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A nobreza de intenções em ‘O Jogo da Imitação’

'O Jogo da Imitação' é um filme bem produzido, com ótimo elenco, mas que não consegue ir além de contar, de forma didática, a história de Alan Touring.

porPaulo Camargo
4 de fevereiro de 2015
em Cinema
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Cena de 'O Jogo da Imitação'

Cena de 'O Jogo da Imitação'. Imagem: Divulgação.

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Há um excesso de cautela em O Jogo da Imitação, filme muito bem produzido, com ótimo elenco, mas que não consegue ir além de contar, de forma panorâmica e didática, a história do matemático Alan Touring (Benedict Cumberbatch). Falta-lhe um bocado de ambição estética.

A opção pela elegância, pelo academicismo formal, reveste de uma certa “nobreza de intenções” o longa-metragem do norueguês Morten Tyldum (de Headhunters) sobre o responsável por desvendar o chamado Enigma, código usado pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Esse tom mais solene, que transforma o personagem em uma espécie de mártir, ironicamente o simplifica demais, o reduzindo. Apesar da ótima atuação de Cumberbatch, o personagem merecia ser problematizado.

Apesar da ótima atuação de Cumberbatch, o personagem merecia ser problematizado.

Como seu grande feito foi mantido sob sigilo durante décadas, um segredo de Estado guardado a sete chaves, por muito tempo ninguém soube da importância de Turing, hoje visto como um dos pais dos computadores, além de herói da Segunda Guerra. Nos anos 50, ele foi detido pela polícia por ser homossexual, prática considerada criminosa na Grã-Bretanha da época. Para não ficar preso, optou por ser submetido a um brutal tratamento de castração química. Uma barbárie que o filme tem o inegável mérito de denunciar, mas não eviscera, ou discute com maior profundidade, o que o tornaria uma obra mais urgente.

É interessante o uso de flashbacks, que resgatam uma história vivida por Turing na adolescência, e que o marcaria por toda a vida, porém o recurso funciona melhor como uma boa estratégia de roteiro para surpreender o espectador no desenlace da trama do que uma preocupação em tornar o matemático um personagem tridimensional, para além de suas aparentes excentricidade e misantropia.

Indicado a oito Oscars, incluindo melhor filme, direção e ator, O Jogo da Imitação é um sucesso: já se tornou, com US$ 68, 2 milhões acumulados até agora, a produção independente lançada em 2014 de maior bilheteria nos EUA, batendo pesos-pesados como Grande Hotel Budapeste, Birdman e Boyhood – Da Infância à Juventude, também na disputa o prêmio da Academia.

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Tags: Alan TouringatuaçãoBenedict CumberbatchBirdmanBoyhoodBoyhood - Da Infância à JuventudeCinemaCríticaGrande Hotel BudapesteMorten TyldumOscarOscar 2015Video

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