• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Cinema

‘Anomalisa’ surpreende mais pelo ‘como’ do que pelo ‘o que’

Um dos diretores de ‘Anomalisa’, animação em stop motion, é o cérebro responsável pelo roteiro de obras como ‘Quero ser John Malkovich’, ‘Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças’ e ‘Adaptação’.

porTiago Bubniak
23 de fevereiro de 2021
em Cinema
A A
Anomalisa, de Charlie Kaufman

Cena do filme 'Anomalisa'. Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Alguns filmes atiçam a sensibilidade mais pela forma que pelo conteúdo. É o caso de Anomalisa (2015). Nesta animação em stop motion com temática adulta dirigida por Charlie Kaufman e Duke Johnson, o espectador acompanha a trajetória de Michael Stone (voz de David Thewlis), renomado palestrante sobre atendimento ao cliente. Contraditoriamente, ele é bastante apático em sua vida pessoal, considerando tudo e todos à sua volta um poço de tédio. Mudanças acontecem quando ele conhece uma fã bastante retraída: Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh, vista em Os Oito Odiados, de 2015, de Quentin Tarantino). A atração que Michael sente por ela é instantânea.

Exposto isso é possível comentar a relação entre forma e conteúdo. O que se apreende da história, entre tantas coisas, é o incômodo de acompanhar pessoas anestesiadas conduzindo a existência no modo automático e sem emoção; a interessante descoberta do porquê do título do filme; a deficiência de autoestima; e a bizarrice do processo de apaixonar-se e desapaixonar-se rapidamente.

Mas tudo isso é pouco, convém dizer. Sobretudo quando se lembra que um dos diretores é Charlie Kaufman, a mente criativa responsável pelo roteiro de obras instigantes como Quero ser John Malkovich (1999), Confissões de uma Mente Perigosa (2002), Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004) e Adaptação (2002).

O que se apreende da história, entre tantas coisas, é o incômodo de acompanhar pessoas anestesiadas conduzindo a existência no modo automático e sem emoção.

Por outro lado, o investimento em sagacidade parece ter sido mais direcionado à forma. É interessante o recurso utilizado para tornar todas as demais pessoas tristemente iguais sob a percepção de Michael. Outro elemento gritante é o fato de a finalização dos personagens ser mal feita, uma referência à imperfeição humana. Isso fica mais claro quando se observa que os objetos, ou seja, tudo aquilo que não é humano, tem um tratamento melhor elaborado.

As dimensões dos personagens são desproporcionais, os traços são rústicos e, em certo momento, em uma cena diante de um espelho, acontece algo que joga na cara do espectador que se trata de um filme. Ou, mais especificamente, de uma animação. Há nudez frontal e uma cena de relação sexual não explícita, mas sem cortes. Na média, Anomalisa não encanta tanto quanto outros trabalhos com a assinatura de Kaufman. No entanto, é um filme que está bem distante de, simplesmente, ser considerado raso.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: AnomalisaCharlie KaufmanCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaDavid ThewlisFilm ReviewJennifer Jason LeighMovie ReviewResenhaReview

VEJA TAMBÉM

Chris Evans, Dakota Johnson e Pedro Pascal protagonizam novo filme de Celine Song. Imagem: A24 / Divulgação.
Cinema

‘Amores Materialistas’ e a nova cara da comédia romântica

5 de setembro de 2025
Shirley Cruz protagoniza o novo longa-metragem de Anna Muylaert. Imagem: Biônica Filmes / Divulgação.
Cinema

‘A Melhor Mãe do Mundo’ combina melodrama e realismo cru

4 de setembro de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

O escritor marfinense GauZ. Imagem: Alexandre Gouzou / Reprodução.

No sensacional ‘De Pé, Tá Pago’, GauZ discute as relações entre capitalismo e imigração

5 de setembro de 2025
Chris Evans, Dakota Johnson e Pedro Pascal protagonizam novo filme de Celine Song. Imagem: A24 / Divulgação.

‘Amores Materialistas’ e a nova cara da comédia romântica

5 de setembro de 2025
Shirley Cruz protagoniza o novo longa-metragem de Anna Muylaert. Imagem: Biônica Filmes / Divulgação.

‘A Melhor Mãe do Mundo’ combina melodrama e realismo cru

4 de setembro de 2025
Julia Dalavia e Jaffar Bambirra protagonizam a adaptação do Globoplay para obra de Raphael Montes. Imagem: Globoplay / Divulgação.

‘Dias Perfeitos’ expõe a violência obsessiva e confirma Raphael Montes como cronista do horror brasileiro

3 de setembro de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.