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Dor e beleza contracenam no hipnótico ‘Direito de Amar’

'Direito de Amar' marcou, em 2009, a estreia do também designer de moda Tom Ford na direção cinematográfica.

porPaulo Camargo
4 de outubro de 2018
em Cinema
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Direito de Amar, a estreia cinematográfica de Tom Ford

Colin Firth venceu o Bafta e o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza por sua brilhante atuação. Imagem: Divulgação.

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O longa-metragem Direito de Amar, filme de estreia do designer de moda norte-americano Tom Ford (de Animais Noturnos), é visualmente impecável. Ao buscar “o belo” nos enquadramentos e movimentos de câmera, no casamento entre imagens e trilha sonora, nos figurinos e na direção de arte, o diretor por vezes chega a desviar a atenção do espectador da enorme intensidade dramática da história que conta. Felizmente, esse excesso de estetização é minimizado frente a outros (e grandes) méritos da produção.

O ator britânico Colin Firth (vencedor do Oscar por O Discurso do Rei), em desempenho premiado pelo Bafta e pelo Festival de Veneza, arrasa em um papel muito difícil. Ele é George, um professor universitário inglês, radicado na Los Angeles do início da década de 1960, que perde seu companheiro, o arquiteto Jim (Mathew Goode, de Orgulho e Preconceito), com quem estava há 16 anos, num acidente de carro. A tragédia lhe tira o chão: acordar e levantar-se da cama todos os dias vira uma tortura; o simples ato de respirar é doloroso.

Diante do imenso vazio deixado pela morte de Jim, George decide se matar. Perfeccionista e meticuloso, ele planeja tudo nos mínimos detalhes, mas a vida insiste, por meio de intervenções externas e simbólicas, em dissuadi-lo. Charlie (Julianne Moore, de As Horas), a melhor amiga e ex-namorada de adolescência, tenta, sem muito êxito, tirá-lo da depressão. Um aluno, o inquieto e arrebatado Kenny (Nicholas Hoult, de Um Grande Garoto), parece lhe devotar um inesperado afeto que pode representar uma bóia salva-vidas. O poço de tristeza em que George está mergulhado, entretanto, é profundo e escuro.

Ao buscar ‘o belo’ nos enquadramentos e movimentos de câmera, no casamento entre imagens e trilha sonora, nos figurinos e na direção de arte, o diretor por vezes chega a desviar a atenção do espectador da enorme intensidade dramática da história que conta.

Por vezes hipnótico e sempre lindo de olhar, Direito de Amar anunciou, em 2009, o surgimento de um diretor talentoso. Disso não há dúvidas. Menos por seu relativo maneirismo formal, provavelmente resultado da exposição do estilista a referências que vão de Pedro Almodóvar (Tudo sobre Minha Mãe) e Wong Kar Wai (Amor à Flor da Pele), passando por Terence Da­­vies (Vozes Distantes). E bem mais em decorrência de suas habilidades de dirigir atores (as atuações de Firth e Julianne são brilhantes) e transpor com grande impacto emocional a história do escritor britânico Christopher Isherwood, também autor da obra que originou o musical Cabaré (1972).

Em Animais Noturnos (2016), ele já se mostrou mais capaz de se libertar da obrigação de buscar a beleza em cada frame e permitir que a imperfeição também encontrasse seu lugar na tela, dando mais um passo importante para se tornar um cineasta marcante de seu tempo. Ainda assim, Direito de Amar é um filme memorável.

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Tags: Album ReviewBaftaChristopher IsherwoodColin FirthCrítica CinematográficaDireito de AmarDramaFestival de VenezaJulianne MooremorteperdaTom Ford

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