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Glenn Close é a grande razão para ver ‘A Esposa’

Glenn Close está impecável em 'A Esposa', no papel de uma mulher de um escritor que abriu mão de seus projetos para apoiar o marido.

porPaulo Camargo
24 de janeiro de 2019
em Cinema
A A
Gleen Close A Esposa Oscar

Glenn Close é Joan, uma mulher silenciada e invisibilizada pela fama e notoriedade do marido. Imagem: Divulgação.

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O papel de Glenn Close em A Esposa não é o melhor nem o mais complexo na carreira de grande atriz norte-americana, que aos 72 anos chega a sua sétima indicação ao Oscar sem jamais ter vencido. Joan, contudo, é uma personagem tão imensa dentro do filme do cineasta sueco Björn Runge, baseado no livro homônimo de Meg Wolitzer, que seria impossível pensá-lo sem as nuances do desempenho da estrela de Atração Fatal (1987) e Ligações Perigosas (1989). Sua atuação é precisa nos olhares, nos gestos, nos silêncios, nas inflexões de voz. E a discussão que ela propõe é mais do que urgente.

Vítima do silenciamento e da invisibilização, Joan aparenta ser conformada, talvez quase satisfeita, com a função que lhe cabe na vida de Joe Castleman (Jonathan Pryce, de Brazil – O Filme), um grande escritor norte-americano, talvez o maior de sua geração. A trama de A Esposa se inicia quando ele recebe a notícia de que foi laureado com o prêmio Nobel de Literatura. O reconhecimento a sua obra, e toda a atenção que vem a reboque, faz com que sua vaidade, à beira do egocentrismo, exacerbe, e suas suas diferenças com Joan, acumuladas há décadas, venham à tona.

Ela o conheceu como aluna na universidade. Ele, então um brilhante professor jovem, começando a publicar seus primeiros textos, termina o casamento para unir-se à inquieta e questionadora Joan (vivida por Annie Starke, na juventude da personagem), também aspirante a escritora na virada dos anos 60, quando o espaço da mulher na literatura ainda era muito limitado. Há uma cena emblemática a esse respeito: a autora Elaine Mozell (Elizabeth McGovern, da série Downton Abbey) lhe mostra que os livros por ela escritos nunca foram emprestados da biblioteca onde Joan estuda e Joe dá aulas.

A ascensão de Joe e o temor de não encontrar uma editora que a publique, ou leitores interessados em sua escrita, fazem com que Joan desista aos poucos de suas ambições, e contente-se com a posição de esposa, da mulher por trás do gênio. Eles têm um casal de filhos adultos, um deles, Daniel (Max Irons), também deseja escrever, mas o pai não parece estar disposto a lhe dar a devida atenção. Isso incomoda Joan.

A Esposa não é um grande filme. Apesar de premissa bastante instigante, oferece desdobramentos forçados, por vezes até inverossímeis.

A viagem dos Castleman a Estocolmo para a cerimônia de entrega do Nobel lhes serve como um rito de passagem incontornável, que irá evidenciar mentiras e ressentimentos acumulados há décadas. Joan se percebe um objeto decorativo, irrelevante, na vida do marido.

A Esposa não é um grande filme. Apesar de premissa bastante instigante, oferece desdobramentos forçados, por vezes até inverossímeis – Joan e Joe guardam um segredo que, por mais essencial à trama que seja, é difícil de engolir quando vêm à tona. Soa forçado demais e a direção quadrada, burocrática de Runge não ajuda muito. As atuações de Glenn, que deve finalmente levar sua tão merecida estatueta, e Pryce, também afiadíssimo, são um outro assunto, no entanto. A dupla faz valer o ingresso e justifica plenamente o filme, que, apesar de seus defeitos, faz pensar.

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Tags: A EsposaBjörn RungeCinemaCrítica CinematográficaGlenn CloseJonathan PryceOscar 2019Prêmio Nobel de literaturaResenha

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