenco, 'Arrested Development' é mais um bom exemplo de comédia inteligente.

porAlejandro Mercado
25 de julho de 2015
em Televisão
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A desconstrução familiar de 'Arrested Development'

Imagem: Reprodução.

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Uma das coisas mais comuns nas relações familiares são as brigas, as rusgas, as mágoas. Mas e se além disso, a traição, a trapaça e a cretinice também estivessem presentes? Prato cheio, não? Pois foi assim que pensaram Mitchell Hurwitz (criador do The Ellen Show), Ron Howard (produtor, diretor e narrador do show – dirigiu, entre tantos, Splash, Cocoon, Apollo 13, EdTV, O Código Da Vinci, Frost/Nixon e Uma Mente Brilhante, este último que lhe rendeu o Oscar de Melhor Diretor, em 2003), Brian Grazer (que tem na bagagem séries como Friday Night Lights, Lie To Me, Felicity e 24 Horas) e David Nevins, ao criarem Arrested Development.

A série, que originalmente foi transmitida pela FOX e posteriormente revivida pelo serviço de streaming Netflix, conta a história da disfuncional família Bluth. A trama é centrada na vida de Michael Bluth (Jason Bateman), pai viúvo que precisa tocar a empresa da família (seu pai, George Bluth – Jeffrey Tambor, de Transparent – foi preso por fraude na contabilidade da empresa) e George Michael (Michael Cera), seu filho. Arrested Development toma contornos mais espalhafatosos já que todos na família pensam apenas em si.

Sua mãe, Lucille (Jessica Walter), é uma socialite e alcoólatra que passa os dias entre drinks e planos de como ganhar (e gastar) mais dinheiro; Buster (Tony Hale, de Veep) e Gob (Will Arnett), seus dois irmãos homens, são completamente atrapalhados. Buster é cartógrafo e Gob um fracassado (e nada talentoso) mágico; Lindsay (Portia de Rossi), sua irmã gêmea, e seu marido Tobias (David Cross) – provavelmente o melhor personagem da série -, vivem um relacionamento confuso. Lindsay deseja dinheiro, fama e outros homens, enquanto Tobias larga sua carreira de psiquiatra para tornar-se ator.

Arrested Development utiliza um formato próximo ao documental, sem, no entanto, ser um mockumentary (leia mais sobre este formato aqui). Ron Howard faz a locução em off dos episódios, que também utilizam fotos e vídeos de arquivo, criando um distanciamento entre a narração e a história que se passa na tela, quase como se os Bluth fossem um experimento de Howard, tamanha ironia impressa em seu texto.

A primeira temporada da série (todas as quatro estão disponíveis no Netflix) foi sua mais forte. Ela não é uma comédia fácil. Suas piadas são rápidas, exigem atenção, além de perspicácia para compreender toda a ironia presente nas entrelinhas. Você não deve esperar uma família convencional, ortodoxa. Nenhum personagem irá te cativar por ser querido, simpático. Na verdade, eles são assustadoramente estranhos e egocêntricos. É uma série que vai encaixar perfeitamente com quem não vê o mundo dividido entre bom e mal, bonito e feio, ou melhor, que sabe que o belo pode estar escondido no que é torto e foge aos nossos princípios morais e éticos.

Ela não é uma comédia fácil. Suas piadas são rápidas, exigem atenção, além de perspicácia para compreender toda a ironia presente nas entrelinhas.

O roteiro, os diálogos e as atuações de todo o elenco foram elogiadíssimas, a ponto de colocarem Arrested Development como uma das melhores séries de todos os tempos, e não apenas no gênero comédia. Foram 6 Emmys, sendo 5 só na primeira temporada, além de um Globo de Ouro de Melhor Ator em Série de Comédia ou Musical para Jason Bateman. Contudo, após 3 temporadas, a FOX cancelou o show. Mas isso não significa que você não deva dar a devida atenção à série.

A grande culpada pelo cancelamento foi a própria FOX. Com um grande show em mãos, a emissora investiu muito pouco no marketing do programa. Sem acreditar em seu próprio produto, a audiência foi, aos poucos, abandonando a série. Com baixos índices de audiência e sem interesse comercial, o programa foi cancelado. Para sorte dos fãs, a Netflix resgatou Arrested Development, garantindo mais 15 episódios.

Repleta de ironias com o cancelamento e seu posterior retorno, o seriado não engrenou na quarta temporada. Mesmo contando com a presença de todos os atores do elenco, a sensação constante é que Arrested perdeu o mojo. A tentativa de repetir certos momentos cômicos acabou criando inúmeros chavões, situações forçadas e até mesmo apelativas. Quem assiste à viciante primeira temporada, com situações absurdas nas quais Michael Bluth e família se envolvem, talvez nem acredite que é o mesmo programa.

Por sinal, a série já garantiu mais alguns episódios para uma quinta temporada. Resta saber se assistiremos à inteligente e cativante do início, ou a sem graça e insossa da fase Netflix.

Tags: Arrested DevelopmentBrian GrazerCrítica de SeriadosCrítica de SériesDavid CrossDavid NevinsEmmyFoxGlobo de OuroJason BatemanJeffrey TamborJessica WalterMichael CeraMitchell HurwitzNetflixOscarPortia de RossiRon HowardsábadoSeriadosSérieSériesTransparentWill Arnett

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